Por Felipe Marques e Karin Sato | De São Paulo
Por Felipe Marques e Karin Sato | De São Paulo
O Santander Brasil não pretende comprometer seus resultados para alcançar a meta de 10% do volume financeiro em cartões no segmento de credenciamento de lojistas e captura de transações em que tem a processadora gaúcha GetNet como parceira. "Não vamos sacrificar rentabilidade para atingir fatia entre 8% e 10% de cartões", afirmou Carlos Galán, vice-presidente executivo de finanças da instituição, em teleconferência sobre os números do banco no primeiro trimestre.
Em março, o Santander tinha uma fatia de 4,8% do total das transações em cartões no país. Em dezembro, o percentual era de 4,5%.
Criada em janeiro de 2010, a "joint venture" entre Santander e a GetNet atua na captura de transações de cartões no varejo. Desde a sua origem, tinha como meta chegar ao fim de 2013 com 10% do mercado, que é amplamente dominado pela Cielo, que tem como principais acionistas o BANCO DO BRASIL e o Bradesco, e pela Redecard, controlado pelo Itaú.
Até então, o Santander reiterava que atingiria o objetivo. Em entrevista ao Valor no fim de janeiro, Cassius Schymura, diretor de meios de pagamentos do Santander, reforçou que o banco chegaria ao menos próximo dos 10% até o fim do ano. "A meta está mantida e vamos ao longo do ano chegar perto dela. A arrancada vai depender de conquistarmos um dos cinco maiores varejistas do país", disse o executivo na ocasião.
No primeiro trimestre, a operação de credenciamento de cartões do Santander registrou R$ 8,5 bilhões em volume financeiro transacionado em suas máquinas POS ("Point of Sales", na sigla em inglês). A cifra representa um crescimento de 95% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em termos de transações, foram 101,7 milhões de compras capturadas pelos terminais do Santander nos três primeiros meses de 2013, avanço de 81% ante o ano anterior. Segundo a apresentação que acompanhou a teleconferência da instituição, a "maquininha" do banco está presente em 3.746 municípios, "sendo que a maior concentração está no Sudeste e Sul", escreve o banco.