Companhias aéreas, transportadoras rodoviárias e outros grandes consumidores de energia estão apostando em quedas ainda maiores no preço do petróleo, e muitas relutam em fechar contratos de compra aos níveis atuais em meio a temores de que os preços poderão despencar se a economia mundial esfriar ainda mais. Os consumidores estão, em sua maioria, fora do mercado de petróleo, apesar de uma queda de 30% no preço - de US$ 125 em março para US$ 90 agora -, segundo banqueiros que operam com commodities. O preço de petróleo do tipo Brent atingiu um mínimo em 18 meses na semana passada. Os consumidores de petróleo temem que a atual queda dos preços, em grande parte devido ao abrandamento do crescimento econômico na China, principal motor da demanda de petróleo e a crise da dívida soberana na zona do euro, seja apenas o começo de um grande onda de vendas. A Arábia Saudita aumentou neste ano a produção para um máximo em 30 anos, pressionando ainda mais as cotações. "Se a economia mundial continuar se deteriorando, não me surpreenderei se virmos mais pressão baixista sobre os preços do petróleo", disse ao Financial Times Fatih Birol, economista-chefe da Agência Internacional de Energia, agência fiscalizadora do setor petrolífero. Essa atitude de "esperar para ver" lembra o comportamento de grandes consumidores em 2008, no início da crise financeira, quando os preços caíram de um recorde de quase US$ 150 para um mínimo de US$ 45. A postura ainda pode dar errado, se os preços do petróleo subirem devido a sanções dos EUA e da UE contra o Irã ou se a Arábia Saudita fizer cortes em sua produção. "Até agora, registramos escassa atividade de hedge", disse um banqueiro de Nova York, que opera com commodities. "Esperamos algum volume de compras pelos consumidores, se (o preço do petróleo) cair mais US$ 10". As empresas mantêm sigilo sobre seus planos de hedge, mas evidências confirmam a opinião dos banqueiros. A Southwest Airlines, maior empresa aérea americana operadora a baixo custo, disse a investidores neste ano que a sua proteção de hedge para o segundo trimestre é "mínima". Ontem, os contratos do tipo Brent para setembro apresentaram pequeno avanço de 0,08%, fechando aos US$ 91,33 o barril. O WTI, por sua vez, recuou 0,65%, aos US$ 79,62 o barril.
Companhias aéreas, transportadoras rodoviárias e outros grandes consumidores de energia estão apostando em quedas ainda maiores no preço do petróleo, e muitas relutam em fechar contratos de compra aos níveis atuais em meio a temores de que os preços poderão despencar se a economia mundial esfriar ainda mais.
Os consumidores estão, em sua maioria, fora do mercado de petróleo, apesar de uma queda de 30% no preço - de US$ 125 em março para US$ 90 agora -, segundo banqueiros que operam com commodities. O preço de petróleo do tipo Brent atingiu um mínimo em 18 meses na semana passada.
Os consumidores de petróleo temem que a atual queda dos preços, em grande parte devido ao abrandamento do crescimento econômico na China, principal motor da demanda de petróleo e a crise da dívida soberana na zona do euro, seja apenas o começo de um grande onda de vendas. A Arábia Saudita aumentou neste ano a produção para um máximo em 30 anos, pressionando ainda mais as cotações.
"Se a economia mundial continuar se deteriorando, não me surpreenderei se virmos mais pressão baixista sobre os preços do petróleo", disse ao Financial Times Fatih Birol, economista-chefe da Agência Internacional de Energia, agência fiscalizadora do setor petrolífero.
Essa atitude de "esperar para ver" lembra o comportamento de grandes consumidores em 2008, no início da crise financeira, quando os preços caíram de um recorde de quase US$ 150 para um mínimo de US$ 45. A postura ainda pode dar errado, se os preços do petróleo subirem devido a sanções dos EUA e da UE contra o Irã ou se a Arábia Saudita fizer cortes em sua produção. "Até agora, registramos escassa atividade de hedge", disse um banqueiro de Nova York, que opera com commodities. "Esperamos algum volume de compras pelos consumidores, se (o preço do petróleo) cair mais US$ 10".
As empresas mantêm sigilo sobre seus planos de hedge, mas evidências confirmam a opinião dos banqueiros. A Southwest Airlines, maior empresa aérea americana operadora a baixo custo, disse a investidores neste ano que a sua proteção de hedge para o segundo trimestre é "mínima".
Ontem, os contratos do tipo Brent para setembro apresentaram pequeno avanço de 0,08%, fechando aos US$ 91,33 o barril. O WTI, por sua vez, recuou 0,65%, aos US$ 79,62 o barril.
FONTE: Valor Econômico