O inverno oficialmente só começa em 21 de junho, mas a temperatura já cai há algum tempo no mercado de ações. Resta saber se as medidas que têm sido adotadas por autoridades para combater a crise europeia surtirão efeito. Caso contrário, os investidores terão de conviver com a temporada de frio ainda por muito tempo. A boa notícia é que, na sexta-feira, o Índice Bovespa rompeu uma Média Móvel Exponencial de 21 dias (MME21), aos 55.360 pontos, e uma resistência (espécie de teto difícil de ser ultrapassado) aos 55.763 pontos. Esses acontecimentos podem sinalizar uma reversão da tendência de curto prazo, atualmente de baixa. No longo prazo, os gráficos seguem apontando para uma queda. O índice encerrou o último pregão com alta de 1,36%, aos 56.104 pontos, em linha com o otimismo que pautou os negócios na maioria das bolsas de valores mundo afora, graças à expectativa dos investidores de que os bancos centrais das grandes economias iriam anunciar ações para estabilizar os mercados financeiros, diante das eleições gregas. No acumulado da semana, o Ibovespa subiu 3,08%. Apesar do repique de alta registrado no último pregão, Igor Graminhani, analista técnico da WinTrade, home broker da Alpes Corretora, pondera que a reversão de tendência só será confirmada se o gráfico apresentar um pivô de alta, desenho gráfico com topos (cotações máximas) e fundos (mínimas) ascendentes. "Essa figura ainda não apareceu no gráfico diário", afirma. É preciso, portanto, avaliar a movimentação nos pregões desta segunda-feira e dos próximos dias, acrescenta Graminhani. "Além disso, o Ibovespa precisa romper uma Linha de Tendência de Baixa (LTB, figura formada por dois topos), que começou a se formar no dia 14 de março, quando o índice chegou à pontuação máxima do ano durante o pregão, aos 68.969 pontos (confira no gráfico acima)", afirma o analista. Segundo ele, após o encerramento do último pregão, a faixa de resistência da LTB era de 57.400 pontos. Esse nível de resistência não é fixo e a cada pregão pode sofrer um ajuste. "Enquanto não romper a LTB, o investidor precisa ser cauteloso nas operações compradas, pois até o momento são registrados apenas repiques de alta dentro de um movimento de fortes baixas", acrescenta Graminhani. Caso o índice continue a subir, porém, o investidor tem a chance de embolsar bons ganhos, já que até o próximo patamar de resistência, aos 68 mil pontos, há bastante espaço. Do lado da queda, o suporte é de 52.480 pontos. Se perder esse nível, o Ibovespa pode chegar aos 49.400 e depois aos 47.793, pontuação mínima de 2011, atingida em meio ao pregão de 8 de agosto. Um papel que pode reagir é o preferencial (PN, sem voto) da Petrobras, que na sexta-feira se valorizou 2,09%, a R$ 18,55. No gráfico diário da ação preferencial da petrolífera, apareceu um martelo, "candlestick" que se forma quando o papel cai, atinge um valor mínimo que mostra forte pressão vendedora (quando os investidores se desfazem do papel, levando-o a uma queda), mas ao longo do dia se recupera, sobe e fecha no preço máximo do pregão. No entanto, assim como o Ibovespa, a ação precisa romper uma LTB, cuja resistência é de cerca de R$ 20, para que seja confirmada uma tendência de alta, conclui Graminhani.
O inverno oficialmente só começa em 21 de junho, mas a temperatura já cai há algum tempo no mercado de ações. Resta saber se as medidas que têm sido adotadas por autoridades para combater a crise europeia surtirão efeito. Caso contrário, os investidores terão de conviver com a temporada de frio ainda por muito tempo.
A boa notícia é que, na sexta-feira, o Índice Bovespa rompeu uma Média Móvel Exponencial de 21 dias (MME21), aos 55.360 pontos, e uma resistência (espécie de teto difícil de ser ultrapassado) aos 55.763 pontos. Esses acontecimentos podem sinalizar uma reversão da tendência de curto prazo, atualmente de baixa. No longo prazo, os gráficos seguem apontando para uma queda.
O índice encerrou o último pregão com alta de 1,36%, aos 56.104 pontos, em linha com o otimismo que pautou os negócios na maioria das bolsas de valores mundo afora, graças à expectativa dos investidores de que os bancos centrais das grandes economias iriam anunciar ações para estabilizar os mercados financeiros, diante das eleições gregas. No acumulado da semana, o Ibovespa subiu 3,08%.
Apesar do repique de alta registrado no último pregão, Igor Graminhani, analista técnico da WinTrade, home broker da Alpes Corretora, pondera que a reversão de tendência só será confirmada se o gráfico apresentar um pivô de alta, desenho gráfico com topos (cotações máximas) e fundos (mínimas) ascendentes. "Essa figura ainda não apareceu no gráfico diário", afirma. É preciso, portanto, avaliar a movimentação nos pregões desta segunda-feira e dos próximos dias, acrescenta Graminhani.
"Além disso, o Ibovespa precisa romper uma Linha de Tendência de Baixa (LTB, figura formada por dois topos), que começou a se formar no dia 14 de março, quando o índice chegou à pontuação máxima do ano durante o pregão, aos 68.969 pontos (confira no gráfico acima)", afirma o analista. Segundo ele, após o encerramento do último pregão, a faixa de resistência da LTB era de 57.400 pontos. Esse nível de resistência não é fixo e a cada pregão pode sofrer um ajuste. "Enquanto não romper a LTB, o investidor precisa ser cauteloso nas operações compradas, pois até o momento são registrados apenas repiques de alta dentro de um movimento de fortes baixas", acrescenta Graminhani.
Caso o índice continue a subir, porém, o investidor tem a chance de embolsar bons ganhos, já que até o próximo patamar de resistência, aos 68 mil pontos, há bastante espaço. Do lado da queda, o suporte é de 52.480 pontos. Se perder esse nível, o Ibovespa pode chegar aos 49.400 e depois aos 47.793, pontuação mínima de 2011, atingida em meio ao pregão de 8 de agosto.
Um papel que pode reagir é o preferencial (PN, sem voto) da Petrobras, que na sexta-feira se valorizou 2,09%, a R$ 18,55. No gráfico diário da ação preferencial da petrolífera, apareceu um martelo, "candlestick" que se forma quando o papel cai, atinge um valor mínimo que mostra forte pressão vendedora (quando os investidores se desfazem do papel, levando-o a uma queda), mas ao longo do dia se recupera, sobe e fecha no preço máximo do pregão. No entanto, assim como o Ibovespa, a ação precisa romper uma LTB, cuja resistência é de cerca de R$ 20, para que seja confirmada uma tendência de alta, conclui Graminhani.
FONTE: Valor Econômico