Prefeitos de oposição aderem ao Mais Médicos

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Um dos cinco pactos da presidente Dilma Rousseff para recuperar seu prestígio após os protestos de junho, o programa Mais Médicos recebeu adesão inclusive de prefeitos de partidos oposicionistas, mostra levantamento do Valor Data com base na relação de cidades que fizeram o cadastro no Ministério da Saúde até a tarde de ontem.

Um dos cinco pactos da presidente Dilma Rousseff para recuperar seu prestígio após os protestos de junho, o programa Mais Médicos recebeu adesão inclusive de prefeitos de partidos oposicionistas, mostra levantamento do Valor Data com base na relação de cidades que fizeram o cadastro no Ministério da Saúde até a tarde de ontem.

Os percentuais de adesão são menores que os de partidos da base aliada de Dilma, mas não houve boicote. Na oposição, a sigla que menos aderiu ao projeto foi o DEM, com apenas 36% de seus prefeitos cadastrados até ontem. O PPS, por outro lado, tem índices maiores que o de governistas: 50% de seus 125 prefeitos já fizeram o cadastro. Está a frente, por exemplo, de PTB (45%) e PR (41%).

 

Embora o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), tenha chamado de "marqueteira" e "paliativa" a proposta de trazer médicos do exterior para atuar em cidades do interior e na periferia dos grandes municípios, 40% dos prefeitos tucanos já aderiram ao programa. O partido foi o terceiro com maior número de inscritos no Mais Médicos - em parte por ser a segunda maior legenda no ranking de prefeituras.

No PSOL, o prefeito de Macapá, maior cidade controlada pelo partido, também já fez o credenciamento. Itaocara (RJ), outro município da legenda, ainda não se inscreveu. O credenciamento vai até a meia-noite de hoje e os médicos devem começar a atuar em setembro, segundo o ministério.

O PT, terceiro maior partido em número de prefeituras, foi a legenda com maior adesão até ontem, com 57% de suas cidades inscritas. No PMDB, sigla mais forte da coalizão governista e a que controla mais municípios no país, 43% dos prefeitos se credenciaram. Os pemedebistas são a maior agremiação do programa - respondem por 17,2% do total de cadastros.

A adesão de políticos da oposição pode ajudar na tramitação da proposta no Congresso. O governo encaminhou o projeto por meio de uma medida provisória, mas parlamentares do setor da saúde querem alterar o texto para impedir que os médicos estrangeiros atuem no país sem a necessidade de fazer uma exame de revalidação do diploma.

O programa é a última saída para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), deixar uma marca em sua gestão antes de 2014. O petista é o nome mais forte do PT para disputar o governo de São Paulo contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas é criticado internamente por não ter uma marca forte para mostrar na campanha.

Em São Paulo, porém, ocorreu uma das menores adesões ao Mais Médicos - só 33% das cidades se inscreveram até ontem. O número é influenciado, em parte, pela baixo índice de cadastramento dos tucanos, que dominam quase um terço das cidades paulistas - destes, apenas 29% se inscreveram por enquanto. Entre as prefeituras do PT, a adesão é de 54%.

O Estado onde ocorreu maior adesão até ontem foi Rondônia, com todos os 52 municípios cadastrados no programa. Em seguida estão os prefeitos de Amazonas (77%) e Acre (77), Ceará (63%) e Piauí (60%).

Entre os que tiveram menor quantidade de inscritos estão Alagoas (21%), Paraíba (31%) e Tocantins (43%). Segundo o Ministério da Saúde, 2,5 mil cidades se credenciaram até o momento, o que representa 45,8% do total de municípios do país.

Fonte: Valor Econômico 

 

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