Cada vez mais os brasileiros compram on-line. Em 2012 foram contabilizados 37,6 milhões de e-consumidores. Somente no primeiro semestre foram 5,6 milhões de novos compradores. Variedade de produtos, facilidade para pesquisar preços, comodidade de não sair de casa e facilidade de horário são alguns atrativos das compras virtuais. Por outro lado, há quem questione a falta de oportunidade para experimentar as peças, principalmente roupas e calçados, tempo de entrega que nem sempre satisfaz o cliente, possíveis taxas e segurança.
Cada vez mais os brasileiros compram on-line. Em 2012 foram contabilizados 37,6 milhões de e-consumidores. Somente no primeiro semestre foram 5,6 milhões de novos compradores. Variedade de produtos, facilidade para pesquisar preços, comodidade de não sair de casa e facilidade de horário são alguns atrativos das compras virtuais. Por outro lado, há quem questione a falta de oportunidade para experimentar as peças, principalmente roupas e calçados, tempo de entrega que nem sempre satisfaz o cliente, possíveis taxas e segurança.
Segurança
Coriolano Almeida Camargo, presidente da Comissão de Direito Eletrônico e Crimes de Alta Tecnologia da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo (OAB/SP), orienta o consumidor que vai adquirir um produto pela internet a: utilizar somente redes Wi-Fi (sem fio) confiáveis; optar por computadores ou dispositivos pessoais protegidos, utilizar um antivírus para detectar e bloquear ameaças, manter o sistema operacional e as aplicações atualizadas; dar preferência a sites de e-commerce com boa reputação e verificar a segurança do site; preferir os cartões de crédito aos de débito e evitar participar de pesquisas que prometam prêmios e dinheiro; não fornecer informações pessoais desnecessárias, desconfiar de promoções incríveis e, ainda, conferir o movimento dos cartões de crédito e débito utilizados; verificar o protocolo de segurança da comunicação entre o computador do usuário e o servidor, o nome do protocolo é Secure Socket Layer (SSL) ouTransport Layer Security (TLS) e significa que os dados transmitidos são criptografados. Sites que utilizam esse protocolo de segurança possuem o endereço no formato "https://www", diferente do usual "http://www"; e observar, ao acessar um site de comércio eletrônico, na parte inferior do navegador se aparece um cadeado ativado, pois geralmente a existência dele significa que o site é confiável e possui certificado de segurança.
Paulo Furiati, professor de segurança de redes de computadores da Universidade Estácio, de Belo Horizonte (MG), diz que o consumidor deve consultar a idoneidade do site em locais onde normalmente são feitas reclamações como, por exemplo, o www.reclameaqui.com.br. Outra opção de checagem é a lista do Procon de São Paulo (SP)
"Alguns cuidados são necessários, como: verificar se a loja possui endereço físico, cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ) regular e telefone fixo. É importante também conhecer antes o produto que deseja adquirir pela internet evitando possíveis decepções quando o mesmo for entregue", orienta.
O professor ainda completa: "Quando possível, o consumidor deve entrar em contato com o fornecedor porchat ou telefone para sanar todas as dúvidas quanto ao processo de compra e o produto em si. Outro item importante é se certificar de que a loja possui um sistema eficaz de controle de compras".
Furiati diz que as compras em sites internacionais são mais complexas, pois qualquer tipo de reclamação é mais difícil, além do que eles - outros países - não seguem o código de defesa do consumidor brasileiro.
Características de sites fraudulentos
Camargo, da OAB/SP, afirma que alguns sites de comércio eletrônico oferecem como forma de contato apenas um número de telefone celular ou informam que se localizam em determinado Estado, mas o código de discagem direta à distância (DDD) do telefone pertence a outro. Para ele, são indícios negativos.
"Se a loja virtual possuir um endereço físico e trabalhar no mesmo ramo há alguns anos, são fatores que permitem maior credibilidade. Exija sempre nota fiscal como prova da seriedade e autenticidade do produto", diz Camargo.
Proteção para o computador
Camargo afirma que o internauta deve ter instalado em seu computador programas para evitar infecções, invasões ou danos. Nesse sentido, é importante a utilização de antivírus, antispyware e firewall.
"É importante que esses programas sejam atualizados automaticamente. O mesmo se aplica ao sistema operacional (SO) e navegador, tendo em vista que as atualizações são feitas para aperfeiçoar e corrigir suas vulnerabilidades", afirma.
O consumidor que for vítima de algum crime cibernético deve procurar a Polícia Civil para que promova a investigação criminal. Nesse caso, diz Camargo, vale fornecer aos profissionais o maior número possível de informações impressas, principalmente cópias dos e-mails trocados com o vendedor, além dos dados pessoais dele, da loja e da descrição do produto conforme consta no site.
Cartilhas de segurança para internet: fontes de informação
Furiati lembra que tão importante quanto as ferramentas de proteção é a postura do usuário na utilização da tecnologia. "Boas dicas de utilização segura podem ser encontradas na cartilha do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br), que é o órgão gestor da internet no Brasil. A cartilha pode ser obtida http://cartilha.cert.br/, orienta o professor.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) também disponibiliza de forma gratuita uma cartilha com orientações relevantes. Basta preencher o formulário no link http://www.abcomm.com.br/cartilha-do-econsumidor.php para receber o material por email.
Para fazer o download do Guia de Comércio Eletrônico do Procon é só visitar o endereço.http://www.procon.sp.gov.br/pdf/acs_guia_comercio_eletronico.pdf
Fonte: Previ