"O interessante é que a música transcende a língua. Ela vai direto ao coração, sem filtro", analisa o músico havaiano Keola Beamer que, junto com a mulher Moanalani Beamer e o violonista Jeff Peterson, fará duas apresentações gratuitas em Brasília. Feita de muitas nuances, a compreensão dos moradores do 50º Estado norte-americano é ampla, se estendendo das diferenças em marés até o nuances do escalonamento da cor preta, dos nomes de estrelas e de ventos. Jeff Peterson, por sinal, sabe de cor a história da evolução do violão, introduzido (no Havaí) desde os anos de 1830, por vaqueiros mexicanos e espanhóis. "Eles nos ensinaram as tradições rancheiras. Lá, os caubóis havaianos são chamados de pañolo e meu pai, aliás, é um vaqueiro", explica.
"Na nossa experiência no Brasil, vamos aprender e ensinar. As pessoas ainda acham que o ukulele seja um instrumento havaiano. Mas, não, ele vem de várias vertentes e, no Brasil, se transformou no cavaquinho", aponta Peterson. Nesta sexta-feira (26/4), o trio estará na Casa Thomas Jefferson (SGAN 606), às 20h; e no sábado (27), das 16h as 18h, no shopping Pier 21, em shows com acesso livre.
Jeff Peterson que, nas apresentações, tocará Hawaiian skies (uma das cinco músicas dele, saídas da trilha do filme Os descendentes) dá extremo crédito a Gabby Pahinui — bem representado na trilha — como pai da moderna música do Havaí. Keola completa: "integrei, desde os 18 anos, apresentações com minha família. Por muitos anos, porém, estivemos limitados apenas ao Havaí. Desde os anos 90, porém, estendemos nosso reconhecimento. Naquela época, tivemos nossa música distribuída com selos norte-americanos". Seguiram-se, daí, as passagens por países europeus, além de Japão e China.
Há entusiasmo de Keola, quando fala das performances ao vivo. "É uma experiência muito pessoal e você sente a energia viva e espiritual da plateia. É sempre positivo", diz. Em Brasília, o trio estará acompanhado Jaime Ernest Dias. Ouvinte de música brasileira há muito tempo, Peterson, pela primeira vez no Brasil (assim como os colegas), percebe familiaridade entre o Havaí e a nação verde-amarela. "As pessoas parecem afetuosas e amistosas. Existe um senso próprio de aloha (uma celebração da integração entre os indivíduos)", comenta.
Em uma hora de apresentação, estará em jogo o apanhado de músicas que celebra nomes fortes da arte havaiana. "Num dado momento, vou afrouxar as cordas, para tocar as músicas tradicionais, que não estão baseadas na escrita, mas no hula. Por meio dela, vêm as histórias de família, genealogia e os acontecimentos corriqueiros impressos por cânticos que incluem religião e mitos", destaca Peterson. Percussão e bambu também servirão ao show, completado pelas danças de Moanalani Beamer, seguidora da arte, desde os quatro anos. "No meio da interferência de missionários, nos anos de 1970, Keola foi um pai do movimento da defesa de nossas raízes. Do avô dele, vamos executar uma música romântica muito popular, chamada Green Rose Hula", entrega o violonista. "Acho que, por momentos, na música nos aproximamos do Brasil, pela herança de compasso e movimentos lânguidos", conclui Keola Beamer.
"O interessante é que a música transcende a língua. Ela vai direto ao coração, sem filtro", analisa o músico havaiano Keola Beamer que, junto com a mulher Moanalani Beamer e o violonista Jeff Peterson, fará duas apresentações gratuitas em Brasília. Feita de muitas nuances, a compreensão dos moradores do 50º Estado norte-americano é ampla, se estendendo das diferenças em marés até o nuances do escalonamento da cor preta, dos nomes de estrelas e de ventos. Jeff Peterson, por sinal, sabe de cor a história da evolução do violão, introduzido (no Havaí) desde os anos de 1830, por vaqueiros mexicanos e espanhóis. "Eles nos ensinaram as tradições rancheiras. Lá, os caubóis havaianos são chamados de pañolo e meu pai, aliás, é um vaqueiro", explica.
"Na nossa experiência no Brasil, vamos aprender e ensinar. As pessoas ainda acham que o ukulele seja um instrumento havaiano. Mas, não, ele vem de várias vertentes e, no Brasil, se transformou no cavaquinho", aponta Peterson. Nesta sexta-feira (26/4), o trio estará na Casa Thomas Jefferson (SGAN 606), às 20h; e no sábado (27), das 16h as 18h, no shopping Pier 21, em shows com acesso livre.
Jeff Peterson que, nas apresentações, tocará Hawaiian skies (uma das cinco músicas dele, saídas da trilha do filme Os descendentes) dá extremo crédito a Gabby Pahinui — bem representado na trilha — como pai da moderna música do Havaí. Keola completa: "integrei, desde os 18 anos, apresentações com minha família. Por muitos anos, porém, estivemos limitados apenas ao Havaí. Desde os anos 90, porém, estendemos nosso reconhecimento. Naquela época, tivemos nossa música distribuída com selos norte-americanos". Seguiram-se, daí, as passagens por países europeus, além de Japão e China.
Há entusiasmo de Keola, quando fala das performances ao vivo. "É uma experiência muito pessoal e você sente a energia viva e espiritual da plateia. É sempre positivo", diz. Em Brasília, o trio estará acompanhado Jaime Ernest Dias. Ouvinte de música brasileira há muito tempo, Peterson, pela primeira vez no Brasil (assim como os colegas), percebe familiaridade entre o Havaí e a nação verde-amarela. "As pessoas parecem afetuosas e amistosas. Existe um senso próprio de aloha (uma celebração da integração entre os indivíduos)", comenta.
Em uma hora de apresentação, estará em jogo o apanhado de músicas que celebra nomes fortes da arte havaiana. "Num dado momento, vou afrouxar as cordas, para tocar as músicas tradicionais, que não estão baseadas na escrita, mas no hula. Por meio dela, vêm as histórias de família, genealogia e os acontecimentos corriqueiros impressos por cânticos que incluem religião e mitos", destaca Peterson. Percussão e bambu também servirão ao show, completado pelas danças de Moanalani Beamer, seguidora da arte, desde os quatro anos. "No meio da interferência de missionários, nos anos de 1970, Keola foi um pai do movimento da defesa de nossas raízes. Do avô dele, vamos executar uma música romântica muito popular, chamada Green Rose Hula", entrega o violonista. "Acho que, por momentos, na música nos aproximamos do Brasil, pela herança de compasso e movimentos lânguidos", conclui Keola Beamer.