O poeta português Fernando Pessoa está completando 125 anos nesta quinta-feira (13/6). Não é o aniversário de uma múmia oficial. Mesmo em tempos de império da cultura visual e virtual, ele permanece lido, amado e contestado. O poeta será tema de uma mesa-redonda da próxima Flip — Festa Literária de Paraty, a ser realizada entre os dias 3 e 7 de julho, com as participações de Maria Bethânia e de Cleonice Berardinelli, professora da PUC-Rio e integrante da Academia Brasileira de Letras. Bethânia declamará poemas do escritor português.
O poeta português Fernando Pessoa está completando 125 anos nesta quinta-feira (13/6). Não é o aniversário de uma múmia oficial. Mesmo em tempos de império da cultura visual e virtual, ele permanece lido, amado e contestado. O poeta será tema de uma mesa-redonda da próxima Flip — Festa Literária de Paraty, a ser realizada entre os dias 3 e 7 de julho, com as participações de Maria Bethânia e de Cleonice Berardinelli, professora da PUC-Rio e integrante da Academia Brasileira de Letras. Bethânia declamará poemas do escritor português.
Pessoa deriva da palavra latina persona, que remete à máscara, lembra o poeta mexicano Octavio Paz em um dos ensaios do livro Signos em rotação. No próprio nome, Fernando Pessoa selaria um destino: o de se multiplicar em heterônimos, personagens imaginários com personalidades distintas, em relação dramática e complexa entre si.
Álvaro de Campos é o poeta futurista em permanente desassossego no frenesi da vida moderna: “Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir./Sentir tudo de todas as maneiras./Sentir tudo excessivamente,/Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas/E toda a realidade é um excesso, uma violência,/Uma alucinação extraordinariamente nítida/Que vivemos todos em comum com a fúria das almas.”