O Ibovespa fechou ontem na menor pontuação em 16 sessões puxado por notícias negativas da Espanha. O principal índice acionário da bolsa caiu 2,14% para 53.033 pontos, com R$ 5,4 bilhões movimentados, 25% abaixo da média diária de negócios em 2012. Entre as ações mais negociadas, Petrobras PN recuou 1,14% para R$ 18,96; Vale PN caiu 2,63% para R$ 36,88, OGX ON cedeu 3,66% para R$ 5,25 e Bradesco ON, 4,78%, para R$ 29,07.
O Ibovespa fechou ontem na menor pontuação em 16 sessões puxado por notícias negativas da Espanha. O principal índice acionário da bolsa caiu 2,14% para 53.033 pontos, com R$ 5,4 bilhões movimentados, 25% abaixo da média diária de negócios em 2012. Entre as ações mais negociadas, Petrobras PN recuou 1,14% para R$ 18,96; Vale PN caiu 2,63% para R$ 36,88, OGX ON cedeu 3,66% para R$ 5,25 e Bradesco ON, 4,78%, para R$ 29,07.
O Bradesco divulgou balanço trimestral com alta de 1,7% do lucro líquido, para R$ 2,8 bilhão. O banco prevê aumento da carteira de crédito neste ano de 14% a 18%. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse ontem durante coletiva de imprensa com jornalistas estrangeiros que o crédito deu em junho sinais de retomada.
Mas acima de qualquer evento local, o ambiente externo foi o que pesou na Bovespa. Na Espanha, o jornal "El País" informou que seis regiões estão prestes a pedir ajuda ao governo central. Resultado: a taxa pedida pelos investidores para carregar papéis soberanos espanhóis de dez anos atingiu 7,5%, maior taxa desde a criação do euro. A dívida italiana foi contaminada, e os papéis de mesmo prazo atingiram 6,4%.
Para o economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib, a Espanha vai precisar de um socorro não apenas para o setor bancário. "Os yields das dívidas soberanas estão dizendo que a Itália virou a Espanha e que a Espanha virou a Grécia", disse Dib.
No ambiente doméstico, a Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) teve alta de 1,29% para R$ 70,45 e R$ 70,1 milhões movimentados. A transmissora de energia da Cemig estreou ontem na Bovespa 24 milhões de novos units após captar R$ 1,75 bilhão em oferta subsequente, mas com característica inicial, dado o baixíssimo capital em circulação da empresa.
No mesmo segmento, a Transmissora Paulista PN subiu 3,12% para 58,37. A Ativa incluiu a companhia na carteira semanal devido ao caráter estável do negócio, que tem ganhado lucratividade em momentos de volatilidade.
A maior alta do dia foi a da LLX ON, que subiu 12,12% para R$ 2,59. A companhia acumula queda de 31,45% no ano e de 48,21% em 12 meses. A empresa divulga balanço trimestral no dia 13 de agosto.
Entre cinco das maiores quedas do dia apareceram três construtoras: Cyrela (- 6,66% para R$ 13,31); Gafisa, (-5,8% para R$ 2,27) e Brookfield (- 5,36% para R$ 2,82). O Ministério do Trabalho e do Emprego divulgou ontem que a economia brasileira criou 120.440 vagas formais de trabalho em junho, 44% menos que o registrado no mesmo mês do ano passado.
Para o HSBC, a dificuldade da economia dos países industrializados para sair da crise tende a afetar a própria retomada dos países emergentes. Em relatório assinado pelos economistas Pablo Goldberg e Bertrand Delgado, o banco aponta que a retomada de economias como a brasileira e a indiana vai ocorrer neste segundo semestre em ritmo inferior ao registrado em 2009.
FONTE: VALOR ECONÔMICO