Desconfiança move corrida aos postos

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Desconfiados de que o reajuste no preço do combustível acabará sendo repassado ao consumidor, apesar das negativas do governo, motoristas decidiram encher o tanque de seus veículos. A certeza de que o brasileiro não vai escapar do aumento foi tão grande que, no último fim de semana, os condutores formaram filas enormes na entrada dos postos de Brasília. De acordo com a portaria publicada ontem no Diário Oficial, as correções nos valores da gasolina e do óleo diesel foram de 7,83% e 3,94%, respectivamente, sobre o preço cobrado nas refinarias. O Ministério da Fazenda garante que a alta não será transferida para as bombas, já que foi zerada a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre os dois produtos. A dúvida, porém, permanece, já que os postos são regidos pelo sistema de liberdade de preços, e não há tabelamento. O secretário parlamentar Francisco Batista Dantas, 30 anos, acredita que, na próxima semana, vai passar a pagar R$ 2,95 pelo litro da gasolina. Ele recebeu a informação de uma funcionária de um dos postos da capital federal. "Não dá para acreditar que a gasolina não vai aumentar", disse Dantas. Ele contou ainda que está preparando o bolso quando vier a surpresa na conta. "Já sei que devo gastar R$ 40 a mais por mês só para poder me movimentar com o carro", afirmou. O secretário parlamentar gasta, em média, R$ 138 mensalmente com combustível para chegar ao trabalho. "Colocando na ponta do lápis, já está caro. E, com o aumento, vai ficar mais caro ainda." Com uma olhada rápida pelas placas expostas nas fornecedoras de combustíveis, é fácil perceber que há muita diferença entre os preços cobrados pelas principais bandeiras, como Petrobras, Ipiranga, Shell e Gasolline. Em alguns casos, ela chega a R$ 0,56, por litro, o que leva o empresário José Carlos Bragança, 55 anos, a acreditar que haverá repasse para os consumidores. "Passei por dois postos. Um estava cobrando R$ 2,29 e o outro R$ 2,85. Logo, pensei, vem aumento por aí", disse Bragança. Assim como ele, o esteticista Márcio Rodrigues, 34 anos, também não confia na declaração do governo de que não haverá elevação nos valores cobrados nos postos. "No último reajuste, foi a mesma história. Foi anunciado que não haveria aumento e quando cheguei para abastecer tive a confirmação de que o repasse havia sido feito. Não tem jeito, quem paga é o consumidor", destacou Rodrigues. Variações O presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, esclareceu que as variações de preços que aparecem nas bombas de gasolina e diesel são motivadas por fatores como a elevação de valores do álcool anidro, que é misturado à gasolina. "Pode haver aumentos sim, mas não por causa do reajuste ocorrido nas refinarias", garantiu. A Ipiranga Produtos de Petróleo, informou, em nota, que os preços dos combustíveis "não serão reajustados nos postos da rede devido à decisão do governo federal de zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina e diesel".

Desconfiados de que o reajuste no preço do combustível acabará sendo repassado ao consumidor, apesar das negativas do governo, motoristas decidiram encher o tanque de seus veículos. A certeza de que o brasileiro não vai escapar do aumento foi tão grande que, no último fim de semana, os condutores formaram filas enormes na entrada dos postos de Brasília.

De acordo com a portaria publicada ontem no Diário Oficial, as correções nos valores da gasolina e do óleo diesel foram de 7,83% e 3,94%, respectivamente, sobre o preço cobrado nas refinarias. O Ministério da Fazenda garante que a alta não será transferida para as bombas, já que foi zerada a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) incidente sobre os dois produtos.

A dúvida, porém, permanece, já que os postos são regidos pelo sistema de liberdade de preços, e não há tabelamento. O secretário parlamentar Francisco Batista Dantas, 30 anos, acredita que, na próxima semana, vai passar a pagar R$ 2,95 pelo litro da gasolina. Ele recebeu a informação de uma funcionária de um dos postos da capital federal.

"Não dá para acreditar que a gasolina não vai aumentar", disse Dantas. Ele contou ainda que está preparando o bolso quando vier a surpresa na conta. "Já sei que devo gastar R$ 40 a mais por mês só para poder me movimentar com o carro", afirmou. O secretário parlamentar gasta, em média, R$ 138 mensalmente com combustível para chegar ao trabalho. "Colocando na ponta do lápis, já está caro. E, com o aumento, vai ficar mais caro ainda."

Com uma olhada rápida pelas placas expostas nas fornecedoras de combustíveis, é fácil perceber que há muita diferença entre os preços cobrados pelas principais bandeiras, como Petrobras, Ipiranga, Shell e Gasolline. Em alguns casos, ela chega a R$ 0,56, por litro, o que leva o empresário José Carlos Bragança, 55 anos, a acreditar que haverá repasse para os consumidores.

"Passei por dois postos. Um estava cobrando R$ 2,29 e o outro R$ 2,85. Logo, pensei, vem aumento por aí",  disse Bragança. Assim como ele, o esteticista Márcio Rodrigues, 34 anos, também não confia na declaração do governo de que não haverá elevação nos valores cobrados nos postos. "No último reajuste, foi a mesma história. Foi anunciado que não haveria aumento e quando cheguei para abastecer tive a confirmação de que o repasse havia sido feito. Não tem jeito, quem paga é o consumidor", destacou Rodrigues.

Variações
O presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, esclareceu que as variações de preços que aparecem nas bombas de gasolina e diesel são motivadas por fatores como a elevação de valores do álcool anidro, que é misturado à gasolina. "Pode haver aumentos sim, mas não por causa do reajuste ocorrido nas refinarias", garantiu.

A Ipiranga Produtos de Petróleo, informou, em nota, que os preços dos combustíveis "não serão reajustados nos postos da rede devido à decisão do governo federal de zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) da gasolina e diesel".

FONTE: Correio Braziliense

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