Alinhado à melhora de humor do ambiente externo, o dólar encerrou o pregão desta terça-feira em baixa. A moeda americana fechou com queda de 0,74%, a R$ 2,022 na venda, na cotação mínima do dia. Tal variação percentual é maior desde o começo do mês.
Alinhado à melhora de humor do ambiente externo, o dólar encerrou o pregão desta terça-feira em baixa. A moeda americana fechou com queda de 0,74%, a R$ 2,022 na venda, na cotação mínima do dia. Tal variação percentual é maior desde o começo do mês.
O giro estimado para o interbancário ficou em US$ 2,2 bilhões. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar para agosto apontava queda de 0,61%, a R$ 2,028, antes do ajuste final.
Para um tesoureiro, o câmbio local, assim como as bolsas e o câmbio externo, responde à fala do presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano) Ben Bernanke.
Ao deixar claro que a velocidade de recuperação é baixa e há dificuldade na redução do desemprego, Bernanke deixou subentendido que novas medidas de estímulo devem ser anunciadas até o fim do ano, na interpretação do especialista.
Vale lembrar que a primeira reação ao pronunciamento do presidente do Fed no Senado dos Estados Unidos foi negativa, impulsionando o dólar para cima e as bolsas de valores para baixo. No entanto, no decorrer da tarde, o entendimento de que a porta para novas medidas de estímulo está aberta ganhou corpo.
Segundo Bernanke, há dois riscos principais à economia dos EUA. Primeiro, a crise na zona do euro. Segundo, o cenário fiscal doméstico. De acordo com Bernanke, se os políticos não chegarem a um acordo para lidar com o fim de uma série de programas de estímulo fiscal que acaba em janeiro de 2013, a economia vai enfrentar uma recessão e deixar de gerar empregos.
Uma possível avaliação desse pronunciamento é que o Fed não pode resolver a questão fiscal nem a crise da Europa com mais expansão monetária. O Fed não pode imprimir euros para ajudar os bancos e governos do outro lado do Atlântico, nem pode fazer frente a uma contração fiscal nas proporções estimadas para o começo de 2013.
No câmbio externo, o euro reverteu perdas para fechar com alta de 0,15%, a US$ 1,229. Já o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, reverteu ganho de 0,5% e termina o dia com queda de 0,10%, a 83,06 pontos.
Entre as moedas emergentes, o dólar australiano, o peso mexicano e o rand sul-africano também ganham da moeda americana.
FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO