Em meados do século 16, o cirurgião francês Ambroise Paré estava habituado a fazer amputações. Trabalhando para o Exército, costumava extirpar braços e pernas feridos irreparavelmente no campo de batalha. O que muitos soldados começaram a relatar, porém, foi uma novidade. “É uma coisa maravilhosa e estranha. Eu dificilmente acreditaria se não tivesse visto com meus próprios olhos e ouvido dos pacientes que, muitos meses depois de terem suas pernas cortadas, eles ainda sentiam uma grande dor no membro amputado”, escreveu. Mais tarde, outros cirurgiões escutariam as mesmas queixas: a de que um membro “fantasma” surgia no lugar do arrancado. Não era uma simples ilusão de ótica. A parte do corpo podia não estar mais lá, mas as dores eram incrivelmente reais.
Ainda hoje, esse fenômeno intriga a medicina. Por muito tempo, acreditou-se que as causas eram psicológicas: quanto maior a rejeição à cirurgia, maior a dor sentida. Contudo, atualmente, já se sabe que o problema é fisiológico. Com um conhecimento maior do cérebro e graças a tecnologias de imagem avançadas, que permitem visualizar a atividade dos neurônios dos pacientes, cientistas começam a desvendar os mecanismos por trás da dor fantasma.
Em meados do século 16, o cirurgião francês Ambroise Paré estava habituado a fazer amputações. Trabalhando para o Exército, costumava extirpar braços e pernas feridos irreparavelmente no campo de batalha. O que muitos soldados começaram a relatar, porém, foi uma novidade. “É uma coisa maravilhosa e estranha. Eu dificilmente acreditaria se não tivesse visto com meus próprios olhos e ouvido dos pacientes que, muitos meses depois de terem suas pernas cortadas, eles ainda sentiam uma grande dor no membro amputado”, escreveu. Mais tarde, outros cirurgiões escutariam as mesmas queixas: a de que um membro “fantasma” surgia no lugar do arrancado. Não era uma simples ilusão de ótica. A parte do corpo podia não estar mais lá, mas as dores eram incrivelmente reais.
Ainda hoje, esse fenômeno intriga a medicina. Por muito tempo, acreditou-se que as causas eram psicológicas: quanto maior a rejeição à cirurgia, maior a dor sentida. Contudo, atualmente, já se sabe que o problema é fisiológico. Com um conhecimento maior do cérebro e graças a tecnologias de imagem avançadas, que permitem visualizar a atividade dos neurônios dos pacientes, cientistas começam a desvendar os mecanismos por trás da dor fantasma.
Fonte: Correio Braziliense