Dólar cai mais de 3% no último dia do mês e acirra disputas na BM&F

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O tombo de mais de 3% do dólar no pregão da sexta-feira deixou muita gente machucada. O dia marcava o encerramento do mês e do trimestre, além da tradicional briga entre comprados (que ganham com a alta do dólar) e vendidos (lucram com a queda do dólar) na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). A acentuada queda de preço gerou uma série de "stops" nos comprados. Quem estava posicionado para a alta, teve de sair correndo para conter o prejuízo e até mesmo quem apostava em uma queda, mas não na magnitude observada, também foi obrigado a rever posições com contratos e opções que viraram "pó" já na abertura do dia. Até mesmo quem optou por rolar as posições em dólar de um vencimento para outro acabou perdendo dinheiro, conforme a taxa de rolagem caiu de forma expressiva na sexta-feira. A Ptax, taxa referencial calculada pelo Banco Central (BC) e que serve para liquidar os contratos futuros, fechou o dia com queda de 3,31%, a R$ 2,0213. Na semana, a Ptax caiu 1,66%, e nos mês a baixa foi de modestos 0,05%. Na BM&F, o dólar para julho, que "morreu" na sexta-feira, caiu 2,69%, para R$ 2,021. E o dólar para agosto, que já concentrava a liquidez, cedeu 3,41%, a R$ 2,021. Olhando as posições na BM&F, os bancos estavam com a maior posição vendida em dólar futuro e cupom cambial (DDI - juro em dólar) no fim da quinta-feira (último dado disponível). O estoque era de US$ 20,039 bilhões. Os grandes comprados eram os fundos locais, com US$ 14,894 bilhões. Os estrangeiros também estavam comprados, mas em apenas US$ 3,878 bilhões. Não é possível apontar "ganhadores" ou "perdedores" nesse grupo. As posições na BM&F são apenas uma forma de exposição cambial. Esses agentes também operam no mercado de opções e no mercado de balcão. E os bancos também detêm dólares no mercado à vista. Ainda assim, vale a pena acompanhar o comportamento dessas posições nos próximos pregões. Hoje saberemos a movimentação de sexta-feira e, amanhã, será possível ver como foi a distribuição entre contratos liquidados e contratos rolados. Além da melhora externa, que por si só já chamou os vendedores ao mercado, o Banco Central (BC) também contribuiu para a queda com sua oferta de swap cambial (que equivale à venda de dólares no mercado futuro). Todos os 60 mil contratos (US$ 3 bilhões) foram tomados. Na semana, o BC ofertou liquidamente US$ 6 bilhões em swaps ao mercado e rolou outros US$ 3 bilhões que venceriam hoje.

O tombo de mais de 3% do dólar no pregão da sexta-feira deixou muita gente machucada.

O dia marcava o encerramento do mês e do trimestre, além da tradicional briga entre comprados (que ganham com a alta do dólar) e vendidos (lucram com a queda do dólar) na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F).

A acentuada queda de preço gerou uma série de "stops" nos comprados. Quem estava posicionado para a alta, teve de sair correndo para conter o prejuízo e até mesmo quem apostava em uma queda, mas não na magnitude observada, também foi obrigado a rever posições com contratos e opções que viraram "pó" já na abertura do dia.

Até mesmo quem optou por rolar as posições em dólar de um vencimento para outro acabou perdendo dinheiro, conforme a taxa de rolagem caiu de forma expressiva na sexta-feira.

A Ptax, taxa referencial calculada pelo Banco Central (BC) e que serve para liquidar os contratos futuros, fechou o dia com queda de 3,31%, a R$ 2,0213. Na semana, a Ptax caiu 1,66%, e nos mês a baixa foi de modestos 0,05%.

Na BM&F, o dólar para julho, que "morreu" na sexta-feira, caiu 2,69%, para R$ 2,021. E o dólar para agosto, que já concentrava a liquidez, cedeu 3,41%, a R$ 2,021.

Olhando as posições na BM&F, os bancos estavam com a maior posição vendida em dólar futuro e cupom cambial (DDI - juro em dólar) no fim da quinta-feira (último dado disponível). O estoque era de US$ 20,039 bilhões. Os grandes comprados eram os fundos locais, com US$ 14,894 bilhões. Os estrangeiros também estavam comprados, mas em apenas US$ 3,878 bilhões.

Não é possível apontar "ganhadores" ou "perdedores" nesse grupo. As posições na BM&F são apenas uma forma de exposição cambial. Esses agentes também operam no mercado de opções e no mercado de balcão. E os bancos também detêm dólares no mercado à vista.

Ainda assim, vale a pena acompanhar o comportamento dessas posições nos próximos pregões. Hoje saberemos a movimentação de sexta-feira e, amanhã, será possível ver como foi a distribuição entre contratos liquidados e contratos rolados.

Além da melhora externa, que por si só já chamou os vendedores ao mercado, o Banco Central (BC) também contribuiu para a queda com sua oferta de swap cambial (que equivale à venda de dólares no mercado futuro). Todos os 60 mil contratos (US$ 3 bilhões) foram tomados. Na semana, o BC ofertou liquidamente US$ 6 bilhões em swaps ao mercado e rolou outros US$ 3 bilhões que venceriam hoje.

FONTE: Valor Econômico

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