O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a taxa básica de juros em meio ponto percentual, para 8,5% ao ano, confirmando as expectativas da maior parte dos analista econômicos privados e as apostas médias do mercado financeiro embutidas na curva de juros futuros.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central subiu a taxa básica de juros em meio ponto percentual, para 8,5% ao ano, confirmando as expectativas da maior parte dos analista econômicos privados e as apostas médias do mercado financeiro embutidas na curva de juros futuros.
Esse foi o terceiro ajuste da Selic desde que o Copom retomou o ciclo de aperto monetário em abril, quando o juro básico se encontrava na mínima histórica de 7,25%, para combater uma inflação que o colegiado descreve como alta, disseminada e resistente.
O primeiro movimento foi de 0,25 ponto e, em maio, o BC decidiu intensificar o aperto monetário, com uma alta de 0,5 ponto. A taxa atual e juros, de 8,5%, é a maior desde maio de 2012.
A melhora recente da inflação, tanto nas coletas diárias, quanto nos dados correntes, aliada a indicadores ruins de atividade, já promoveu um balanceamento das apostas do mercado financeiro de alta para o resto do ano. A curva futura, que chegou a mostrar pelo menos mais três elevações da Selic até o começo de 2014, sugere agora mais duas altas de meio ponto percentual.
O objetivo declarado do BC para este ano é entregar um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) menor que os 5,84% de 2012. Para o ano que vem, o objetivo é uma inflação menor do que a de 2013. O Copom ainda não indicou quando pretende cumprir o centro da meta, definida em 4,5%.
Em junho, o IPCA mostrou variação mensal de 0,26%, abaixo das previsões tanto do mercado quanto do BC. Mas, no acumulado em 12 meses, foi a 6,7%, estourando o teto da meta oficial de inflação, que é de 6,5%.
Olhando para frente, os dados de inflação continuam sugerindo melhora na leitura mês a mês, mas as leituras em 12 meses seguirão pressionadas. Uma preocupação é qual será o repasse da alta da cotação do dólar ocorrida a partir de fins de maio para os preços ao consumidor. Por ora, as coletas de preços seguem bastante comportadas, sugerindo que o IPCA de julho também pode surpreender para baixo.
Fonte: Valor econômico