Imagine um banco sem agência, no qual você abre uma conta a baixo custo, tira as filas da sua rotina e escaneia o código de barras da conta com seu smartphone para pagá-la. Em vez de ir no caixa eletrônico para realizar um saque, você acessa o site ou o aplicativo e, em poucas horas, o dinheiro chegará até você. Ou passa em um supermercado conveniado e sai com as cédulas na mão. Esta instituição ainda não existe no Brasil, mas uma proposta de abrir um banco exclusivamente virtual será entregue ao Banco Central neste mês.
O projeto da corretora XP Investimentos é inspirado na atuação do banco virtual norte-americano TD bank e deve estrear no segundo semestre de 2014. A nova estrutura pretende transformar 30 mil dos cerca de 120 mil clientes da corretora em correntistas. "No Brasil, o banco é tido como um mal necessário, não uma solução. Nossa meta é suprir esse nicho deixado pelas instituições financeiras tradicionais", diz o CEO da XP Investimentos, Guilherme Benchimol. O novo banco oferecerá todos os serviços e as mesmas transações que um banco tradicional, porém somente online, por telefone ou por meio de caixas 24 horas.
No Brasil, antigos bancos virtuais, como o Banco 1 , foram incorporados aos tradicionais. Hoje, o País tem apenas instituições físicas que oferecem serviço pela web ou por aplicativos. De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), neste ano, as transações financeiras nas agências por conta corrente declinaram 5% desde 2008. Em contraponto, o número de contas ativas aumentou 6% em 2012, e uma das causas apontadas é o crescimento da domiciliação bancária - não é mais preciso ir ao banco para realizar operações.
O internet banking é o canal preferencial do cliente bancário e representou 39% do total de transações em 2012. Logo em seguida, vieram as agências, onde foram realizadas 26% das operações. O crescimento das transações online e em máquinas de cartões de crédito e débito é próximo de 25% ao ano, superior ao dos canais mais tradicionais. Enquanto isso, o número de usuários que fazem transações via celular quase triplicou no último ano, ainda que apenas 2,6% delas sejam com movimentação financeira. Já as agências tiveram o menor crescimento do número de transações, com apenas 3% ao ano.
Apesar do aumento das operações online, os custos das transações decrescem lentamente. O baixo custo, portanto, seria a principal vantagem de um banco virtual no Brasil, já que a internet não exige estrutura de agência, o que barateia o funcionamento. Paradoxalmente, o público-alvo da nova proposta de banco são as classes A e B. "São essas pessoas que mais usam hoje o internet banking, resolvem tudo por telefone e, no máximo, tiram dinheiro em um caixa eletrônico", explica Benchimol.
Para o presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, Celso Grisi, também professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), a iniciativa do novo banco virtual será um modelo isolado, pois a experiência brasileira mostrou que há necessidade de agências físicas. "A internet exige um nível de confiança entre o cliente o banco que ainda não foi conquistado e dificilmente será. A maior parte dos usuários precisa de orientação financeira", acredita.
O especialista em sistemas de informação Vivaldo José Breternitz, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, conta que em outros países já houve experiências que deram certo. Uma delas foi o banco Wizzit, na África do Sul, criado para ser operado somente por meio de celulares, com foco em clientes que não teriam capital suficiente para abrir uma conta em um banco convencional. "Dessa forma, é possível permitir o acesso dessas pessoas ao setor financeiro", diz Breternitz.
Imagine um banco sem agência, no qual você abre uma conta a baixo custo, tira as filas da sua rotina e escaneia o código de barras da conta com seu smartphone para pagá-la. Em vez de ir no caixa eletrônico para realizar um saque, você acessa o site ou o aplicativo e, em poucas horas, o dinheiro chegará até você. Ou passa em um supermercado conveniado e sai com as cédulas na mão. Esta instituição ainda não existe no Brasil, mas uma proposta de abrir um banco exclusivamente virtual será entregue ao Banco Central neste mês.
O projeto da corretora XP Investimentos é inspirado na atuação do banco virtual norte-americano TD bank e deve estrear no segundo semestre de 2014. A nova estrutura pretende transformar 30 mil dos cerca de 120 mil clientes da corretora em correntistas. "No Brasil, o banco é tido como um mal necessário, não uma solução. Nossa meta é suprir esse nicho deixado pelas instituições financeiras tradicionais", diz o CEO da XP Investimentos, Guilherme Benchimol. O novo banco oferecerá todos os serviços e as mesmas transações que um banco tradicional, porém somente online, por telefone ou por meio de caixas 24 horas.
No Brasil, antigos bancos virtuais, como o Banco 1 , foram incorporados aos tradicionais. Hoje, o País tem apenas instituições físicas que oferecem serviço pela web ou por aplicativos. De acordo com uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), neste ano, as transações financeiras nas agências por conta corrente declinaram 5% desde 2008. Em contraponto, o número de contas ativas aumentou 6% em 2012, e uma das causas apontadas é o crescimento da domiciliação bancária - não é mais preciso ir ao banco para realizar operações.
O internet banking é o canal preferencial do cliente bancário e representou 39% do total de transações em 2012. Logo em seguida, vieram as agências, onde foram realizadas 26% das operações. O crescimento das transações online e em máquinas de cartões de crédito e débito é próximo de 25% ao ano, superior ao dos canais mais tradicionais. Enquanto isso, o número de usuários que fazem transações via celular quase triplicou no último ano, ainda que apenas 2,6% delas sejam com movimentação financeira. Já as agências tiveram o menor crescimento do número de transações, com apenas 3% ao ano.
Apesar do aumento das operações online, os custos das transações decrescem lentamente. O baixo custo, portanto, seria a principal vantagem de um banco virtual no Brasil, já que a internet não exige estrutura de agência, o que barateia o funcionamento. Paradoxalmente, o público-alvo da nova proposta de banco são as classes A e B. "São essas pessoas que mais usam hoje o internet banking, resolvem tudo por telefone e, no máximo, tiram dinheiro em um caixa eletrônico", explica Benchimol.
Para o presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, Celso Grisi, também professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), a iniciativa do novo banco virtual será um modelo isolado, pois a experiência brasileira mostrou que há necessidade de agências físicas. "A internet exige um nível de confiança entre o cliente o banco que ainda não foi conquistado e dificilmente será. A maior parte dos usuários precisa de orientação financeira", acredita.
O especialista em sistemas de informação Vivaldo José Breternitz, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, conta que em outros países já houve experiências que deram certo. Uma delas foi o banco Wizzit, na África do Sul, criado para ser operado somente por meio de celulares, com foco em clientes que não teriam capital suficiente para abrir uma conta em um banco convencional. "Dessa forma, é possível permitir o acesso dessas pessoas ao setor financeiro", diz Breternitz.
Fonte: Agência ANABB