A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou, nesta sexta-feira, os ratings de probabilidade de inadimplência do emissor (“Issuer Default Rating – IDR”) de longo prazo em moeda estrangeira e local, os de suporte e também os nacionais do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Votorantim.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou, nesta sexta-feira, os ratings de probabilidade de inadimplência do emissor (“Issuer Default Rating – IDR”) de longo prazo em moeda estrangeira e local, os de suporte e também os nacionais do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Votorantim.
Os ratings internacionais do Banco do Brasil e da Caixa estão vinculados aos ratings soberanos do Brasil, refletindo o suporte que a agência espera que eles recebam do governo federal, em caso de necessidade.
“O BB e a Caixa são dois dos maiores bancos públicos de varejo e credores no Brasil. Ambos têm mantido suas participações de mercado ao longo dos anos, apesar da forte concorrência por parte dos grandes bancos privados de varejo”, diz a Fitch em nota. A agência lembra ainda que esses bancos públicos administram a cobrança e o pagamento de benefícios no país.
Apesar do forte crescimento da carteira de crédito dessas instituições recentemente, os indicadores de qualidade de ativos de ambos permaneceram amplamente estáveis em 2012 e no primeiro trimestre de 2013 e continuam ligeiramente melhores do que as médias dos grandes bancos privados, de acordo com a Fitch.
“Esses bancos são beneficiados pela exposição relativamente maior à base de clientes formada por funcionários do setor público e ao crédito consignado. Os créditos em atraso há mais de noventa dias, de ambas as instituições, correspondem a aproximadamente 2% do total de crédito e se comparam bem em relação aos pares locais e internacionais”, diz a Fitch.
A Fitch observa ainda que a atual estratégia de capitalização dos bancos considera a utilização de instrumentos híbridos, o que ajudará esses bancos a atender às novas regras de capital regulatório, previstas no Acordo de Basileia 3.
O ponto negativo é que, apesar disso, a agência nota que essa estratégia não irá melhorar o índice núcleo de capital Fitch (FCC), que é o principal indicador de capital da Fitch. Apesar de suas franquias, da lucratividade historic amente adequada, da captação estável e dos bons índices de qualidade de ativos, os dois bancos públicos poderiam fortalecer a qua lidade de seu crédito caso conquistassem uma melhora nos índices de capitalização resultante do capital social, na avaliação da Fitch.
Com relação ao Banco Votorantim, a Fitch menciona que ele é estrategicamente importante para o BB, uma vez que desempenha atividades complementares às operações do banco. A agência cita, no entanto, alguns pontos fracos do Votorantim, como o desempenho recente, a alta alavancagem e os desafios aos seus indicadores de qualidade de ativos.
Fonte: Valor econômico