Retomada dos EUA é motivo para recuo

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A agência de classificação de crédito Standard & Poor's melhorou ontem a perspectiva de rating dos Estados Unidos, de "negativa" para "estável", afirmando que a probabilidade de um rebaixamento no curto prazo é menor do que um terço.

A agência de classificação de crédito Standard & Poor's melhorou ontem a perspectiva de rating dos Estados Unidos, de "negativa" para "estável", afirmando que a probabilidade de um rebaixamento no curto prazo é menor do que um terço.

A mudança reforça a visão do mercado de que a recuperação da economia americana está se firmando e que o Fed, o BC dos EUA, deve reduzir os estímulos monetários e, posteriormente, elevar os juros, hoje em quase 0%.

Isso seria má notícia para os emergentes, ao menos no curto prazo. Em busca de maior rendimento, investidores passariam a aplicar parcela maior de seu capital em países ricos, em detrimento de mercados como o Brasil.

Esse movimento, que já dura algumas semanas (graças aos sinais de melhora dos EUA), fez ontem o dólar, mesmo com duas intervenções do BC, atingir o maior valor ante o real desde maio de 2009.

O dólar à vista subiu ontem 0,58%, cotado a R$ 2,146.

"A decisão da S&P não surpreendeu o mercado, mas reforça a percepção de que a economia americana está definitivamente melhorando, não se trata de um alarme falso, como em outras ocasiões", disse Sean West, diretor do Eurasia Group.

A S&P manteve a nota dos EUA em AA+, a segunda mais alta. "Pontos fortes dos EUA são a economia resistente, a credibilidade monetária e o status do dólar como moeda de reserva mundial", disse a S&P em nota. Cita também melhora na arrecadação de impostos e corte de gastos.

ENDIVIDAMENTO

A situação fiscal dos EUA vem melhorando. Segundo órgão do Congresso americano, o deficit do Orçamento dos EUA deve fechar o ano em 4% do PIB, menos da metade do de 2009 (10,1% do PIB).

A S&P projeta que os EUA irão crescer entre 2% e 2,5% neste ano e 3% no ano que vem. A agência não acredita que a negociação para elevação do limite do endividamento federal, que deve ocorrer em setembro, possa levar a problemas graves.

A tumultuada negociação para elevar o teto da dívida em 2011 levou a um rebaixamento de nota de AAA para AA+ em agosto daquele ano.

West, do Eurasia, ressalta também a exploração de gás de xisto, a grande probabilidade de aprovação da reforma da imigração, a aposta do governo Obama em tratados de livre comércio como novos motores de crescimento.

"Vemos muitos sinais positivos: inflação ao consumidor abaixo de 1,5%, aumento nos gastos do consumidor de 2% a 2,5%, investimento crescendo de 4 a 4,5% e confiança do consumidor em alta", disse Gregory Daco, economista da IHS Global Insight.

No Brasil e outros emergentes, investidores reagiram com redução de apetite por risco e consequente queda nas cotações das moedas. "Olhando o cenário externo --com EUA melhorando e a China deixando a desejar-- e a economia interna que também deixa a desejar, o mercado se protege no dólar", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "As expectativas são de que não haja alívio no dólar pelo menos por enquanto."

Fonte: Folha de São Paulo 

 

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