Depois da pandemia do vírus influenza A/H1N1, que matou 2.060 pessoas no País em 2009, a chamada gripe suína voltou a preocupar autoridades em 2012. O número de casos e mortes disparou no primeiro semestre. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde feito em todos os Estados, entre 1º de janeiro e 28 de junho foram registrados 790 casos da doença, que resultaram em 85 mortes. As ocorrências superam em mais de três vezes as verificadas em todo o ano passado: 181 casos e 27 óbitos. Santa Catarina aparece como a unidade federativa mais problemática. Quase 60% de todos os casos (458) concentraram-se no Estado, com 35 pessoas mortas por causa da gripe. A Secretaria Estadual da Saúde prevê recrudescimento do quadro, uma vez que, tradicionalmente, o maior número de casos ocorre no mês de julho, explica Fábio Gaudenzi de Faria, diretor estadual de Vigilância Epidemiológica. "Ainda temos um longo período de inverno pela frente. Sempre temos o maior número de casos graves em julho, o que significa que as equipes de saúde têm que estar extremamente alertas", diz Faria. Em segundo lugar, com 92 casos e 15 óbitos, aparece o Estado de São Paulo, seguido por Rio Grande do Sul e Paraná, com 128 ocorrências e 16 mortes, somados. Em Goiás foram registrados 15 casos e 5 mortes. Faria explica que é difícil encontrar uma explicação para o elevado número de mortes em Santa Catarina. "Depende da intensidade da circulação dos vários tipos de vírus influenza. Neste ano, podemos afirmar que está mais presente o subtipo H1N1. O Paraná, por exemplo, registrou dez vezes mais casos do que em Santa Catarina no ano passado." Outra explicação é o atraso no tratamento. "Às vezes, a pessoa, em uma condição já complicada por um problema respiratório, começa a tomar o remédio dois, três dias depois que já está infectada. O tratamento tem que começar o mais rápido possível", diz. O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, informou que o governo federal está monitorando as ocorrências em todos os Estados e fez questão de afirmar que o Brasil não corre risco de uma epidemia. Mais medicamentos estão sendo distribuídos e há uma orientação nacional para que os médicos sigam um novo protocolo de atendimento a pacientes, específico para o inverno. "Pode haver, sim, surtos em alguns lugares, porque o vírus A/H1N1 é um tipo mais agressivo do que qualquer outro tipo de vírus gripal. Os números que estamos vendo não fogem de nenhuma padrão de circulação do vírus influenza", explicou. (Fonte: Valor Online)
Depois da pandemia do vírus influenza A/H1N1, que matou 2.060 pessoas no País em 2009, a chamada gripe suína voltou a preocupar autoridades em 2012. O número de casos e mortes disparou no primeiro semestre. De acordo com levantamento do Ministério da Saúde feito em todos os Estados, entre 1º de janeiro e 28 de junho foram registrados 790 casos da doença, que resultaram em 85 mortes. As ocorrências superam em mais de três vezes as verificadas em todo o ano passado: 181 casos e 27 óbitos.
Santa Catarina aparece como a unidade federativa mais problemática. Quase 60% de todos os casos (458) concentraram-se no Estado, com 35 pessoas mortas por causa da gripe. A Secretaria Estadual da Saúde prevê recrudescimento do quadro, uma vez que, tradicionalmente, o maior número de casos ocorre no mês de julho, explica Fábio Gaudenzi de Faria, diretor estadual de Vigilância Epidemiológica. "Ainda temos um longo período de inverno pela frente. Sempre temos o maior número de casos graves em julho, o que significa que as equipes de saúde têm que estar extremamente alertas", diz Faria.
Em segundo lugar, com 92 casos e 15 óbitos, aparece o Estado de São Paulo, seguido por Rio Grande do Sul e Paraná, com 128 ocorrências e 16 mortes, somados. Em Goiás foram registrados 15 casos e 5 mortes.
Faria explica que é difícil encontrar uma explicação para o elevado número de mortes em Santa Catarina. "Depende da intensidade da circulação dos vários tipos de vírus influenza. Neste ano, podemos afirmar que está mais presente o subtipo H1N1. O Paraná, por exemplo, registrou dez vezes mais casos do que em Santa Catarina no ano passado." Outra explicação é o atraso no tratamento. "Às vezes, a pessoa, em uma condição já complicada por um problema respiratório, começa a tomar o remédio dois, três dias depois que já está infectada. O tratamento tem que começar o mais rápido possível", diz.
O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, informou que o governo federal está monitorando as ocorrências em todos os Estados e fez questão de afirmar que o Brasil não corre risco de uma epidemia. Mais medicamentos estão sendo distribuídos e há uma orientação nacional para que os médicos sigam um novo protocolo de atendimento a pacientes, específico para o inverno.
"Pode haver, sim, surtos em alguns lugares, porque o vírus A/H1N1 é um tipo mais agressivo do que qualquer outro tipo de vírus gripal. Os números que estamos vendo não fogem de nenhuma padrão de circulação do vírus influenza", explicou.
FONTE: Valor Online