Os gastos com o entretenimento estão presentes em todos os lares. O fato independe de classe social, formato familiar, idade dos integrantes e nível educacional. Os serviços de lazer se apresentam ao consumidor de forma atrativa, com promessa de prazer e bem-estar. Porém, mesmo entre aqueles que organizam um orçamento, o item gasto com lazer nem sempre é inserido na administração do dinheiro. A explicação, segundo os educadores financeiros, é que muitas vezes um gasto com uma ida ao cinema é considerado pela pessoa como uma despesa pequena que não compromete as finanças da família.
Os gastos com o entretenimento estão presentes em todos os lares. O fato independe de classe social, formato familiar, idade dos integrantes e nível educacional. Os serviços de lazer se apresentam ao consumidor de forma atrativa, com promessa de prazer e bem-estar. Porém, mesmo entre aqueles que organizam um orçamento, o item gasto com lazer nem sempre é inserido na administração do dinheiro. A explicação, segundo os educadores financeiros, é que muitas vezes um gasto com uma ida ao cinema é considerado pela pessoa como uma despesa pequena que não compromete as finanças da família.
Orçamento financeiro
Cultura e entretenimento geram qualidade de vida, mas é preciso ter em mente o quanto se pode gastar. Fabio Gallo, professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), especialista em finanças comportamentais e coautor da série de finanças pessoais da Publifolha, acredita que antes de qualquer medida é fundamental que o consumidor compreenda que todo e qualquer gasto precisa ser considerado. Outro ponto importante é ter claro o quanto se ganha e como se gasta o dinheiro.
"O lazer, muitas vezes, é visto como um gasto pequeno. Mas não é bem assim. Ter essa visão pode provocar um descontrole financeiro da família. Quando um casal vai ao cinema com os filhos, deve considerar o valor dos ingressos, gasto com alimentação e transporte", orienta o especialista.
Álvaro Modernell, especialista em educação financeira e autor dos livros "Quero Ser Rico" e "Zequinha e a Porquinha da Poupança", diz que o lazer é quase tão importante quanto a alimentação e outros cuidados com a saúde, e também deve ser considerado na hora de montar o orçamento. Mas como não é essencial em todos os momentos da vida, quem está em situação de endividamento deve diminuir gastos com entretenimento.
“Isso não significa cortar o lazer, mas buscar formas alternativas, gratuitas ou baratas para recarregar energias e buscar fontes de inspiração. Já quem está com a vida financeira equilibrada ou folgada deve tratar o entretenimento como item regular, estabelecer verbas, limites, prioridades. Fazer planos e poupança para gastos mais significativos, mas principalmente manter o controle. Um dos riscos, por se tratar de despesa variável, é gastar mais do que o previsto ou do que o possível, e acabar desequilibrando o orçamento familiar", comenta Modernell.
Quanto gastar?
Para o professor da FGV, não existe fórmula. “As rendas familiares, os hábitos, quantidade de filhos e objetivos são diferentes. O mais importante é saber o que é necessário e o que é desejado. Em uma determinada situação, a mensalidade de uma academia pode ser apenas um lazer facilmente cortado em caso de necessidade. Em outro cenário, pode ser uma necessidade de saúde", diz Gallo.
Limites
Para Modernell, o importante é estabelecer limites e parâmetros. Quem planeja uma viagem não deve pensar só no preço da estadia e do transporte. É necessário pensar no gasto durante a viagem, se haverá necessidade de comprar roupas ou acessórios. Pequenos cuidados e organização ajudam no controle financeiro, permitindo que a pessoa se divirta sem gerar problemas futuros.
“O limite ajuda a evitar o desperdício, que é tudo aquilo que não é aproveitado. Em termos de lazer, o importante é fazer boas escolhas, pesquisar preços, oportunidades ou até mesmo promoções", afirma.