A tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas e a rapidez com que ela avança faz com que os produtos sejam descartados de forma bastante acelerada. Por isso, é importante estar atento ao lixo tecnológico. O consumidor pode se informar direto com o fabricante ou por meio de ONGs, associações e cooperativas especializadas. A Política Nacional prevê pontos de coleta que podem ser no varejo ou assistências técnicas.
Lixo Tecnológico
FONTE: PREVI
A tecnologia está cada vez mais presente na vida das pessoas. A rapidez com que ela avança faz com que os produtos sejam descartados de forma bastante acelerada. Estar atento ao lixo tecnológico deve ser um cuidado de todos.
O que é lixo tecnológico?
Érico Tanji, especialista em suprimentos da OKI Data, explica que o lixo tecnológico é todo tipo de equipamento eletroeletrônico descartado que utiliza placa de circuito impresso, responsável pelo processamento de informação.
"Esse é um tipo de resíduo relativamente novo. Traz consigo o conceito das minas urbanas também. Antes, os fabricantes pensavam somente no desenvolvimento dos produtos, mas é preciso levar em conta o descarte adequado no fim da vida útil. Alguns países exportavam seus resíduos para outros países, em especial para os da Ásia. Esses locais recebiam para se tornarem depósitos. A população local passou então a tentar reaproveitar materiais como plástico e metais nobres. Daí o conceito de minas urbanas, em que as pessoas ‘garimpam’. Pode-se dizer que o lixo tecnológico é um dos grandes desafios da sociedade moderna", comenta Tanji.
Regulamentação
O especialista afirma que a lei de resíduos sólidos de nº. 12.305, assinada em agosto de 2010, é o marco legal para que se tente regulamentar e delegar responsabilidades para cada parte da cadeia de venda – do fabricante, distribuidor, comerciante ao usuário final.
"Todos que de alguma forma lucraram ou se beneficiaram com o produto precisam estar envolvidos. Para a política nacional, quem melhor teria condições de destinar corretamente o produto é o fabricante, pois foi ele quem desenvolveu a tecnologia. A lei dá abertura para que se formem grupos por setor para instituir o descarte adequado. Na Europa, por exemplo, o preço dos produtos já considera uma parcela para a logística reversa e o consumidor está ciente", afirma Tanji.
O profissional lembra que no Brasil há a cultura do reuso por meio de doações, por exemplo. Nesse sentido, para ele, a política nacional é interessante por proporcionar um fluxo adequado, com responsabilidades a todos que participam dessa cadeia.
"A Federação do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomércio) conversa com a Associação dos Setores Industriais para chegar a um acordo. Além disso, leva-se em conta, na lei, a possibilidade de denunciar quem fizer o descarte incorreto. Isso permite ao governo, seja na esfera municipal ou estadual, regulamentar e colocar até mesmo penalidades. Até 2014 nenhum material reciclável poderá ir para aterros. Além da questão ambiental, há ainda o aspecto socioeconômico quando se trata da profissionalização de cooperativas ou mesmo o grupo de catadores informais", diz Tanji.
Separando o lixo
Pela política nacional, o fabricante é obrigado a ter algum tipo de programa ou alternativa de destinação. O consumidor pode se informar direto com o fabricante ou por meio de ONGs, associações e cooperativas especializadas. A Política Nacional prevê pontos de coleta que podem ser no varejo ou assistências técnicas.
"No setor de informática, por exemplo, um equipamento possui cerca de 80% de plástico em sua composição. Esse é o tipo de material que não apresenta biodegradação. Há a alternativa do plástico orgânico como é utilizado pela nossa empresa para algumas partes do equipamento, mas que não elimina a importância da logística reversa. Fora as substâncias químicas. Países que recebem lixos eletrônicos, ainda hoje, tentam reaproveitar os materiais de maneira incorreta, gerando líquidos e gases tóxicos sem tratamento. Os impactos para a saúde pública e ambiental são realmente sérios", alerta.
Gestão Eco-eficiente PREVI
Atenta às questões ambientais, a PREVI oferece aos seus colaboradores a possibilidade de descartar corretamente pilhas e baterias evitando danos ao meio ambiente. A Gerência de Suporte Administrativo (Gesad) disponibiliza dois coletores de pilhas e baterias, um em cada andar do prédio da sede da instituição, no Rio de Janeiro (RJ). Outra iniciativa da gerência é incentivar o uso de pilhas e baterias recarregáveis em substituição às convencionais. Essas ações fazem parte do Programa de Gestão Eco-eficiente que pretende reduzir o consumo de insumos, os custos operacionais e o impacto no meio ambiente.