A questão da sustentabilidade pode aparentemente parecer um assunto recente, mas segundo a coordenadora da Escola Superior de Propaganda e Marketing Social (ESPM Social) e consultora da Dialog Consultoria, Bernadete Almeida, a discussão não é de agora, a novidade é a amplitude do tema e a apropriação midiática do assunto.
A questão da sustentabilidade pode aparentemente parecer um assunto recente, mas segundo a coordenadora da Escola Superior de Propaganda e Marketing Social (ESPM Social) e consultora da Dialog Consultoria, Bernadete Almeida, a discussão não é de agora, a novidade é a amplitude do tema e a apropriação midiática do assunto.
Qualidade de vida
"Ser sustentável é viver o hoje de modo que o amanhã possa ser vivido com qualidade de vida, tanto do ponto individual como social. Se antes morríamos com 40 anos, hoje as pessoas vivem com saúde e dinheiro até os 90 anos. A questão da longevidade também é um motivo para pensarmos na sustentabilidade", analisa Bernadete.
Sob a ótica de pensar na questão do consumo e do uso do dinheiro, a professora sugere algumas reflexões. O que é viver bem? Consumir em grande quantidade ou viver experiências interessantes? Para viver melhor amanhã é preciso mudanças de comportamento no viver, no produzir e no consumir.
A influência da idade
A consultora de marca Maria Inez Murad divide o comportamento em quatro faixas etárias. As crianças, segundo ela, são as mais conscientes atualmente quando o assunto é sustentabilidade. “Já nasceram e estão sendo educadas com a visão de que os recursos naturais são finitos e que podemos e devemos mudar nossas atitudes para preservar o planeta”, explica.
Os jovens, segundo Murad, estão na metade do caminho. "Apesar de já terem consciência do fato, o apelo do consumo é muito forte como, por exemplo, o incentivo à troca de celular anualmente e carros possantes", exemplifica. Os adultos de até 55 anos, para ela, são os mais difíceis de serem trabalhados. São influenciados pelos filhos pequenos em um processo de educação reversa, mas muitas vezes são responsáveis pela ‘deseducação’ principalmente na coleta do lixo, destaca.
"Já os idosos são influenciados pelos netos e, tendo em vista que foram educados em uma vida mais frugal, não costumam desperdiçar tanto assim os recursos naturais do planeta", analisa.
Mudanças de hábitos
Para Maria Inez, mudar hábitos é sempre uma tarefa difícil, seja no comportamento referente à sustentabilidade ou em qualquer outro aspecto da vida.
Bernadete comenta que os adultos brasileiros não possuem, por exemplo, a cultura do boicote, ou seja, de deixar de comprar algum produto ou serviço devido a uma atitude considerada negativa ou sem ética diante da sociedade. Ela lembra o caso de uma grife internacional acusada de usar mão de obra escrava para a produção brasileira da rede varejista. "A acusação gerou muita polêmica na internet e ‘gritarias’, mas quantas pessoas deixaram realmente de consumir os produtos da marca? É preciso fazer um exercício e esforço permanente em prol do coletivo. Já temos alguns avanços no Brasil, mas ainda temos muito que evoluir", alerta.
RSA na PREVI
A Responsabilidade Socioambiental é uma das causas defendidas e incentivadas pela PREVI. Aprofundar implantação de questões Ambientais e Sociais no setor e participadas é um dos objetivos estratégicos, do qual fazem parte ações como Incentivar adoção do relatório GRI pelas empresas participadas, modelo adotado no Relatório da PREVI, e incentivar novos players para os Princípios para o Investimento Responsável (PRI).