Europa multifacetada salta aos olhos na programação do Festival de Cinema Europeu

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vitrine cinematográfica do velho continente se faz visível no encontro anual de cinéfilos para o Festival de Cinema Europeu, desta terça-feira (30/4) a domingo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Longe de se mostrar uma superfície inteiriça, a matéria-prima do cinema europeu recente migrou de temas existenciais para mostrar uma espécie de mosaico, feito com texturas coloridas e esfumadas. 

“Depois da criação da comunidade europeia, o cinema ficou muito difuso. Existe um hibridismo sensacional. Na Europa, muitos filmes são feitos em sistema de coprodução entre vários países”, resume o professor Sérgio Moriconi, curador da mostra há cinco anos. “É curioso ver esse processo de movimento inverso, o colonizador também se contamina com o colonizado. Tem um pouco de culpa também. Mas os europeus que curtem a diversidade percebem que isso enriquece a cultura.” 

É a Europa multifacetada, multicultural, que salta aos olhos na seleção dos 15 filmes feita sob o tema cidadania. “A cidadania é tudo, desde a inserção do estrangeiro na sociedade até a tolerância de gêneros e o entendimento de que indivíduos com necessidades especiais devem ser integrados socialmente”, discorre Moriconi. 


Os diferentes modos de produção também se alinham na trama de Biblioteca Pascal (sábado, às 16h30). O filme sensação do 1º Brasília International Film Festival (Biff), exibido fora da competitiva, entra na seleção do Festival de Cinema Europeu com uma proposta de realismo fantástico pouco praticado em tempos de ultrarrealismo nos cinemas e em séries de tevê. No título dirigido por Szabolcs Hajdu, o trânsito entre países e a exploração sexual da mulher é discutido em embalagem fetichista e incômoda. As mulheres também são personagens no documentário austríaco Mamma illegal (domingo, às 16h30), um cuidadoso retrato das mulheres de Montenegro que deixaram filhos e família para trás para trabalhar como empregadas domésticas em outros países. A produção é assinada pelo iniciante Ed Moschitz. 

Mesmo sensível aos temas sociais, o cinema ainda não sentiu o baque recente causado pela crise econômica da Europa. O fantasma econômico ainda não tomou forma nas temáticas e nos modos de produção europeus. Exceção para os países da Península Ibérica, Portugal e Espanha, em que a produção caiu no último ano. Para o curador, os cortes nos orçamentos da cultura de muitas países pode ter sim reduzido o alcance e a distribuição dos filmes. "A divulgação dos filmes no exterior é que está sendo dificultada pelos cortes nos orçamentos para cultura. Mas, aparentemente, a produção não foi afetada", acredita o professor Sérgio Moriconi, curador da mostra. 

vitrine cinematográfica do velho continente se faz visível no encontro anual de cinéfilos para o Festival de Cinema Europeu, desta terça-feira (30/4) a domingo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Longe de se mostrar uma superfície inteiriça, a matéria-prima do cinema europeu recente migrou de temas existenciais para mostrar uma espécie de mosaico, feito com texturas coloridas e esfumadas. 

“Depois da criação da comunidade europeia, o cinema ficou muito difuso. Existe um hibridismo sensacional. Na Europa, muitos filmes são feitos em sistema de coprodução entre vários países”, resume o professor Sérgio Moriconi, curador da mostra há cinco anos. “É curioso ver esse processo de movimento inverso, o colonizador também se contamina com o colonizado. Tem um pouco de culpa também. Mas os europeus que curtem a diversidade percebem que isso enriquece a cultura.” 

É a Europa multifacetada, multicultural, que salta aos olhos na seleção dos 15 filmes feita sob o tema cidadania. “A cidadania é tudo, desde a inserção do estrangeiro na sociedade até a tolerância de gêneros e o entendimento de que indivíduos com necessidades especiais devem ser integrados socialmente”, discorre Moriconi. 


Os diferentes modos de produção também se alinham na trama de Biblioteca Pascal (sábado, às 16h30). O filme sensação do 1º Brasília International Film Festival (Biff), exibido fora da competitiva, entra na seleção do Festival de Cinema Europeu com uma proposta de realismo fantástico pouco praticado em tempos de ultrarrealismo nos cinemas e em séries de tevê. No título dirigido por Szabolcs Hajdu, o trânsito entre países e a exploração sexual da mulher é discutido em embalagem fetichista e incômoda. As mulheres também são personagens no documentário austríaco Mamma illegal (domingo, às 16h30), um cuidadoso retrato das mulheres de Montenegro que deixaram filhos e família para trás para trabalhar como empregadas domésticas em outros países. A produção é assinada pelo iniciante Ed Moschitz. 

Mesmo sensível aos temas sociais, o cinema ainda não sentiu o baque recente causado pela crise econômica da Europa. O fantasma econômico ainda não tomou forma nas temáticas e nos modos de produção europeus. Exceção para os países da Península Ibérica, Portugal e Espanha, em que a produção caiu no último ano. Para o curador, os cortes nos orçamentos da cultura de muitas países pode ter sim reduzido o alcance e a distribuição dos filmes. "A divulgação dos filmes no exterior é que está sendo dificultada pelos cortes nos orçamentos para cultura. Mas, aparentemente, a produção não foi afetada", acredita o professor Sérgio Moriconi, curador da mostra. 

Fonte: Correio Braziliense

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