Odebrecht e BB reabrem captações brasileiras

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As emissões de bônus corporativos brasileiros, paradas desde maio por conta da alta volatilidade do mercado, voltaram à cena nas últimas semanas com os novos papéis da Odebrecht Óleo e Gás e do Banco do Brasil, que encontraram alta demanda dos investidores.

As emissões de bônus corporativos brasileiros, paradas desde maio por conta da alta volatilidade do mercado, voltaram à cena nas últimas semanas com os novos papéis da Odebrecht Óleo e Gás e do Banco do Brasil, que encontraram alta demanda dos investidores.

Na sexta-feira, a Odebrecht Óleo e Gás captou, por meio de sua controlada Odebrecht Offshore Drilling Finance, US$ 1,69 bilhão em bônus com vencimento em outubro de 2022 e retorno de 6,75% ao ano, reabrindo o mercado de renda fixa em dólares. Na semana anterior, o Banco do Brasil (BB) havia reaberto as portas do mercado em euros, ao levantar € 700 milhões em bônus de cinco anos a um retorno anual de 3,875%.

Os bônus do BB e da Odebrecht Óleo e Gás eram esperados desde o fim de maio, quando os dois emissores sondaram o mercado para medir o apetite dos investidores pelos títulos. Ambos, contudo, acabaram adiando as emissões por causa da alta volatilidade do mercado, uma consequência da expectativa de mudança na política monetária americana. Os retornos dos Treasuries, que balizam os rendimentos do mercado de renda fixa, haviam apresentado forte alta e captar lá fora ficou mais caro.

Nas últimas duas semanas, contudo, a volatilidade baixou. O presidente do banco central americano, Ben Bernanke, passou um tom mais suave em seus discursos recentes, sinalizando uma retirada gradual dos estímulos monetários. Os Treasuries estabilizaram e as empresas aproveitaram a brecha.

"A emissão do BB reabriu o mercado de renda fixa em euros para emissores brasileiros e a da Odebrecht Óleo e Gás reabre o mercado em dólares", afirmou Alexei Remizov, diretor de mercado de capitais do HSBC. O banco foi um dos coordenadores da emissão da subsidiária da Odebrecht, ao lado de Itaú BBA, Morgan Stanley, Banco do Brasil, BNP Paribas e Santander.

"Uma transação como essa reabre a possibilidade de que outras emissões corporativas sejam feitas", acrescentou outra fonte próxima à operação da Odebrecht. Entretanto, afirmou, é mais provável que um volume maior de ofertas seja observado a partir de setembro, pois o mercado costuma fechar durante as férias de verão do hemisfério norte. "Mas a fila de operações para a América Latina está cheia", disse.

Por enquanto, o mercado está restrito a emissores frequentes e com boa qualidade de crédito.

As duas captações encontraram forte apetite dos investidores, permitindo que o custo fosse próximo ao de emissões anteriores a despeito do mercado mais difícil. A demanda pelos bônus da Odebrecht ultrapassou US$ 3,4 bilhões e foi formada, principalmente, por "investidores institucionais americanos de alta qualidade", segundo Remizov do HSBC. "Uma demanda mais que duas vezes maior que o tamanho da operação é excelente", afirmou outra fonte. O retorno, de 6,75% ao ano, ficou em patamar não muito distante dos 6,35% pagos na emissão de US$ 1,5 bilhão em títulos com vencimento em 2021 feita em novembro de 2010.

Em comunicado, a Odebrecht destacou que essa foi a maior emissão de "project bonds" (bônus atrelados a um projeto) já feita fora dos Estados Unidos. "É uma transação emblemática. Os grandes investidores especializados nesse tipo de bônus mostraram forte apetite", afirmou um interlocutor próximo à operação.

No caso do BB, a demanda chegou a € 2,1 bilhões, permitindo que a captação superasse os € 500 milhões almejados inicialmente. O retorno, de 3,875% ao ano, foi até menor que o da colocação anterior feita em euros pelo banco, em janeiro de 2011, quando pagou 4,5% ao ano nos € 750 milhões em bônus com prazo de cinco anos.

Fonte: Valor Econômico 

 

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