Mercosul deve acelerar negociações comerciais com UE, diz Dilma

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 A presidente Dilma Rousseff fez hoje uma defesa do Mercosul, em discurso na cúpula de chefes de Estado do bloco realizada hoje em Montevidéu. Ela lembrou que desde a década de 1990, o grupo multiplicou seu comércio em 12 vezes, de US$ 4,5 bilhões para US$ 58 bilhões. “Isso nos deu condições para enfrentar a forte crise internacional, que ainda persiste”, afirmou.

 A presidente Dilma Rousseff fez hoje uma defesa do Mercosul, em discurso na cúpula de chefes de Estado do bloco realizada hoje em Montevidéu. Ela lembrou que desde a década de 1990, o grupo multiplicou seu comércio em 12 vezes, de US$ 4,5 bilhões para US$ 58 bilhões. “Isso nos deu condições para enfrentar a forte crise internacional, que ainda persiste”, afirmou.

Dilma aproveitou para defender que o Mercosul tenha cronogramas mais acelerados de negociações comerciais com outros parceiros da América do Sul e também da União Europeia. Empresários brasileiros têm defendido que o Brasil abandone as negociações em bloco e firme uma parceria bilateral com a UE. “Estamos aprimorando o funcionamento da união aduaneira e sabemos que é preciso aperfeiçoar a união externa de nossas economias”, afirmou a presidente. Para ela, a estratégia do bloco tem que estar em sintonia com um modelo de desenvolvimento que fortaleça as indústrias locais e estimule a inclusão social. “O Mercosul deve ter política comercial externa que reflita todas as nossas potencialidades”, disse. Neste sentido, Dilma também defendeu novos acordos entre Mercosul e países africanos. A presidente disse, ainda, que o Brasil vai se prestar, sempre, a uma cooperação mais ampla no âmbito do Mercosul, deixando claro, assim, que o governo brasileiro ainda aposta no bloco.

Em seu discurso, Dilma também adotou tom conciliador ressaltando a importância da entrada da Venezuela no bloco, mas lembrou que o grupo econômico tem uma "importante" tarefa de reintegrar o Paraguai.

Dilma destacou que a entrada da Venezuela amplia a capacidade de atuação "para o norte do continente" e afirmou que o Mercosul poderia integrar outros países do Mercosul. A presidente ressaltou, como exemplo, as negociações com o Suriname e a Guiana para que entrem no bloco como Estados associados - condição hoje da Bolívia. "Quero saudar o fato de o Mercosul passa por importante ampliação de área de abrangência", disse.

Morales

Ainda durante o discurso, a presidente reforçou o repúdio ao tratamento dispensado ao presidente da Bolívia, Evo Morales. O avião presidencial que levava o estadista foi obrigado a passar cerca de 14 horas no aeroporto de Viena, por suspeita de que seu voo estaria levando o ex-técnico da CIA Edward Snowden.

Dilma pediu um cumprimento especial e solidário a Morales. “Não podemos deixar de repudiar o tratamento dispensado a um de nossos presidentes”, afirmou. A Bolívia é, atualmente, Estado associado do Mercosul.

De acordo com Dilma, “cada um dos presidentes latino-americanos foi ofendido por esse ato. Por isso, considero que para nós é muito importante que tenhamos estratégia de integração que contemple tanto a nossa presença competitiva no mundo, esteja em sintonia com o desenvolvimento de nossa população, mas que respalde nosso respeito integral ao fato de que somos países soberanos”.

Fonte: Valor econômico

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