Dólar retoma os R$ 2, e BC apenas observa

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O câmbio local não escapou da piora de humor externo que pautou o pregão de quarta-feira. O dólar comercial fechou com alta de 1,51%, a R$ 2,016 na venda. Agora em maio, o preço da moeda americana acumula valorização de 5,72%. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar para junho ganhou 1,20%, indo a R$ 2,0175. Esse contrato expira ao fim do pregão de hoje e a referência fica com o dólar com entrega para julho. Esse contrato terminou o dia a R$ 2,027, alta de 1,09%. O Banco Central (BC) apenas assistiu à movimentação no dia. E, de acordo com um gestor, a autoridade monetária não tinha outra coisa a fazer. Se a ideia é manter a coerência com o discurso de que as atuações no mercado de câmbio buscam conter a volatilidade e não sugerir níveis de preço, o BC não teria mesmo motivos para atuar na quarta-feira. A queda do real ficou alinhada com o que aconteceu no ambiente externo. E a moeda brasileira não ficou descolada de seus pares emergentes; de fato, o real caiu menos do que o rand sul-africano, peso mexicano e dólar australiano. Ao retomar as ofertas de swap cambial (venda de dólar no mercado futuro), o BC colocou uma "espada" na cabeça do mercado. O comprador de dólar corre o risco de perder dinheiro caso o BC anuncie um leilão de venda, por isso, a valorização acontece de forma mais comedida. Na semana passada, quando a moeda americana testou a linha de R$ 2,10, o BC intensificou a oferta de swap cambial. Olhando para o câmbio externo, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subiu 0,65%, a 83,06 pontos. Já o euro sofreu com a desconfiança dos investidores em relação ao setor financeiro e a capacidade de financiamento do governo espanhol. A moeda comum caiu 1,05%, a US$ 1,237, menor preço em quase dois anos. Ilustrando a aversão ao risco que pauto o dia, o VIX, índice que mede a volatilidade das opções no mercado americano e é visto como um termômetro do medo do mercado, saltou quase 15%, para 24,14 pontos. Enquanto o VIX espirra para cima, a taxa de retorno dos títulos americanos aponta para baixo. A taxa para o papel de 10 anos caiu a 1,625% ontem, nova mínima histórica. Em 2008, no auge da crise, o custo de financiamento americano estava em 2,13%. No mercado de juros futuros, o pregão que antecedeu a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou queda nas taxas de curto prazo. Tal movimentação sugere que os investidores reforçaram o posicionamento para um corte de meio ponto percentual na Selic. O Copom anunciou, após o fechamento do mercado, a redução da taxa básica em 0,50 ponto percentual. Nas mesas de operações durante o dia, não faltavam conversas sobre posições à espera de cortes de 0,25 ponto e 0,75 ponto na taxa.

O câmbio local não escapou da piora de humor externo que pautou o pregão de quarta-feira. O dólar comercial fechou com alta de 1,51%, a R$ 2,016 na venda. Agora em maio, o preço da moeda americana acumula valorização de 5,72%.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar para junho ganhou 1,20%, indo a R$ 2,0175. Esse contrato expira ao fim do pregão de hoje e a referência fica com o dólar com entrega para julho. Esse contrato terminou o dia a R$ 2,027, alta de 1,09%.

O Banco Central (BC) apenas assistiu à movimentação no dia. E, de acordo com um gestor, a autoridade monetária não tinha outra coisa a fazer.

Se a ideia é manter a coerência com o discurso de que as atuações no mercado de câmbio buscam conter a volatilidade e não sugerir níveis de preço, o BC não teria mesmo motivos para atuar na quarta-feira.

A queda do real ficou alinhada com o que aconteceu no ambiente externo. E a moeda brasileira não ficou descolada de seus pares emergentes; de fato, o real caiu menos do que o rand sul-africano, peso mexicano e dólar australiano.

Ao retomar as ofertas de swap cambial (venda de dólar no mercado futuro), o BC colocou uma "espada" na cabeça do mercado.

O comprador de dólar corre o risco de perder dinheiro caso o BC anuncie um leilão de venda, por isso, a valorização acontece de forma mais comedida.

Na semana passada, quando a moeda americana testou a linha de R$ 2,10, o BC intensificou a oferta de swap cambial.

Olhando para o câmbio externo, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subiu 0,65%, a 83,06 pontos.

Já o euro sofreu com a desconfiança dos investidores em relação ao setor financeiro e a capacidade de financiamento do governo espanhol. A moeda comum caiu 1,05%, a US$ 1,237, menor preço em quase dois anos.

Ilustrando a aversão ao risco que pauto o dia, o VIX, índice que mede a volatilidade das opções no mercado americano e é visto como um termômetro do medo do mercado, saltou quase 15%, para 24,14 pontos.

Enquanto o VIX espirra para cima, a taxa de retorno dos títulos americanos aponta para baixo. A taxa para o papel de 10 anos caiu a 1,625% ontem, nova mínima histórica. Em 2008, no auge da crise, o custo de financiamento americano estava em 2,13%.

No mercado de juros futuros, o pregão que antecedeu a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou queda nas taxas de curto prazo. Tal movimentação sugere que os investidores reforçaram o posicionamento para um corte de meio ponto percentual na Selic. O Copom anunciou, após o fechamento do mercado, a redução da taxa básica em 0,50 ponto percentual.

Nas mesas de operações durante o dia, não faltavam conversas sobre posições à espera de cortes de 0,25 ponto e 0,75 ponto na taxa.

FONTE: Valor Econômico

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