O cardápio de análise da equipe do BANCO DO BRASIL (BB) Investimentos vai crescer em 2013. Na última semana, a instituição começou a traçar perspectivas e recomendações para os ETFs (Exchange Traded Funds, na sigla em inglês), fundos de investimento atrelados a índices da BMu0026amp;FBovespa e que são negociados no pregão como se fossem ações. Este é o primeiro passo para ampliar o serviço de análise. A meta é encerrar o ano com a cobertura de fundos imobiliários e ativos de renda fixa, como debêntures e outros títulos privados. Ampliar o menu de ativos faz parte da estratégia do BB de atender a demanda de seus clientes e ampliar o número de opções de investimento. "No atual cenário, os investidores procuram não apenas ações, mas também outros instrumentos financeiros. Há uma demanda crescente por alternativas com maior potencial de rentabilidade", afirma Nataniel Cezimbra, analista-chefe da equipe de pesquisa do BB Investimentos. O primeiro ETF a ganhar cobertura dos analistas foi o ECOO11, composto por no mínimo 95% de ações do Índice Carbono Eficiente e até 5% de outros instrumentos financeiros. O indicador agrega as empresas preocupadas com a qualidade de suas emissões e que investem em práticas transparentes para gerir os gases efeito estufa (GEE). Negociado desde 15 de junho do ano passado, o fundo ECOO11 só perdeu em janeiro, em volume negociado, para o BOVA11 e SMAL. O primeiro é um fundo que reproduz a carteira teórica do Ibovespa, enquanto o segundo está atrelado ao Índice de "small caps", empresas com menor valor de mercado. Ambos foram listados em novembro de 2008. De acordo com Cezimbra, a seleção deste e não de outro ETF se deve à familiaridade do banco com o ativo. O BB participou da estruturação e da distribuição do fundo. No relatório de início de cobertura, os analistas preveem uma possível alta de 13,2% até o final deste ano, considerando o valor de fechamento do dia 28 de dezembro de 2012. O potencial é calculado com base nas projeções para o índice e para as ações que compõem a carteira. Cezimbra diz que a cobertura de um ETF não se difere muito da análise de um papel específico. "É um trabalho complementar, porque já temos a cobertura da maioria dos papéis, com preço e estimativa de variação", diz o analista-chefe. Presentes no mercado brasileiro desde 2008, os fundos de índices têm uma demanda crescente. De 2011 para 2012, mais do que dobrou o volume financeiro negociado. Entre os motivos estão o aumento da demanda e o surgimento de cinco novos ETFs - entre eles, o ECOO11 e o XBOV11, fundo atrelado ao Ibovespa e gerido pela Caixa Econômica Federal. Apesar do crescimento, os fundos de índices giram um volume financeiro ainda tímido. No ano passado, os 15 ETFs movimentaram R$ 12,11 bilhões em 578 mil transações. No mesmo período, o volume financeiro do segmento Bovespa foi de R$ 1,78 trilhão e 192 milhões de transações. No primeiro mês de 2013, os fundos de índices sofreram uma queda nos resultados, segundo o balanço da BMu0026amp;FBovespa divulgado nesta quarta-feira. Juntos, movimentaram R$ 1,92 bilhão, 14,6% menos que em dezembro, e totalizaram 73 mil negócios, 2,74% menos na mesma base de comparação. Se a decisão de investir em ETFs dependesse exclusivamente da rentabilidade passada, o resultado negativo de janeiro poderia não ter acontecido. Como mostra o gráfico nesta página, a maioria dos ETFs entregou resultados positivos para o investidor nos últimos 12 meses. O ECOO11, por exemplo, teve um ganho de 13,7% de junho até a última terça-feira. "É uma rentabilidade interessante, inclusive quando comparada ao Ibovespa", afirma Danilo Ito, do BB. Segundo ele, se o resultado positivo perdurar, é muito provável que o investidor não exerça o direito de devolver o ativo ao emissor. "A garantia de recompra dada ao investidor que aplicou até R$ 25 mil na oferta do fundo dificilmente será exercida. Não faria sentido", diz.
