O pacote de incentivos à venda de carros anunciado pelo governo há uma semana levou muita tente, no sábado e no domingo, aos feirões das principais montadoras do País: mais para tirar dúvidas e passear, é verdade, do que para fechar negócio. Os feirões, promovidos em São Paulo, pela Fiat, Volkswagen e General Motors, até conseguiram atrair mais potenciais compradores do que nos primeiros eventos do ano - considerados um fracasso pelos vendedores de carro. Mas ficou abaixo das expectativas de quem imaginava que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ressuscitaria a euforia dos consumidores para realizar o sonho de comprar o carro zero. Foi preciso gastar muita saliva para convencer os interessados a levar o carro pra casa. "Geralmente, em feirões, levamos em média 20 minutos para fechar uma venda porque o cliente já vem com a intenção de comprar", disse o diretor da concessionária Amazonas, José Ramde Jardim, que estava ontem no feirão da Fiat. "Neste fim de semana, a média foi de 50 minutos porque o cliente chega desconfiado." São dúvidas como as do casal de administradores Samantha Siqueira e Eduardo Damico, ambos com 29 anos, que queriam entender por que o carro usado, que eles pretendiam dar de entrada, havia desvalorizado tanto de uma semana para outra. "O desconto também não é tudo isso que anunciaram", disse ele, antes de deixar o feirão da GM, em São Caetano. "O que se ganha com a redução do imposto a gente perde com a taxa de juros." Muita gente se confundiu na hora de calcular a redução do imposto sobre o modelo que queria comprar e acabou se frustrando com os preços. O IPI só foi zerado para modelos 1.0 nacionais. Para modelos com motor flex acima de 1.0 até 2.0, o corte do IPI foi de 5,5%. Também houve redução de 2,5% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos empréstimos. "Esse incentivo era para ajudar a gente a vender mais, mas ainda não pegou", diz o gerente da concessionária Fiat Auguri, Marcus Wellington. "Esperávamos vender 30% a mais no feirão e o incremento não passou de 10%." Até as 15h de ontem, as nove revendedoras de veículos Fiat que participavam do feirão, no Aeroporto Campo de Marte em São Paulo, venderam 412 veículos novos - contra os cerca de 480 que foram comercializados no último feirão.
O pacote de incentivos à venda de carros anunciado pelo governo há uma semana levou muita tente, no sábado e no domingo, aos feirões das principais montadoras do País: mais para tirar dúvidas e passear, é verdade, do que para fechar negócio. Os feirões, promovidos em São Paulo, pela Fiat, Volkswagen e General Motors, até conseguiram atrair mais potenciais compradores do que nos primeiros eventos do ano - considerados um fracasso pelos vendedores de carro. Mas ficou abaixo das expectativas de quem imaginava que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ressuscitaria a euforia dos consumidores para realizar o sonho de comprar o carro zero.
Foi preciso gastar muita saliva para convencer os interessados a levar o carro pra casa. "Geralmente, em feirões, levamos em média 20 minutos para fechar uma venda porque o cliente já vem com a intenção de comprar", disse o diretor da concessionária Amazonas, José Ramde Jardim, que estava ontem no feirão da Fiat. "Neste fim de semana, a média foi de 50 minutos porque o cliente chega desconfiado."
São dúvidas como as do casal de administradores Samantha Siqueira e Eduardo Damico, ambos com 29 anos, que queriam entender por que o carro usado, que eles pretendiam dar de entrada, havia desvalorizado tanto de uma semana para outra. "O desconto também não é tudo isso que anunciaram", disse ele, antes de deixar o feirão da GM, em São Caetano. "O que se ganha com a redução do imposto a gente perde com a taxa de juros."
Muita gente se confundiu na hora de calcular a redução do imposto sobre o modelo que queria comprar e acabou se frustrando com os preços. O IPI só foi zerado para modelos 1.0 nacionais. Para modelos com motor flex acima de 1.0 até 2.0, o corte do IPI foi de 5,5%. Também houve redução de 2,5% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos empréstimos.
"Esse incentivo era para ajudar a gente a vender mais, mas ainda não pegou", diz o gerente da concessionária Fiat Auguri, Marcus Wellington. "Esperávamos vender 30% a mais no feirão e o incremento não passou de 10%."
Até as 15h de ontem, as nove revendedoras de veículos Fiat que participavam do feirão, no Aeroporto Campo de Marte em São Paulo, venderam 412 veículos novos - contra os cerca de 480 que foram comercializados no último feirão.
FONTE: O Estado de S. Paulo