Mesmo afirmando que não acionaria os tradicionais mecanismos de recuperação da política monetária, o Banco Central, pela primeira vez em quase dois anos, elevou a taxa básica de juros, a Selic. Média de custos que o governo precisa pagar por empréstimos retirados dos bancos, a taxa está hoje em 7,5%. Segundo o Copom, a mudança em 0,25 ponto percentual teve como objetivo o controle da inflação. Indiretamente ligado a essa meta está, também, o aumento de investimentos em renda fixa, o que traz mais capital estrangeiro para o País.
Com a melhora nas atividades econômicas brasileiras, o Governo Federal se viu diante de uma possível alta na inflação, que já é de 6,59%, conforme o Banco Central, valor acima da meta estabelecida para o ano. Essa elevação, no entanto, prejudica as vendas e diminui o consumo. “Fica caro para todos nós, pois, de um modo ou de outro, esse aumento pressiona os custos de empresas. Isso faz com que o preço de produtos suba ainda mais, diminuindo as atividades comerciais no País”, afirmou o professor de Administração da ESPM Adriano Gomes. A conta ficará mais salgada, também, para aqueles que precisarem retirar empréstimos dos bancos. Com as taxas mais altas, financiamentos sem parcelas fixas ficarão mais caros, por exemplo.
Na opinião de especialistas, porém, essa alta foi inevitável. “Como o poder de compra dos brasileiros está maior, o mercado elevou os preços de produtos de modo geral, provocando, assim, uma alta na taxa inflacionária”, afirma o professor de Administração. Há quem acredite, também, que essa mudança demorou a acontecer. “Deveria ter subido antes. O Banco Central não foi rápido o suficiente para tomar as medidas necessárias”, ressalta o professor de Finanças da USP Rafael Paschoarelli.
Mesmo com algumas controvérsias, o que não se pode negar é que a alta na taxa de juros influencia os brasileiros a investirem mais na sua aplicação preferida: a poupança. Com a elevação da Selic em 7,5%, o rendimento da caderneta subiu, mesmo que timidamente. Agora, a poupança está pagando 5,25% de juros aos consumidores.
Atrelado a esse aumento, estrangeiros conseguem enxergar uma oportunidade de investir em um mercado onde as taxas são mais altas. Esses investimentos servirão como capital de giro nos cofres públicos. O ganho, no entanto, é especulativo – feito por meio de compra de ações e imóveis. “A grande questão é que a inflação continuará muito alta para esses investidores. Então, esse ganho é praticamente imaginário e pode sair do País a qualquer momento”, declara o Paschoarelli.
Mesmo afirmando que não acionaria os tradicionais mecanismos de recuperação da política monetária, o Banco Central, pela primeira vez em quase dois anos, elevou a taxa básica de juros, a Selic. Média de custos que o governo precisa pagar por empréstimos retirados dos bancos, a taxa está hoje em 7,5%. Segundo o Copom, a mudança em 0,25 ponto percentual teve como objetivo o controle da inflação. Indiretamente ligado a essa meta está, também, o aumento de investimentos em renda fixa, o que traz mais capital estrangeiro para o País.
Com a melhora nas atividades econômicas brasileiras, o Governo Federal se viu diante de uma possível alta na inflação, que já é de 6,59%, conforme o Banco Central, valor acima da meta estabelecida para o ano. Essa elevação, no entanto, prejudica as vendas e diminui o consumo. “Fica caro para todos nós, pois, de um modo ou de outro, esse aumento pressiona os custos de empresas. Isso faz com que o preço de produtos suba ainda mais, diminuindo as atividades comerciais no País”, afirmou o professor de Administração da ESPM Adriano Gomes. A conta ficará mais salgada, também, para aqueles que precisarem retirar empréstimos dos bancos. Com as taxas mais altas, financiamentos sem parcelas fixas ficarão mais caros, por exemplo.
Na opinião de especialistas, porém, essa alta foi inevitável. “Como o poder de compra dos brasileiros está maior, o mercado elevou os preços de produtos de modo geral, provocando, assim, uma alta na taxa inflacionária”, afirma o professor de Administração. Há quem acredite, também, que essa mudança demorou a acontecer. “Deveria ter subido antes. O Banco Central não foi rápido o suficiente para tomar as medidas necessárias”, ressalta o professor de Finanças da USP Rafael Paschoarelli.
Mesmo com algumas controvérsias, o que não se pode negar é que a alta na taxa de juros influencia os brasileiros a investirem mais na sua aplicação preferida: a poupança. Com a elevação da Selic em 7,5%, o rendimento da caderneta subiu, mesmo que timidamente. Agora, a poupança está pagando 5,25% de juros aos consumidores.
Atrelado a esse aumento, estrangeiros conseguem enxergar uma oportunidade de investir em um mercado onde as taxas são mais altas. Esses investimentos servirão como capital de giro nos cofres públicos. O ganho, no entanto, é especulativo – feito por meio de compra de ações e imóveis. “A grande questão é que a inflação continuará muito alta para esses investidores. Então, esse ganho é praticamente imaginário e pode sair do País a qualquer momento”, declara o Paschoarelli.
Fonte. Agência ANABB