O cardápio de análise da equipe do BANCO DO BRASIL (BB) Investimentos vai crescer em 2013. Na última semana, a instituição começou a traçar perspectivas e recomendações para os ETFs (Exchange Traded Funds, na sigla em inglês), fundos de investimento atrelados a índices da BMu0026amp;FBovespa e que são negociados no pregão como se fossem ações. Este é o primeiro passo para ampliar o serviço de análise. A meta é encerrar o ano com a cobertura de fundos imobiliários e ativos de renda fixa, como debêntures e outros títulos privados. Ampliar o menu de ativos faz parte da estratégia do BB de atender a demanda de seus clientes e ampliar o número de opções de investimento. "No atual cenário, os investidores procuram não apenas ações, mas também outros instrumentos financeiros. Há uma demanda crescente por alternativas com maior potencial de rentabilidade", afirma Nataniel Cezimbra, analista-chefe da equipe de pesquisa do BB Investimentos.
O primeiro ETF a ganhar cobertura dos analistas foi o ECOO11, composto por no mínimo 95% de ações do Índice Carbono Eficiente e até 5% de outros instrumentos financeiros. O indicador agrega as empresas preocupadas com a qualidade de suas emissões e que investem em práticas transparentes para gerir os gases efeito estufa (GEE).
Negociado desde 15 de junho do ano passado, o fundo ECOO11 só perdeu em janeiro, em volume negociado, para o BOVA11 e SMAL. O primeiro é um fundo que reproduz a carteira teórica do Ibovespa, enquanto o segundo está atrelado ao Índice de "small caps", empresas com menor valor de mercado. Ambos foram listados em novembro de 2008.
De acordo com Cezimbra, a seleção deste e não de outro ETF se deve à familiaridade do banco com o ativo. O BB participou da estruturação e da distribuição do fundo.
No relatório de início de cobertura, os analistas preveem uma possível alta de 13,2% até o final deste ano, considerando o valor de fechamento do dia 28 de dezembro de 2012. O potencial é calculado com base nas projeções para o índice e para as ações que compõem a carteira. Cezimbra diz que a cobertura de um ETF não se difere muito da análise de um papel específico. "É um trabalho complementar, porque já temos a cobertura da maioria dos papéis, com preço e estimativa de variação", diz o analista-chefe.
Presentes no mercado brasileiro desde 2008, os fundos de índices têm uma demanda crescente. De 2011 para 2012, mais do que dobrou o volume financeiro negociado. Entre os motivos estão o aumento da demanda e o surgimento de cinco novos ETFs - entre eles, o ECOO11 e o XBOV11, fundo atrelado ao Ibovespa e gerido pela Caixa Econômica Federal.
Apesar do crescimento, os fundos de índices giram um volume financeiro ainda tímido. No ano passado, os 15 ETFs movimentaram R$ 12,11 bilhões em 578 mil transações. No mesmo período, o volume financeiro do segmento Bovespa foi de R$ 1,78 trilhão e 192 milhões de transações. No primeiro mês de 2013, os fundos de índices sofreram uma queda nos resultados, segundo o balanço da BMu0026amp;FBovespa divulgado nesta quarta-feira. Juntos, movimentaram R$ 1,92 bilhão, 14,6% menos que em dezembro, e totalizaram 73 mil negócios, 2,74% menos na mesma base de comparação.
Se a decisão de investir em ETFs dependesse exclusivamente da rentabilidade passada, o resultado negativo de janeiro poderia não ter acontecido. Como mostra o gráfico nesta página, a maioria dos ETFs entregou resultados positivos para o investidor nos últimos 12 meses. O ECOO11, por exemplo, teve um ganho de 13,7% de junho até a última terça-feira. "É uma rentabilidade interessante, inclusive quando comparada ao Ibovespa", afirma Danilo Ito, do BB. Segundo ele, se o resultado positivo perdurar, é muito provável que o investidor não exerça o direito de devolver o ativo ao emissor. "A garantia de recompra dada ao investidor que aplicou até R$ 25 mil na oferta do fundo dificilmente será exercida. Não faria sentido", diz.
FONTE: Valor Econômico