Técnicos aderem ao movimento grevista

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A partir de hoje, servidores que cumpremjornada de trabalho na biblioteca e nohospital universitário se juntam a alunose professores em paralisação nacional Além dos professores e dos alunos da Universidade de Brasília (UnB), os servidores técnico-administrativos da instituição de ensino superior decidiram aderir ao movimento grevista por melhores condições na carreira. A partir de hoje, médicos, vigilantes, veterinários, bibliotecários e arquivologistas cruzarão os braços por tempo indeterminado. A paralisação atingirá aqueles que recorrem aos serviços de diversos setores, como os da Biblioteca Central, do Restaurante Universitário (RU) e do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os educadores da UnB estão em greve desde 21 de maio. Os técnico-administrativos reivindicam piso de três salários mínimos, estepe de 5% (acréscimo de progressão de carreira), reposicionamento dos aposentados que não atingiram o nível máximo da carreira, realização de concursos públicos e equiparação do tíquete-alimentação, cujo valor atual é de R$ 304, com o Executivo federal. Amanhã, está marcado um protesto em frente ao HUB, a partir das 11h, na L2 Norte. Decidida durante assembleia em 31 de maio, a paralisação faz parte de um movimento nacional conduzido pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), 30% dos concursados atenderão à população durante o ato, o que respeita o limite estabelecido legalmente. O presidente da entidade, Mauro Mendes, garante que o movimento não prejudicará a população. "Não podemos de forma alguma fazer uma greve que venha a lesar as pessoas que necessitam de atendimento. Temos experimentos na universidade que não podem parar, por exemplo", explica. Segundo Mendes, os servidores tiveram o último aumento salarial em 2007. "O vencimento dos servidores de nível superior não chega a R$ 3 mil, enquanto que, para o médio, chega a R$ 1,8 mil", detalhou Mauro. Para ele, o baixo salário é o fator determinante para que muitos dos aprovados em concursos da instituição abandonem os cargos. "Os convocados chegam até a tomar posse, mas não ficam porque a remuneração não é atrativa", acredita. Há, atualmente 2.758 servidores ativos e cerca de 850 aposentados. Representantes do Sintfub participaram de várias reuniões nos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação neste ano para tratar do assunto. O prazo estabelecido pelas pastas para apresentar propostas foi 31 de junho. No entanto, 20 dias antes, o governo federal instituiu a Medida Provisória nº 568, assinada pela presidente Dilma Rousseff. O texto reduz os salários dos médicos, uma das categorias que faz parte do sindicato, e o valor da insalubridade. "Depois desse anúncio, que limita o benefício para R$ 220 (antes, chegava a R$ 600), colocamos mais gasolina para a mobilização, prevista para ocorrer somente em junho, e foi antecipado", ressaltou. Representantes dos dois ministérios foram procurados ontem pela reportagem, mas, até o fechamento da edição, ninguém atendeu os telefonemas. Paralisação Até o fim de maio, do total de 59 universidades federais, 48 haviam aderido à paralisação no país. Na UnB, cerca de 80% dos departamentos estavam com as atividades paradas, segundo estimativa do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) apresentada à época. Para saber mais Falta de investimento público Em fevereiro, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) propôs ao governo federal uma nova estrutura de progressão da carreira, com 13 níveis de cargo e acréscimo salarial de 5%, conforme o avanço na profissão. Mas os docentes conseguiram só um reajuste real de 4% garantido por meio da MP nº 568. Assim, a greve nacional das universidades federais começou no último dia 17. Em 28 de maio, os funcionários da UnB se juntaram aos demais servidores públicos federais em manifestação realizada na Esplanada dos Ministérios. O ato chamou a atenção do governo para aos problemas da falta de investimento no serviço público. Desde então, a maioria dos departamentos da UnB, como a Faculdade de Estudos Socias (foto), paralisaram as atividades.

A partir de hoje, servidores que cumpremjornada de trabalho na biblioteca e nohospital universitário se juntam a alunose professores em paralisação nacional

Além dos professores e dos alunos da Universidade de Brasília (UnB), os servidores técnico-administrativos da instituição de ensino superior decidiram aderir ao movimento grevista por melhores condições na carreira. A partir de hoje, médicos, vigilantes, veterinários, bibliotecários e arquivologistas cruzarão os braços por tempo indeterminado. A paralisação atingirá aqueles que recorrem aos serviços de diversos setores, como os da Biblioteca Central, do Restaurante Universitário (RU) e do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os educadores da UnB estão em greve desde 21 de maio.

Os técnico-administrativos reivindicam piso de três salários mínimos, estepe de 5% (acréscimo de progressão de carreira), reposicionamento dos aposentados que não atingiram o nível máximo da carreira, realização de concursos públicos e equiparação do tíquete-alimentação, cujo valor atual é de R$ 304, com o Executivo federal. Amanhã, está marcado um protesto em frente ao HUB, a partir das 11h, na L2 Norte. Decidida durante assembleia em 31 de maio, a paralisação faz parte de um movimento nacional conduzido pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), 30% dos concursados atenderão à população durante o ato, o que respeita o limite estabelecido legalmente. O presidente da entidade, Mauro Mendes, garante que o movimento não prejudicará a população. "Não podemos de forma alguma fazer uma greve que venha a lesar as pessoas que necessitam de atendimento. Temos experimentos na universidade que não podem parar, por exemplo", explica.
Segundo Mendes, os servidores tiveram o último aumento salarial em 2007. "O vencimento dos servidores de nível superior não chega a R$ 3 mil, enquanto que, para o médio, chega a R$ 1,8 mil", detalhou Mauro. Para ele, o baixo salário é o fator determinante para que muitos dos aprovados em concursos da instituição abandonem os cargos. "Os convocados chegam até a tomar posse, mas não ficam porque a remuneração não é atrativa", acredita. Há, atualmente 2.758 servidores ativos e cerca de 850 aposentados.

Representantes do Sintfub participaram de várias reuniões nos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Educação neste ano para tratar do assunto. O prazo estabelecido pelas pastas para apresentar propostas foi 31 de junho. No entanto, 20 dias antes, o governo federal instituiu a Medida Provisória nº 568, assinada pela presidente Dilma Rousseff. O texto reduz os salários dos médicos, uma das categorias que faz parte do sindicato, e o valor da insalubridade. "Depois desse anúncio, que limita o benefício para R$ 220 (antes, chegava a R$ 600), colocamos mais gasolina para a mobilização, prevista para ocorrer somente em junho, e foi antecipado", ressaltou. Representantes dos dois ministérios foram procurados ontem pela reportagem, mas, até o fechamento da edição, ninguém atendeu os telefonemas.

Paralisação

Até o fim de maio, do total de 59 universidades federais, 48 haviam aderido à paralisação no país. Na UnB, cerca de 80% dos departamentos estavam com as atividades paradas, segundo estimativa do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) apresentada à época.

Para saber mais

Falta de investimento público

Em fevereiro, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) propôs ao governo federal uma nova estrutura de progressão da carreira, com 13 níveis de cargo e acréscimo salarial de 5%, conforme o avanço na profissão. Mas os docentes conseguiram só um reajuste real de 4% garantido por meio da MP nº 568. Assim, a greve nacional das universidades federais começou no último dia 17. Em 28 de maio, os funcionários da UnB se juntaram aos demais servidores públicos federais em manifestação realizada na Esplanada dos Ministérios. O ato chamou a atenção do governo para aos problemas da falta de investimento no serviço público. Desde então, a maioria dos departamentos da UnB, como a Faculdade de Estudos Socias (foto), paralisaram as atividades.

FONTE: Correio Braziliense

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