A Bovespa ensaiou um movimento de alta ontem, mas o cenário externo adverso tirou o ânimo dos investidores e levou o principal índice da bolsa paulista a fechar no menor patamar desde outubro de 2011, abaixo dos 53 mil pontos, ampliando as apostas de que o índice deve engrenar um movimento de queda mais consistente nas próximas sessões caso a crise na Zona do Euro não seja estancada. O Ibovespa fechou em baixa de 1,75%, a 52.481 pontos, no menor nível do ano. Mas, pela manhã, chegou a subir a 0,94%, acompanhando as bolsas europeias, animadas com a possibilidade de que o G-7 venha a adotar medidas mais concretas de apoio aos países da Zona do Euro. O giro financeiro do pregão foi de apenas R$ 5,05 bilhões. "O que eu não estava entendendo hoje é por que a bolsa estava subindo de manhã, se o cenário continua ruim e pessimista lá fora... À tarde, o Ibovespa acelerou a queda, mas se a gente perguntar: saiu alguma coisa que justifique? Sim, saiu comprador da bolsa e sobrou só gente querendo vender", disse o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença. Com esse resultado, a Bovespa também se descolou da bolsa norte-americana, que fechou em alta e acompanhou o movimento de queda da bolsa de Atenas, epicentro da crise. O principal índice da bolsa grega recuou 5,09%, fechando a 476,36 pontos, o nível mais baixo desde 3 de janeiro de 1990. O temor dos investidores é que as eleições em 17 de junho, repitam o resultado em 6 de maio, que, por falta de acordo, levou os partidos Nova Democracia (ND) e Pasok, que defendem o resgate do país pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de austeridade, a não formarem gabinete. O partido radical de esquerda Syriza é contra o resgate e está em segundo lugar nas pesquisas. Já as bolsas europeias, inclusive a de Madri, fecharam em ligeira alta. Nem o fato de o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, ter confirmado ao Senado que a economia do país vive um momento grave e ter dito que "a Europa precisa apoiar quem está em dificuldades e necessita integração fiscal, com uma autoridade fiscal e uma união bancária com euronbônus, com um supervisor bancário e com um fundo de garantia dos depósitos europeus", influiu nos resultados. Serviços nos EUA O indicador do setor de serviços dos Estados Unidos teve ligeira alta em maio, mostrando melhoras em novas encomendas, segundo o relatório do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) divulgado ontem. O ISM informou que seu índice de serviços subiu para 53,7 ante 53,5 em abril, portanto acima das previsões dos analistas, que apostavam na estabilidade do indicador. Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor. Só que o índice de emprego caiu para o menor nível desde novembro de 2011, o que evidencia o fraco crescimento norte-americano.
A Bovespa ensaiou um movimento de alta ontem, mas o cenário externo adverso tirou o ânimo dos investidores e levou o principal índice da bolsa paulista a fechar no menor patamar desde outubro de 2011, abaixo dos 53 mil pontos, ampliando as apostas de que o índice deve engrenar um movimento de queda mais consistente nas próximas sessões caso a crise na Zona do Euro não seja estancada.
O Ibovespa fechou em baixa de 1,75%, a 52.481 pontos, no menor nível do ano. Mas, pela manhã, chegou a subir a 0,94%, acompanhando as bolsas europeias, animadas com a possibilidade de que o G-7 venha a adotar medidas mais concretas de apoio aos países da Zona do Euro. O giro financeiro do pregão foi de apenas R$ 5,05 bilhões.
"O que eu não estava entendendo hoje é por que a bolsa estava subindo de manhã, se o cenário continua ruim e pessimista lá fora... À tarde, o Ibovespa acelerou a queda, mas se a gente perguntar: saiu alguma coisa que justifique? Sim, saiu comprador da bolsa e sobrou só gente querendo vender", disse o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença.
Com esse resultado, a Bovespa também se descolou da bolsa norte-americana, que fechou em alta e acompanhou o movimento de queda da bolsa de Atenas, epicentro da crise.
O principal índice da bolsa grega recuou 5,09%, fechando a 476,36 pontos, o nível mais baixo desde 3 de janeiro de 1990. O temor dos investidores é que as eleições em 17 de junho, repitam o resultado em 6 de maio, que, por falta de acordo, levou os partidos Nova Democracia (ND) e Pasok, que defendem o resgate do país pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de austeridade, a não formarem gabinete. O partido radical de esquerda Syriza é contra o resgate e está em segundo lugar nas pesquisas.
Já as bolsas europeias, inclusive a de Madri, fecharam em ligeira alta. Nem o fato de o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, ter confirmado ao Senado que a economia do país vive um momento grave e ter dito que "a Europa precisa apoiar quem está em dificuldades e necessita integração fiscal, com uma autoridade fiscal e uma união bancária com euronbônus, com um supervisor bancário e com um fundo de garantia dos depósitos europeus", influiu nos resultados.
Serviços nos EUA
O indicador do setor de serviços dos Estados Unidos teve ligeira alta em maio, mostrando melhoras em novas encomendas, segundo o relatório do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) divulgado ontem. O ISM informou que seu índice de serviços subiu para 53,7 ante 53,5 em abril, portanto acima das previsões dos analistas, que apostavam na estabilidade do indicador. Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor. Só que o índice de emprego caiu para o menor nível desde novembro de 2011, o que evidencia o fraco crescimento norte-americano.
FONTE: Correio Braziliense