Ação contra vírus pode deixar PCs sem internet

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Volta e meia, o mundo da tecnologia é arrebatado por previsões de catástrofes digitais, que poderiam afetar o uso dos computadores e de tudo o que é controlado por eles. Foi assim na passagem de 1999 para 2000, com o bug do milênio, e será assim, hoje, quando centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo, inclusive no Brasil, poderão ter problemas de acesso à internet. A possível falha de conexão está relacionada a um vírus instalado na máquina de mais de 400 mil pessoas, das quais seis mil estariam no Brasil. Chamado de DNS Changer, o vírus permitiu a seus autores criar uma rede de máquinas usadas para cometer golpes virtuais, sem que seus verdadeiros donos soubessem que eram vítimas do esquema. Estava marcado para a 0h de hoje em Washington, 1h em Brasília, o desligamento da infraestrutura que mantinha essa rede pelo FBI, a polícia federal americana. É por isso que especialistas em segurança esperam problemas de conexão hoje. Quem tinha o computador infectado e não sabia pode, eventualmente, ficar sem acesso à internet. Descoberto em 2007, o vírus mudava uma configuração do computador, o servidor de DNS - daí o nome DNS Changer. A mudança permitia aos criminosos direcionar o acesso do usuário para um endereço falso, frequentemente sites que simulavam as páginas verdadeiras de instituições financeiras. As máquinas contaminadas também se tornaram ferramentas para golpes na área de publicidade digital. Uma falsa agência de publicidade ligada aos responsáveis pelo DNS Changer vendia anúncios na internet e usava as máquinas para gerar tráfego. A estimativa é que os criminosos tenham roubado cerca de US$ 14 milhões entre 2007 e o fim de 2011, quando o FBI prendeu seis das sete pessoas envolvidas no esquema e tomou o controle da rede. Na avaliação de Fábio Assolini, gerente da Kaspersky, companhia de segurança digital, o que tornou o caso do DNS Changer notório foi a escala que ele alcançou: quando a quadrilha foi debelada pelo FBI havia quatro milhões de infecções. A configuração DNS é primordial para navegar na web. Desligar a estrutura sem dar a chance de as pessoas infectadas tomarem as providências necessárias poderia causar um problema internacional de grandes proporções. Foi por isso que a Justiça americana determinou que a estrutura fosse mantida em operação por algum tempo. Nesse período, empresas de segurança e companhias de internet como Facebook e Google fizeram campanhas para tentar diminuir o impacto do problema. Com a estratégia, o número de infecções caiu de quatro milhões no fim do ano passado para cerca de 450 mil em junho. No Brasil, a estimativa é que 80% das cerca de 6 mil máquinas afetadas estejam em casas e não em escritórios, segundo Alberto Medeiros, pesquisador da empresa de segurança Trend Micro. De acordo com José Matias, gerente da McAfee, outra empresa de segurança, quem estiver com problemas para acessar a internet precisará baixar um software para remoção do vírus. Como a máquina afetada não conseguirá fazer a conexão, o jeito será baixar a correção em outro computador e depois transferi-lo com a ajuda de um pen drive ou CD. Segundo Matias, não adianta fazer alterações na configuração sem usar a vacina, que está disponível nos sites das empresas especializadas. O vírus volta a alterar o sistema. Para Assolini, da Kaspersky, a desativação da rede do DNS Changer não impede ataques desse tipo no futuro. "Existem outras pragas virtuais com a mesma função que ainda não foram controladas. Algumas delas foram criadas no Brasil", disse o especialista. "Os criminosos digitais têm tempo e se dedicam a produzir ataques que não sejam detectados por nenhum antivírus."

Volta e meia, o mundo da tecnologia é arrebatado por previsões de catástrofes digitais, que poderiam afetar o uso dos computadores e de tudo o que é controlado por eles. Foi assim na passagem de 1999 para 2000, com o bug do milênio, e será assim, hoje, quando centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo, inclusive no Brasil, poderão ter problemas de acesso à internet.

A possível falha de conexão está relacionada a um vírus instalado na máquina de mais de 400 mil pessoas, das quais seis mil estariam no Brasil. Chamado de DNS Changer, o vírus permitiu a seus autores criar uma rede de máquinas usadas para cometer golpes virtuais, sem que seus verdadeiros donos soubessem que eram vítimas do esquema.

Estava marcado para a 0h de hoje em Washington, 1h em Brasília, o desligamento da infraestrutura que mantinha essa rede pelo FBI, a polícia federal americana. É por isso que especialistas em segurança esperam problemas de conexão hoje. Quem tinha o computador infectado e não sabia pode, eventualmente, ficar sem acesso à internet.

Descoberto em 2007, o vírus mudava uma configuração do computador, o servidor de DNS - daí o nome DNS Changer. A mudança permitia aos criminosos direcionar o acesso do usuário para um endereço falso, frequentemente sites que simulavam as páginas verdadeiras de instituições financeiras.

As máquinas contaminadas também se tornaram ferramentas para golpes na área de publicidade digital. Uma falsa agência de publicidade ligada aos responsáveis pelo DNS Changer vendia anúncios na internet e usava as máquinas para gerar tráfego. A estimativa é que os criminosos tenham roubado cerca de US$ 14 milhões entre 2007 e o fim de 2011, quando o FBI prendeu seis das sete pessoas envolvidas no esquema e tomou o controle da rede.

Na avaliação de Fábio Assolini, gerente da Kaspersky, companhia de segurança digital, o que tornou o caso do DNS Changer notório foi a escala que ele alcançou: quando a quadrilha foi debelada pelo FBI havia quatro milhões de infecções.

A configuração DNS é primordial para navegar na web. Desligar a estrutura sem dar a chance de as pessoas infectadas tomarem as providências necessárias poderia causar um problema internacional de grandes proporções. Foi por isso que a Justiça americana determinou que a estrutura fosse mantida em operação por algum tempo.

Nesse período, empresas de segurança e companhias de internet como Facebook e Google fizeram campanhas para tentar diminuir o impacto do problema. Com a estratégia, o número de infecções caiu de quatro milhões no fim do ano passado para cerca de 450 mil em junho.

No Brasil, a estimativa é que 80% das cerca de 6 mil máquinas afetadas estejam em casas e não em escritórios, segundo Alberto Medeiros, pesquisador da empresa de segurança Trend Micro.

De acordo com José Matias, gerente da McAfee, outra empresa de segurança, quem estiver com problemas para acessar a internet precisará baixar um software para remoção do vírus. Como a máquina afetada não conseguirá fazer a conexão, o jeito será baixar a correção em outro computador e depois transferi-lo com a ajuda de um pen drive ou CD. Segundo Matias, não adianta fazer alterações na configuração sem usar a vacina, que está disponível nos sites das empresas especializadas. O vírus volta a alterar o sistema.

Para Assolini, da Kaspersky, a desativação da rede do DNS Changer não impede ataques desse tipo no futuro. "Existem outras pragas virtuais com a mesma função que ainda não foram controladas. Algumas delas foram criadas no Brasil", disse o especialista. "Os criminosos digitais têm tempo e se dedicam a produzir ataques que não sejam detectados por nenhum antivírus."

FONTE: Valor Econômico

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