Executivo será substituído por Miguel Cícero Terra Lima, até então diretor comercial e de marketing da Brasilprev
Executivo será substituído por Miguel Cícero Terra Lima, até então diretor comercial e de marketing da Brasilprev
Vanessa Correia
Nem bem esquentou a cadeira e Ricardo Flores já deixou a presidência da Brasilprev, braço de previdência do BANCO DO BRASIL (BB). O executivo, que ficou à frente da companhia por pouco mais de quatro meses, será substituído por Miguel Cícero Terra Lima, até então diretor comercial e de marketing da Brasilprev. Ele é o quinto presidente a assumir a empresa em sete anos.
Em nota, Flores atribuiu sua saída a motivos pessoais e familiares. Mas segundo fontes, sua relação com a atual diretoria do BB não era das melhores desde a época em que presidia a PREVI, fundo de pensão dos funcionários do BB, situação agravada com o envolvimento do nome do executivo no caso Rosemary Noronha. "Flores estava muito exposto à mídia nos últimos meses e sua relação tanto com alguns diretores do BB, quanto com o próprio presidente,ALDEMIR BENDINE, era conturbada. Nesse contexto, sua saída tende a ser benéfica à companhia, uma vez que ele não estava confortável no cargo e não estava rendendo o que podia", analisa uma fonte que preferiu não se identificar. "Além disso, seu substituto, Terra Lima, conhece muito bem a empresa e é muito respeitado, tanto pelos acionistas da Brasilprev - BB e Principal Financial Group - quanto pelos funcionários", completa.
Terra Lima era responsável pelas diretorias comercial e de marketing da Brasilprev desde dezembro de 2009. No BB, onde atuou como superintendente estadual de varejo e marketing do estado de São Paulo, sua fama era de durão. Mas essa não é a primeira vez que Terra Lima lidera a Brasilprev. No ano passado, já havia assumido interinamente a presidência da empresa, entre a saída de Sergio Rosa e a entrada de Ricardo Flores.
Resultados
A despeito das mudanças registradas à frente da Brasilprev nos últimos anos, os resultados foram entregues. Entre 2007 e 2012, os ativos sob gestão saltaram 307%, de R$ 16,2 bilhões para R$ 66 bilhões. Já a arrecadação com planos de previdência privada cresceu a uma média de 33% ao ano. "A empresa é muito bem estruturada, profissionalizada e os processos internos são maduros. Por isso os resultados foram entregues", diz a fonte.
EDUARDO BOM ANGELO
EBA, como era conhecido, ficou à frente da empresa entre 2003 e 2007. Sua saída, à época, gerou apreensão, uma vez que ficou conhecido por implementar um modelo de gestão bem-sucedido.
Fonte: Brasil Econômico