Reposição hormonal garante bem-estar Tratamento é indicado para a maioria das mulheres após a menopausa.
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, nunca é demais lembrar: as consultas regulares ao ginecologista são fundamentais em todas as fases da vida. É fundamental estar sempre atenta e cuidar da saúde. E, após a menopausa, algumas mudanças podem trazer necessidades específicas. Uma delas é a reposição hormonal – que consiste em receber de forma artificial o estrógeno e a progesterona, hormônios que deixam de ser produzidos pelo corpo.
A reposição é feita por via oral (com comprimidos) ou pela pele (com géis ou adesivos). O ginecologista Luciano de Melo Pompei, presidente de comissão na Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), explica que oito de cada dez mulheres, em média, devem passar por tratamentos de reposição hormonal. “Não há constrangimento algum nisso. A exceção é quem não precisa passar pelo tratamento”, conta.
A deficiência do estrógeno, por exemplo, causa sensação de calor, dores musculares, diminui a lubrificação vaginal, aumenta a chance de incontinência urinária e doenças cardiovasculares, osteoporose e até mesmo o risco de contrair a Doença de Alzheimer. Por isso, a reposição, se for realizada em momento oportuno, garante melhor resposta a esses problemas. Algumas pesquisas, segundo Pompei, apontam que a reposição pode até mesmo melhorar as funções cardíacas.
O momento ideal para reposição varia de mulher para mulher. O representante da Febrasgo conta que para algumas delas o tratamento é iniciado cerca de seis anos após a menopausa. Para outras, esse prazo pode ser maior: cerca de dez anos, por exemplo. E não há prazo para o término: algumas podem precisar passar pelo tratamento por vários anos.
Quantidade e qualidade de vida
A médica endocrinologista Amanda Athayde, que é membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), afirma que os tratamentos de reposição hormonal representam um grande avanço na saúde da mulher. “Antigamente não havia grande preocupação com essa fase da vida da mulher, pois, em média, elas morriam mais cedo. Hoje, com o aumento da longevidade, as mulheres podem viver muitos anos pós-menopausa”, lembra.
Amanda lembra, ainda, que mesmo após os 50 anos (idade média da menopausa), as mulheres de hoje mantêm rotina ativa, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Por isso, a reposição se torna fundamental. “O aumento de quantidade de vida fica sem sentido se não se acompanha de aumento de qualidade de vida”, pontua.
O tratamento é contraindicado em alguns casos, como mulheres com insuficiência hepática, trombose ou doenças coronarianas. Para evitar problemas, portanto, é preciso avaliar com um médico se há necessidade e possibilidade de realizar a reposição.
E, desde que sejam seguidas as orientações, os riscos são mínimos. Atualmente, os hormônios oferecidos são exatamente iguais àqueles produzidos naturalmente pelo corpo. Assim, caso tenha chegado à época da menopausa, a mulher deve procurar seu médico para buscar informações e, então, se for o caso, iniciar o tratamento para garantir mais qualidade de vida.
Fonte: Previ.