Desde que tinha dois anos de idade, Pedro convive com o diagnóstico do autismo. Aos quatro, a família conheceu a equoterapia – método terapêutico que conta com uma ajuda especial de cavalos. Hoje, aos nove anos, o menino leva uma vida muito melhor, graças ao tratamento realizado com os animais.
Desde que tinha dois anos de idade, Pedro convive com o diagnóstico do autismo. Aos quatro, a família conheceu a equoterapia – método terapêutico que conta com uma ajuda especial de cavalos. Hoje, aos nove anos, o menino leva uma vida muito melhor, graças ao tratamento realizado com os animais.
A mãe de Pedro, Marília Senra, afirma que os resultados do tratamento são cada vez mais satisfatórios. Os benefícios são inúmeros, a interação com o cavalo e com os instrutores ajuda a desenvolver novas formas de comunicação e socialização. Além disso, Pedro demonstra maior autoestima e está mais autoconfiante a cada dia.
“Para ele, um cavalo é como um porto seguro. Quando ele monta, acompanhado dos fisioterapeutas, fica mais feliz. Hoje posso dizer que o Pedro é uma pessoa melhor, mais satisfeita, por conta da equoterapia. E ele já diz que quer ser veterinário, para nunca mais sair de perto dos animais”, afirma a mãe.
Método terapêutico e educacional
O caso de Pedro é apenas um exemplo dos benefícios dessa modalidade de tratamento. Segundo definição da Associação Nacional de Equoterapia (Ande), trata- se de um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação, psicologia e equitação.
O fisioterapeuta Henrique Amorim Pereira trabalha há dez anos com equoterapia e fisioterapia convencional. Ele afirma que os praticantes da modalidade têm ganhos em várias áreas. Os resultados são positivos em casos de paralisia cerebral, acidentes vasculares encefálicos (AVEs), esclerose múltipla, déficit de atenção e concentração, hiperatividade e muitos outros.
“Os tratamentos são indicados em questões ligadas à psicologia e à fisioterapia. É difícil mensurar em questões de tempo, mas vemos que é muito comum que os primeiros resultados apareçam já com um mês de tratamento”, afirma Pereira.
Voltar a andar
Segundo o fisioterapeuta, o passo do cavalo gera estímulos semelhantes aos oferecidos pelo andar humano. Com isso, para crianças e adultos que não conseguem andar, a montaria representa algo muito próximo de uma caminhada. Esse estímulo pode ser fundamental para que essas pessoas voltem a caminhar.
“Em um trabalho com fisioterapeuta dentro de uma sala, com aparelhos, é possível exercitar um braço, uma perna, partes específicas do corpo. No caso da equoterapia, o trabalho envolve todo o corpo, com maior ganho de massa muscular, de força e postura”, afirma Pereira, que atua no Centro Coração Valente, em Santo André (SP).
E a modalidade também pode ser praticada por lazer. “O contato com animais é prazeroso para qualquer pessoa. Independente de ter ou não problemas físicos ou psicológicos, quem conhecer e praticar a equoterapia vai ter benefícios”, conclui o fisioterapeuta.