RIO e WASHINGTON . A queda nas vendas do varejo, pelo segundo mês consecutivo nos EUA, foi a principal causa de perdas nas bolsas internacionais ontem. Um relatório do Departamento do Comércio americano mostrou um decréscimo nas vendas de 0,2%, repetindo o resultado de abril. Também a queda de 0,8% na produção industrial na zona do euro, divulgada ontem, teve influência para o cenário de pessimismo. O dólar comercial fechou em alta de 0,33% sobre o real, a R$ 2,072 para venda. A moeda americana chegou a cair 0,58%, a R$ 2,053, em reação às declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que admitiu, pela primeira vez, em entrevista ao GLOBO, que poderia rever o uso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos do exterior para conter a alta do dólar. - As bolsas lá fora caíram bastante e isso deixou o mercado de dólar mais nervoso. Mas essa notícia de que o governo está querendo tirar o IOF para empréstimos mostra preocupação com o nível da moeda e ajuda a derrubar o preço - avalia Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB do Brasil. O fluxo cambial do país, depois de fechar maio no vermelho, em US$ 2,7 bilhões, voltou a ficar positivo em junho. O saldo entre a entrada e a saída de dólares até o dia 8 foi de US$ 843 milhões. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão de ontem descolada do exterior. O Ibovespa, índice referência do mercado brasileiro, teve alta de 1,09%, em sessão instável. Tiveram destaque as altas de Petrobras PN, da construtora PDG ON, e de BMFBovespa ON. Em Wall Street, Dow Jones recuou 0,62%; S&P 500, 0,7%; e Nasdaq, 0,86%. Na Europa, Londres subiu 0,18%; Paris retrocedeu 0,55%; Frankfurt teve perda de 0,14%; Madri, avanço de 1,42%; e Milão recuou 0,65%. Para o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, em meio a tal cenário de incertezas, a Europa não deve adiar o lançamento de seu novo plano de recuperação, porque não há muito tempo hábil para defender a moeda comum. Geithner, no entanto, expressou confiança de que a tarefa será cumprida: - Os europeus nos dizem privadamente que farão o necessário para manter a união (monetária) - disse, em palestra no think tank Council on Foreign Relations, na capital americana.
RIO e WASHINGTON . A queda nas vendas do varejo, pelo segundo mês consecutivo nos EUA, foi a principal causa de perdas nas bolsas internacionais ontem. Um relatório do Departamento do Comércio americano mostrou um decréscimo nas vendas de 0,2%, repetindo o resultado de abril. Também a queda de 0,8% na produção industrial na zona do euro, divulgada ontem, teve influência para o cenário de pessimismo. O dólar comercial fechou em alta de 0,33% sobre o real, a R$ 2,072 para venda.
A moeda americana chegou a cair 0,58%, a R$ 2,053, em reação às declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que admitiu, pela primeira vez, em entrevista ao GLOBO, que poderia rever o uso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos do exterior para conter a alta do dólar.
- As bolsas lá fora caíram bastante e isso deixou o mercado de dólar mais nervoso. Mas essa notícia de que o governo está querendo tirar o IOF para empréstimos mostra preocupação com o nível da moeda e ajuda a derrubar o preço - avalia Ures Folchini, vice-presidente de tesouraria do Banco WestLB do Brasil.
O fluxo cambial do país, depois de fechar maio no vermelho, em US$ 2,7 bilhões, voltou a ficar positivo em junho. O saldo entre a entrada e a saída de dólares até o dia 8 foi de US$ 843 milhões.
Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão de ontem descolada do exterior. O Ibovespa, índice referência do mercado brasileiro, teve alta de 1,09%, em sessão instável. Tiveram destaque as altas de Petrobras PN, da construtora PDG ON, e de BMFBovespa ON.
Em Wall Street, Dow Jones recuou 0,62%; S&P 500, 0,7%; e Nasdaq, 0,86%. Na Europa, Londres subiu 0,18%; Paris retrocedeu 0,55%; Frankfurt teve perda de 0,14%; Madri, avanço de 1,42%; e Milão recuou 0,65%.
Para o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, em meio a tal cenário de incertezas, a Europa não deve adiar o lançamento de seu novo plano de recuperação, porque não há muito tempo hábil para defender a moeda comum. Geithner, no entanto, expressou confiança de que a tarefa será cumprida:
- Os europeus nos dizem privadamente que farão o necessário para manter a união (monetária) - disse, em palestra no think tank Council on Foreign Relations, na capital americana.
FONTE: O Globo