“Tá nervoso? Vai pescar!” O verso ganhou o Brasil nas vozes de várias duplas sertanejas, que arrastam grandes públicos em todas as regiões do país. Será que essa atividade realmente é um remédio para aliviar o estresse e a pressão do dia a dia? Conversamos com um especialista no assunto, Jair Rigotti, que desde outubro de 1998 apresenta o programa Hora do Pescador, no ar em canais abertos e por assinatura em diversas regiões de todo o país.
“Tá nervoso? Vai pescar!” O verso ganhou o Brasil nas vozes de várias duplas sertanejas, que arrastam grandes públicos em todas as regiões do país. Será que essa atividade realmente é um remédio para aliviar o estresse e a pressão do dia a dia? Conversamos com um especialista no assunto, Jair Rigotti, que desde outubro de 1998 apresenta o programa Hora do Pescador, no ar em canais abertos e por assinatura em diversas regiões de todo o país.
Com a experiência de décadas de pescaria, Jair garante: ajuda a relaxar e alivia o estresse. "É uma atividade para todas as idades. Hoje em dia a garotada tem feito parte das atividades de pesca junto com pessoas mais velhas da família. E para o idoso é melhor ainda. Hoje, todo mundo sabe que essa é a chamada melhor idade e é o melhor momento da vida. É ótimo pescar nesse momento”, afirma.
Respeito à natureza
Ao praticar a pescaria, é preciso também garantir a preservação da natureza. Por isso, a principal dica é devolver os peixes à água depois de pescá-los. Segundo Jair Rigotti, isso garante a subsistência das espécies. Se a devolução for feita de forma cuidadosa, o peixe viverá por muito tempo.
Quem quer aproveitar a diversão para garantir o almoço deve fazê-lo de forma responsável. "Se for para pescar e levar o peixe para casa é preciso ficar atento às determinações legais, evitando pegar peixes fora das medidas recomendadas pelos órgãos responsáveis. Também não devemos pescar em locais onde a atividade não é permitida, assim como devem ser respeitadas as épocas do ano em que a pesca é vetada. E só devemos levar para casa o volume de peixes necessário, evitando pescar além do que a família pode e precisa consumir", ensina Jair.
Onde pescar?
Engana-se quem pensa que a pescaria está limitada a cidades litorâneas ou com represas, lagos e rios cheios de peixes. Com a popularização dos estabelecimentos pesque e pague, é possível pescar em praticamente todas as cidades e regiões do país.
Segundo Jair Rigotti, pelo Brasil há muitas estruturas bem montadas, com boas instalações, permitindo um bom programa para toda a família. “É possível pescar peixes de 20, 30, até 40 quilos, que só existiam em determinados rios, em espaços artificiais criados apenas para a pescaria", afirma.
Desenvolvimento
Embora seja tido como um hobby ou uma atividade prazerosa, para muita gente a pesca é atividade profissional. Segundo o último levantamento oficial do Governo Federal e do Ministério da Pesca e da Aquicultura (MPA), em 2009 havia mais de 830 mil pescadores profissionais registrados no país.
Em maio deste ano, o MPA assinou parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para desenvolver ações nos campos tecnológico, econômico e social no setor. Entre as ações definidas estão a capacitação de profissionais, o desenvolvimento de pesquisas e o aumento da produção e comercialização.
O Brasil gasta R$ 1,3 bilhão em importação de pescado todos os anos. Mesmo com um mercado tão próspero, não são raros os casos de falência de pequenas e médias empresas do setor no país. Na ocasião da assinatura do contrato, o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, afirmou que o setor pesqueiro tem grande potencial, mas falta experiência aos empresários e, por isso, foi estabelecida a parceria com o Sebrae. “Eles (pescadores) têm dificuldades para abrir mercados, para gerenciar seus negócios, para fazer as contas corretas, para ver o nível de imposto e há muito insucesso nessa parte”, afirmou Crivella.