O dólar encerrou no menor nível de fechamento ante o real em quase nove meses ontem, depois que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, explicitou preocupações com a inflação, levando o mercado a interpretar que o câmbio poderá ser uma ferramenta de combate à aceleração dos preços. A moeda norte-americana fechou em queda de 0,82%, a R$ 1,9720 na venda, a menor cotação de fechamento desde 11 de maio de 2012, quando a divisa encerrou a R$ 1,9560. O dólar bateu R$ 1,9610 na mínima, depois de atingir R$ 1,9905 na máxima do dia, logo no início da sessão. Segundo dados da BM&F, o volume negociado ficou em cerca de US$ 4 bilhões. "O governo está sacrificando o câmbio em detrimento da inflação", afirmou o especialista em câmbio da Icap Corretora, Italo dos Santos. A fala de Tombini seguiu a divulgação do IPCA de janeiro, que subiu 0,86%, em alta de 6,15% em 12 meses. Foi a maior alta mensal desde abril de 2005 e o maior acumulado em 12 meses desde janeiro de 2012. O dólar rompeu no final de janeiro o piso de uma banda informal de R$ 2,00 a 2,10 que vigorou durante boa parte de 2012, estimulado por intervenções do próprio BC, e o mercado interpretou esse movimento como um sinal de preocupação com a inflação. Desde então, o mercado de câmbio ficou engessado em torno de R$ 1,98, nível que embora não seja suficiente para diminuir a inflação, ajuda a ancorar as expectativas de que o dólar não será mais um fator de pressão este ano. Uma fonte da diretoria do BC afirmou à Reuters que a autoridade monetária trabalha com um cenário cambial menos volátil do que em 2012, quando o dólar acumulou valorização de cerca de 20% entre o fim de fevereiro passado e dezembro, exercendo forte influência sobre os preços. Segundo Santos, da Icap, o mercado deverá voltar a testar patamares de mínima da taxa de câmbio após o feriado de Carnaval, provavelmente buscando R$ 1,95. Reuters
O dólar encerrou no menor nível de fechamento ante o real em quase nove meses ontem, depois que o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, explicitou preocupações com a inflação, levando o mercado a interpretar que o câmbio poderá ser uma ferramenta de combate à aceleração dos preços.
A moeda norte-americana fechou em queda de 0,82%, a R$ 1,9720 na venda, a menor cotação de fechamento desde 11 de maio de 2012, quando a divisa encerrou a R$ 1,9560. O dólar bateu R$ 1,9610 na mínima, depois de atingir R$ 1,9905 na máxima do dia, logo no início da sessão. Segundo dados da BM&F, o volume negociado ficou em cerca de US$ 4 bilhões.
"O governo está sacrificando o câmbio em detrimento da inflação", afirmou o especialista em câmbio da Icap Corretora, Italo dos Santos.
A fala de Tombini seguiu a divulgação do IPCA de janeiro, que subiu 0,86%, em alta de 6,15% em 12 meses. Foi a maior alta mensal desde abril de 2005 e o maior acumulado em 12 meses desde janeiro de 2012.
O dólar rompeu no final de janeiro o piso de uma banda informal de R$ 2,00 a 2,10 que vigorou durante boa parte de 2012, estimulado por intervenções do próprio BC, e o mercado interpretou esse movimento como um sinal de preocupação com a inflação. Desde então, o mercado de câmbio ficou engessado em torno de R$ 1,98, nível que embora não seja suficiente para diminuir a inflação, ajuda a ancorar as expectativas de que o dólar não será mais um fator de pressão este ano.
Uma fonte da diretoria do BC afirmou à Reuters que a autoridade monetária trabalha com um cenário cambial menos volátil do que em 2012, quando o dólar acumulou valorização de cerca de 20% entre o fim de fevereiro passado e dezembro, exercendo forte influência sobre os preços. Segundo Santos, da Icap, o mercado deverá voltar a testar patamares de mínima da taxa de câmbio após o feriado de Carnaval, provavelmente buscando R$ 1,95. Reuters
FONTE: Brasil Econômico