RIO - O número de pessoas que utilizam a internet aumentou em todas as classes de rendimento mensal domiciliar per capita, sobretudo nas classes mais baixas.
RIO - O número de pessoas que utilizam a internet aumentou em todas as classes de rendimento mensal domiciliar per capita, sobretudo nas classes mais baixas.
É o que aponta a pesquisa “Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal”, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
De acordo com a pesquisa, quanto maior a classe de rendimento, maior o percentual de internautas. No grupo com rendimento de até 25% de salário mínimo, o percentual de pessoas que acessam a internet aumentou de 3,8% em 2005 para 21,4% em 2011. No grupo de mais de 25% até metade do salário mínimo, o avanço foi de 7,8% para 30%; e no grupo com rendimento de 50% a 100% do salário mínimo passou de 15,8% para 39,5%.
O IBGE observou que o número de pessoas com dez anos ou mais de idade que residiam em domicílios que possuíam microcomputador com acesso à internet cresceu 196% entre 2005 e 2011.
Segundo a pesquisa, em 2005, 22,3 milhões residiam em domicílios que possuíam microcomputador com acesso à internet – o equivalente a 14,6% dos domicílios – e, em 2011, esse contingente cresceu, totalizando 65,7 milhões.
Já o número de pessoas que viviam em domicílio que não tinha computador com acesso a Internet no domicílio caiu 22% entre 2005 e 2011, passando de 130 milhões para 101,2 milhões.
Inclusão
O aumento do acesso à internet nos últimos anos acabou por incluir também maior número de brasileiros sem trabalho na era digital. A proporção em relação à população total com acesso à web, contudo, não se alterou muito.
O número de pessoas que não tinham trabalho e tinham acesso à rede mundial passou de 12,1 milhões (37,9% do total) para 31 milhões (39,9% do total) entre 2005 e 2011, mostra a pesquisa do IBGE.
O IBGE apurou ainda que houve queda de 25,8% no número de desconectados com a web entre 2005 e 2011 — que totalizaram 89,3 milhões ao término de 2011.
Entre os trabalhadores com acesso à internet, 91,2% dos profissionais das ciências eram internautas, o maior percentual entre as nove atividades pesquisadas. Esse tipo de profissional já mostrava predominância no acesso à web anteriormente: em 2005, a parcela de internautas no total desse segmento era de 72,7%, também a mais elevada na época.
Nas atividades analisadas, quatro mostraram mais de 80% de seu contingente com possibilidade de acesso à internet. É o caso de membros das Forças Armadas e auxiliares; trabalhadores de serviços administrativos; dirigentes em geral e técnicos de nível médio.