Estatal insiste em mais reajuste nos preços da gasolina para poder reforçar o caixa e investir Apesar de o governo já ter cedido à Petrobras, autorizando dois reajustes para o diesel e um para a gasolina em pouco mais de um mês, a estatal quer mais. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a presidente da petrolífera, Maria das Graças Foster, tem insistido na necessidade de dar novo aumento para a gasolina, como forma de reforçar o caixa da empresa para tocar investimentos. O Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda, porém, resistem, por temerem um impacto mais forte na inflação, num momento de queda da taxa básica de juros (Selic).
Estatal insiste em mais reajuste nos preços da gasolina para poder reforçar o caixa e investir
Apesar de o governo já ter cedido à Petrobras, autorizando dois reajustes para o diesel e um para a gasolina em pouco mais de um mês, a estatal quer mais. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a presidente da petrolífera, Maria das Graças Foster, tem insistido na necessidade de dar novo aumento para a gasolina, como forma de reforçar o caixa da empresa para tocar investimentos. O Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda, porém, resistem, por temerem um impacto mais forte na inflação, num momento de queda da taxa básica de juros (Selic).
Segundo Lobão, os últimos reajustes no combustível foram calibrados de modo que pudessem ser compensados pela Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), mas acabaram ficando aquém do que a Petrobras precisava. "São preços realmente defasados, não alterados há muitos anos", disse. A Cide foi zerada quando a estatal aumentou em 7,8% o preço da gasolina nas refinarias, medida que passou a valer em 25 de junho. Assim, uma nova alta do combustível acabaria sendo repassada ao consumidor, como aconteceu com o óleo diesel, que ficou 4% mais caro nos postos após o segundo aumento, ocorrido neste mês.
Lobão afirmou ainda que,
dificilmente, o governo ampliará o percentual de mistura de álcool à gasolina, como querem os usineiros. Há duas semanas, o ministro havia admitido a possibilidade de a adição passar de 20% para 25%, com o intuito de
reduzir a necessidade de importação de gasolina. Mas a equipe econômica justificou que não há como as usinas ampliarem a produção e atenderem a demanda. Na verdade, em vez de gasolina, o país teria que aumentar a importação de etanol, um vexame para o maior produtor do combustível do mundo.
A boa notícia, segundo Lobão, é que o preço da energia deverá cair mais de 10% com a renovação das concessões das hidrelétricas que vencerão até 2015. Ele ressaltou que o governo só não decidiu ainda se a prorrogação dos contratos será feita por meio de medida provisória ou por projeto de lei. Esse debate foi assumido pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff, que tem se reunido quase que diariamente com o ministro. A meta é anunciar o barateamento da energia em 7 de agosto, quando ela se encontrará com os maiores empresários do país.
"Ainda não fechamos nenhum número. Estamos examinando. Achamos que pode ser uma redução considerável, mas como a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) está fazendo os cálculos não podemos adiantar", frisou. Ele destacou ainda que a renovação das concessões está demorando porque o governo está aperfeiçoando o texto que será enviado ao Congresso.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE