Um contingente que passa de 340 milhões de pessoas. Essa é a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o total de diabéticos no mundo. Para ter uma ideia, se elas fossem a população de um país, só China e Índia teriam mais gente. No Brasil são pelo menos 13 milhões de pessoas com a doença – número equivalente ao total de habitantes da Bahia.
Um contingente que passa de 340 milhões de pessoas. Essa é a estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o total de diabéticos no mundo. Para ter uma ideia, se elas fossem a população de um país, só China e Índia teriam mais gente. No Brasil são pelo menos 13 milhões de pessoas com a doença – número equivalente ao total de habitantes da Bahia.
Os números chamam atenção e mostram que há, hoje, uma epidemia em todo o mundo. A principal característica do diabetes é o aumento excessivo da taxa de açúcar no sangue. O problema é causado pela falta da insulina, hormônio que leva o açúcar às células.
Problemas cardiovasculares, cegueira e doenças renais crônicas estão entre as consequências mais graves. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento são fundamentais. O diabetes é uma doença silenciosa, ou seja, sem sinais claros. Por isso, é preciso ficar atento e realizar exames de sangue periodicamente.
Causas
Segundo Rosane Kupfer, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), 90% dos casos de diabetes são do tipo 2, que geralmente está associado a um estilo de vida sedentário, com sobrepeso ou obesidade, além da predisposição genética. Cerca de 10% dos casos são do diabetes tipo 1, que acomete principalmente pessoas jovens e crianças, cujas causas ainda não estão claras, mas também incluem fatores genéticos.
A prevenção passa pela adoção de uma alimentação saudável, sem exageros de bebidas alcoólicas, refrigerantes calóricos, doces e gorduras, além da manutenção de um gasto energético por meio de atividades físicas regulares. “Não se sabe ainda como evitar o diabetes tipo 1, de qualquer forma, essas medidas devem ser adotadas por todos”, afirma a médica.
Prevenção no prato
A nutricionista Fernanda Granja reforça a importância de uma boa alimentação para o controle da doença, mas lembra que não existe uma dieta ideal. Segundo ela, a situação de cada pessoa deve ser analisada por um profissional para adequar a dieta conforme seus hábitos e preferências.
“Existe a dieta com restrição de açúcares e uso de carboidratos complexos ricos em fibras, a dieta com uso de alimentos funcionais e a dieta de contagem de carboidrato. Precisamos conhecer bem o paciente para indicar qual a melhor dieta, ou até mesmo, mesclar as três”, alerta a nutricionista, que complementa: o total de porções diárias de alimentos deve variar de acordo com o valor calórico total (VCT) da dieta prescrita e, portanto, com o índice de massa corporal (IMC – relação entre peso e altura), a idade e o nível de atividade física da pessoa.
Alguns alimentos podem ajudar a controlar o nível de açúcar no sangue – e são uma boa pedida tanto para quem tem diabetes quanto para quem tem hipoglicemia. Entre eles, segundo Fabiana, está a batata yacón (que tem origem nos países andinos, deve ser consumida crua e é conhecida como “a batata dos diabéticos”, pois tem um tipo de açúcar que não é consumido pelo trato digestivo). Além disso, café, castanhas, amêndoas, e óleo de linhaça são bem-vindos.