RIO e BRASÍLIA. O dólar comercial interrompeu ontem uma sequência de seis altas consecutivas em relação ao real depois que o Banco Central anunciou que realizaria hoje um novo leilão de swap cambial (operação que equivale à venda de dólares no mercado futuro), para oferecer até US$ 3 bilhões ao mercado. A moeda americana fechou cotada em R$ 2,076, queda de 0,10%, depois de bater R$ 2,099 na máxima do dia, o que seria o maior patamar desde 15 de maio de 2009. - As quedas das bolsas estão pesando, ações do Eike (Batista) estão indo pro ralo, Europa sem solução. Então o mercado do dólar está com tendência de alta (com a saída de investimentos estrangeiros do país). O que derrubou a moeda foi o anúncio de leilão do Banco Central - diz Rodrigo Trotta, superintendente de tesouraria do Banco Banif no Brasil. O governo adotou ontem mais uma medida de estímulo aos exportadores e ao crédito, que pode ter impacto no câmbio. O Banco Central voltou a permitir que bancos e outras empresas façam o chamado Pagamento Antecipado (PA), uma das modalidades de financiamento às exportações. Desde março, essa operação estava restrita às companhias sediadas no exterior que compram produtos brasileiros. A restrição foi imposta com a justificativa de que essas operações estavam facilitando a entrada de capital especulativo no país. Com o agravamento da crise internacional, a redução do crédito externo e a cotação do dólar acima de R$ 2, a restrição foi suspensa. Os exportadores que quiserem receber antecipadamente por suas vendas continuarão tendo de enviar o produto ao exterior em até 360 dias. Em março, o Banco Central argumentou que havia a possibilidade de muitas empresas usarem o Pagamento Antecipado - que não paga Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nem Imposto de Renda - para trazer dólares e utilizá-los em aplicações financeiras. A autoridade monetária estava preocupada com o aumento de 46% no volume de PAs no primeiro bimestre na comparação com o mesmo período de 2011. Em junho, no entanto, o ingresso está em US$ 90 milhões diários, o pior resultado desde janeiro de 2011. (Daniel Haidar, Cristiane Bonfanti e Júnia Gama)
RIO e BRASÍLIA. O dólar comercial interrompeu ontem uma sequência de seis altas consecutivas em relação ao real depois que o Banco Central anunciou que realizaria hoje um novo leilão de swap cambial (operação que equivale à venda de dólares no mercado futuro), para oferecer até US$ 3 bilhões ao mercado. A moeda americana fechou cotada em R$ 2,076, queda de 0,10%, depois de bater R$ 2,099 na máxima do dia, o que seria o maior patamar desde 15 de maio de 2009.
- As quedas das bolsas estão pesando, ações do Eike (Batista) estão indo pro ralo, Europa sem solução. Então o mercado do dólar está com tendência de alta (com a saída de investimentos estrangeiros do país). O que derrubou a moeda foi o anúncio de leilão do Banco Central - diz Rodrigo Trotta, superintendente de tesouraria do Banco Banif no Brasil.
O governo adotou ontem mais uma medida de estímulo aos exportadores e ao crédito, que pode ter impacto no câmbio. O Banco Central voltou a permitir que bancos e outras empresas façam o chamado Pagamento Antecipado (PA), uma das modalidades de financiamento às exportações. Desde março, essa operação estava restrita às companhias sediadas no exterior que compram produtos brasileiros. A restrição foi imposta com a justificativa de que essas operações estavam facilitando a entrada de capital especulativo no país. Com o agravamento da crise internacional, a redução do crédito externo e a cotação do dólar acima de R$ 2, a restrição foi suspensa.
Os exportadores que quiserem receber antecipadamente por suas vendas continuarão tendo de enviar o produto ao exterior em até 360 dias. Em março, o Banco Central argumentou que havia a possibilidade de muitas empresas usarem o Pagamento Antecipado - que não paga Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nem Imposto de Renda - para trazer dólares e utilizá-los em aplicações financeiras. A autoridade monetária estava preocupada com o aumento de 46% no volume de PAs no primeiro bimestre na comparação com o mesmo período de 2011. Em junho, no entanto, o ingresso está em US$ 90 milhões diários, o pior resultado desde janeiro de 2011. (Daniel Haidar, Cristiane Bonfanti e Júnia Gama)
FONTE: O Globo