Anvisa estuda autoatendimento nas farmácias

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Depois de três anos, medicamentos isentos de prescrição médica podem voltar para as prateleiras das farmácias - a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocou em consulta pública a medida que reverte a proibição de que esses remédios ficassem em gôndolas. No entanto, algumas instituições defendem que a medida pode levar riscos àqueles que usam estes medicamentos de forma indiscriminada. Em 2009, a Anvisa havia proibido o livre acesso dos consumidores a quaisquer medicamentos sem a intermediação de um farmacêutico, mesmo no caso de remédios que dispensam receita médica, como aspirinas, pomadas, analgésicos e antitérmicos. Desde então, a medida é motivo de discordância entre entidades do setor e a agência - mesmo com a proibição, algumas redes de farmácias em todo o Brasil continuaram vendendo os medicamentos nas prateleiras, graças a liminares. Segundo a Anvisa, não foram observadas diminuições no índice de intoxicações por medicação indevida, mas houve uma grande concentração de mercado no período em que os medicamentos ficaram longe do alcance dos consumidores nas drogarias. A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) defende a possibilidade de que alguns medicamentos voltem às gôndolas. O presidente-executivo da associação, Sérgio Mena Barreto, defende que é um direito do consumidor poder escolher livremente qual medicamento quer. "A situação favoreceu medicamentos de fabricantes que têm melhor relacionamento com as farmácias. Além disso, a restrição gerou mais filas e um maior tempo de espera em farmácias e drogarias", argumenta. Barreto explica que é uma tendência mundial deixar os remédios sem tarja nas gôndolas e que o Brasil segue os passos do Chile, que restringiu o acesso do público aos medicamentos nas farmácias e, depois, reconheceu o equívoco. "Ficou institucionalizada a `empurroterapia´, uma vez que se transferiu para um funcionário da farmácia a decisão da compra", afirma Barreto. Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa dos Consumidores (Proteste), vê com bons olhos a consulta pública, desde que os consumidores sejam os beneficiados, deixando de lado os interesses das indústrias e instituições envolvidas. "É preciso preservar a saúde dos consumidores. A intoxicação e automedicação são problemas reais e é preciso evitá-los", defende. Entretanto, ela lembra que é preciso criar formas de fiscalização do consumo indiscriminado destes produtos caso os remédios voltem às gôndolas. Até 13 de maio, os interessados podem enviar suas sugestões para a Anvisa pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.; pelo fax (61) 3462-5674, ou por escrito (Anvisa - Setor de Indústria e Abastecimento, Trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71205-050). (Fonte: Correio do Povo)

Depois de três anos, medicamentos isentos de prescrição médica podem voltar para as prateleiras das farmácias – a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocou em consulta pública a medida que reverte a proibição de que esses remédios ficassem em gôndolas. No entanto, algumas instituições defendem que a medida pode levar riscos àqueles que usam estes medicamentos de forma indiscriminada.

Em 2009, a Anvisa havia proibido o livre acesso dos consumidores a quaisquer medicamentos sem a intermediação de um farmacêutico, mesmo no caso de remédios que dispensam receita médica, como aspirinas, pomadas, analgésicos e antitérmicos. Desde então, a medida é motivo de discordância entre entidades do setor e a agência – mesmo com a proibição, algumas redes de farmácias em todo o Brasil continuaram vendendo os medicamentos nas prateleiras, graças a liminares. Segundo a Anvisa, não foram observadas diminuições no índice de intoxicações por medicação indevida, mas houve uma grande concentração de mercado no período em que os medicamentos ficaram longe do alcance dos consumidores nas drogarias.

A Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) defende a possibilidade de que alguns medicamentos voltem às gôndolas. O presidente-executivo da associação, Sérgio Mena Barreto, defende que é um direito do consumidor poder escolher livremente qual medicamento quer. “A situação favoreceu medicamentos de fabricantes que têm melhor relacionamento com as farmácias. Além disso, a restrição gerou mais filas e um maior tempo de espera em farmácias e drogarias”, argumenta.

Barreto explica que é uma tendência mundial deixar os remédios sem tarja nas gôndolas e que o Brasil segue os passos do Chile, que restringiu o acesso do público aos medicamentos nas farmácias e, depois, reconheceu o equívoco. “Ficou institucionalizada a ‘empurroterapia’, uma vez que se transferiu para um funcionário da farmácia a decisão da compra”, afirma Barreto.

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa dos Consumidores (Proteste), vê com bons olhos a consulta pública, desde que os consumidores sejam os beneficiados, deixando de lado os interesses das indústrias e instituições envolvidas. “É preciso preservar a saúde dos consumidores. A intoxicação e automedicação são problemas reais e é preciso evitá-los”, defende. Entretanto, ela lembra que é preciso criar formas de fiscalização do consumo indiscriminado destes produtos caso os remédios voltem às gôndolas.

Até 13 de maio, os interessados podem enviar suas sugestões para a Anvisa pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.; pelo fax (61) 3462-5674, ou por escrito (Anvisa – Setor de Indústria e Abastecimento, Trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71205-050)

FONTE: Correio do Povo

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