Os produtos de consumo básicos pesaram mais no bolso dos idosos. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3I), as famílias constituídas por pessoas com idade superior a 60 anos enfrentaram alta de 5,84% em 2012, taxa maior do que a inflação dos demais brasileiros (5,74%). Somente no quarto trimestre do ano passado, o indicador medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) computou aumento de 1,59%, puxado pelos gastos com transporte, vestuário, habitação, saúde, educação e recreação.
Os produtos de consumo básicos pesaram mais no bolso dos idosos. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3I), as famílias constituídas por pessoas com idade superior a 60 anos enfrentaram alta de 5,84% em 2012, taxa maior do que a inflação dos demais brasileiros (5,74%). Somente no quarto trimestre do ano passado, o indicador medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) computou aumento de 1,59%, puxado pelos gastos com transporte, vestuário, habitação, saúde, educação e recreação.
Apesar de as despesas com alimentação terem pesado menos nos últimos três meses de 2012 (alta de 2,13% ante os 4,05% de julho a setembro), os consumidores da terceira idade precisam apertar o orçamento para conseguir colocar itens básicos dentro de casa. Comerciante no Paranoá, Rosalvo Parralego, 60 anos, tem na comida e nas despesas com saúde os principais gastos mensais. "De forma geral, todas as mercadorias de primeira necessidade, como açúcar, arroz e tomate, aumentaram, o que, às vezes, me obriga a fazer opções na hora das compras", afirmou. "Saio de casa para adquirir o básico e, se sobrar dinheiro, compro o resto", completou.
Segundo o vice-presidente da Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Cobap), Moacir Meireles, entre os aposentados, o que mais pesa no bolso são os gastos com alimentação e medicamentos. "O segurado da Previdência Social não tem condições de bancar o lazer, vive para comer e comprar remédios, e ainda fica devendo todo mês. Infelizmente, quanto mais idade, mais despesas", afirmou.
Eletricidade
Para Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, independentemente da idade, os consumidores devem ficar atentos, pois o governo conta com diversos fatores que podem não se comportar como o desejado para manter os preços sob controle. Um deles é a redução média de 20,2% na conta de luz a partir de fevereiro. O problema é que, com o uso de usinas térmicas, cinco vezes mais caras que as hidrelétricas, o barateamento da energia elétrica pode não ser o prometido pela presidente Dilma Rousseff.
Na contramão dos seus colegas, o economista André Perfeito, da Gradual Investimento, acredita que o governo terá sucesso no controle do custo de vida. Tanto que trabalha com uma inflação de 4,8% em 2013, índice muito próximo do centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,5%. Isso porque não vê possibilidade de uma retomada forte do Produto Interno Bruto (PIB) ao longo do ano. Ele projeta expansão econômica de apenas 2,8%. "A taxa de desemprego vai parar de cair e, com isso, os salários não vão subir tanto. Também não acredito, por enquanto, em outro choque de oferta de alimentos", disse. (VC e PO)
Fonte: Correio Braziliense