Até final de fevereiro, o comércio oferece descontos que chegam a 70% em seus produtos. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes de Lojas (CNDL). Segundo os especialistas, os descontos, se bem aproveitados, são uma boa forma de conquistar ganhos orçamentários. A advogada especializada em direito do consumidor, Gisele Friso Gaspar, afirma que as liquidações são bem-vindas, tanto para o consumidor quanto para o comércio. "É uma época muito boa para comprar o que se precisa pagando um pouco menos, mas também é uma época em que o consumidor pode cair em tentações, o que na maioria dos casos acaba em dívidas inesperadas e, pior, desnecessárias", afirma Gisele. A advogada aconselha o consumidor a ficar atento ao que realmente necessita e evitar a compra por impulso. Para isso, deve sempre se perguntar: "Eu realmente preciso disso?". Em seguida, ela recomenda novos questionamentos: "Preciso disso agora ou posso aguardar? Meu orçamento permite essa compra?". "São perguntas que, na maioria das vezes, mostram ao consumidor a realidade e evitam o impulso de comprar. A vontade gerada pelas liquidações vem da sensação de se estar fazendo um excelente negócio, muitas vezes ocasionada pelas placas de descontos - 20%, 30%, 40%, 70%. São números que acabam por inebriar a visão do consumidor", comenta Gisele. Armadilhas Os especialistas afirmam que alguns estabelecimentos, infelizmente, maquiam os preços. O professor de economia Reginaldo Nogueira, do Ibmec/Minas Gerais (MG), diz que é preciso que o comprador descubra qual é, de fato, o valor do desconto. Para isso, ele recomenda que as pessoas pesquisem o valor de determinado produto ou serviço fora do período de liquidação para a realização de um comparativo. "Como até o final do mês (fevereiro) há liquidações, o ideal é que a pessoa antes dessa época já tenha avaliado o que realmente precisa comprar - o que é necessário - e saiba o preço praticado no mercado para comparar. Além disso, não se pode esquecer que a compra deve estar dentro do planejamento", orienta Nogueira. Outra forma de armadilha, segundo Gisele Friso Gaspar, é a velha prática de o consumidor ser informado que produtos em promoção não têm troca. Ela esclarece que, na verdade, o fornecedor não é obrigado a trocar um produto que esteja em perfeito estado - no caso de roupas, sapatos ou produtos, que são trocados por conta de modelo ou cor. Mas se o produto estiver com algum problema, dependendo do caso, a loja será obrigada a trocar por um perfeito -no caso de produtos essenciais, como eletrodomésticos e outros. Liquidação e família O professor do Ibmec acredita que a família pode, por exemplo, eleger um produto para a casa, como uma geladeira ou TV, planejar a compra e aí, sim, esperar a época da liquidação. "Uma geladeira, como outros itens, pode mexer com a qualidade de vida de todos. Se a família tiver atenção com o consumo do modelo, pode diminuir o preço da conta de luz, melhorar a alimentação etc.", analisa. Para os especialistas, após pesquisar, refletir e verificar a necessidade da realização da compra, as liquidações podem ser um ótimo negócio, desde que não comprometam o orçamento financeiro.
Até final de fevereiro, o comércio oferece descontos que chegam a 70% em seus produtos. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes de Lojas (CNDL). Segundo os especialistas, os descontos, se bem aproveitados, são uma boa forma de conquistar ganhos orçamentários.
A advogada especializada em direito do consumidor, Gisele Friso Gaspar, afirma que as liquidações são bem-vindas, tanto para o consumidor quanto para o comércio. "É uma época muito boa para comprar o que se precisa pagando um pouco menos, mas também é uma época em que o consumidor pode cair em tentações, o que na maioria dos casos acaba em dívidas inesperadas e, pior, desnecessárias", afirma Gisele.
A advogada aconselha o consumidor a ficar atento ao que realmente necessita e evitar a compra por impulso. Para isso, deve sempre se perguntar: "Eu realmente preciso disso?". Em seguida, ela recomenda novos questionamentos: "Preciso disso agora ou posso aguardar? Meu orçamento permite essa compra?".
"São perguntas que, na maioria das vezes, mostram ao consumidor a realidade e evitam o impulso de comprar. A vontade gerada pelas liquidações vem da sensação de se estar fazendo um excelente negócio, muitas vezes ocasionada pelas placas de descontos - 20%, 30%, 40%, 70%. São números que acabam por inebriar a visão do consumidor", comenta Gisele.
Armadilhas
Os especialistas afirmam que alguns estabelecimentos, infelizmente, maquiam os preços. O professor de economia Reginaldo Nogueira, do Ibmec/Minas Gerais (MG), diz que é preciso que o comprador descubra qual é, de fato, o valor do desconto. Para isso, ele recomenda que as pessoas pesquisem o valor de determinado produto ou serviço fora do período de liquidação para a realização de um comparativo.
"Como até o final do mês (fevereiro) há liquidações, o ideal é que a pessoa antes dessa época já tenha avaliado o que realmente precisa comprar – o que é necessário – e saiba o preço praticado no mercado para comparar. Além disso, não se pode esquecer que a compra deve estar dentro do planejamento", orienta Nogueira.
Outra forma de armadilha, segundo Gisele Friso Gaspar, é a velha prática de o consumidor ser informado que produtos em promoção não têm troca. Ela esclarece que, na verdade, o fornecedor não é obrigado a trocar um produto que esteja em perfeito estado - no caso de roupas, sapatos ou produtos, que são trocados por conta de modelo ou cor. Mas se o produto estiver com algum problema, dependendo do caso, a loja será obrigada a trocar por um perfeito –no caso de produtos essenciais, como eletrodomésticos e outros.
Liquidação e família
O professor do Ibmec acredita que a família pode, por exemplo, eleger um produto para a casa, como uma geladeira ou TV, planejar a compra e aí, sim, esperar a época da liquidação.
"Uma geladeira, como outros itens, pode mexer com a qualidade de vida de todos. Se a família tiver atenção com o consumo do modelo, pode diminuir o preço da conta de luz, melhorar a alimentação etc.", analisa.
Para os especialistas, após pesquisar, refletir e verificar a necessidade da realização da compra, as liquidações podem ser um ótimo negócio, desde que não comprometam o orçamento financeiro.
FONTE: Previ