Em 4G, modelo de leilão e preço de aparelho são desafio

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A proximidade dos grandes eventos esportivos programados para o Brasil a partir da Copa das Confederações, em 2013, está colaborando para o clima de expectativa otimista que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem demonstrado em relação ao leilão de quarta geração de telefonia móvel (4G), agendado para 12 de junho. O sucesso dependerá dos participantes da licitação e, principalmente, do valor arrecadado, estimado por analistas em R$ 6 bilhões. Como boa vendedora, a agência tem anunciado repetidamente que há muitos interessados nas faixas de frequência, inclusive companhias estrangeiras que ainda não atuam no mercado local. O leilão de terceira geração, realizado em 2007, arrecadou R$ 5,338 bilhões, com um ágio de 86,67%, muito acima dos tímidos 25% previstos inicialmente pela agência reguladora. Em dezembro de 2010, a venda da banda H e sobras de frequência renderam ao governo R$ 2,7 bilhões (ágio de 30,59%). Antes disso, em 2004, a privatização das empresas do Sistema Telebras levou US$ 22 bilhões [o equivalente hoje a R$ 41,47 bilhões] para os cofres públicos. Na ocasião, a acirrada disputa pelas antigas teles entre consórcios de operadoras internacionais e investidores, movimentou o setor de telefonia no país, ávido por investimentos, aumento da infraestrutura instalada, ampla oferta de linhas telefônicas e menor preço. O consumidor médio não acompanhava com detalhes o fatiamento do país em territórios pelos grandes grupos econômicos de telefonia, majoritariamente internacionais. Mas sabia o que queria: parar de financiar a expansão do serviço e não precisar esperar de um a dois anos para conseguir uma linha - onde a rede chegava. No caso do celular, muitos consumidores que não conseguiam uma carta de crédito que, depois de algum tempo, seria trocada por uma linha, recorriam ao mercado paralelo, onde pagavam um ágio para ter um telefone móvel. Os recursos privados impulsionaram os investimentos e o cenário foi mudando rapidamente. Novas tecnologias surgiram, criando outras necessidades. Hoje, é difícil imaginar o mundo sem celular e internet. E é justamente para adequar as necessidades a esse ambiente evolutivo que a Anatel vai leiloar as frequências de 4G. A imensa quantidade de dados, imagens e vídeos já não é bem suportada pela infraestrutura de 3G. Com os eventos esportivos e a chegada de turistas portando seus aparelhos de nova geração, o tráfego se multiplicará. Ainda é preciso ver como as operadoras reagirão às ofertas combinadas de 2,5 gigahertz, ideal para grandes áreas, com a de 450 megahertz, própria para zonas rurais. O preço dos aparelhos 4G também será um desafio, já que essa frequência não é escolha unânime entre os países que fazem parte da União Internacional das Telecomunicações (ITU, em inglês).

A proximidade dos grandes eventos esportivos programados para o Brasil a partir da Copa das Confederações, em 2013, está colaborando para o clima de expectativa otimista que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem demonstrado em relação ao leilão de quarta geração de telefonia móvel (4G), agendado para 12 de junho. O sucesso dependerá dos participantes da licitação e, principalmente, do valor arrecadado, estimado por analistas em R$ 6 bilhões. Como boa vendedora, a agência tem anunciado repetidamente que há muitos interessados nas faixas de frequência, inclusive companhias estrangeiras que ainda não atuam no mercado local.

O leilão de terceira geração, realizado em 2007, arrecadou R$ 5,338 bilhões, com um ágio de 86,67%, muito acima dos tímidos 25% previstos inicialmente pela agência reguladora. Em dezembro de 2010, a venda da banda H e sobras de frequência renderam ao governo R$ 2,7 bilhões (ágio de 30,59%). Antes disso, em 2004, a privatização das empresas do Sistema Telebras levou US$ 22 bilhões [o equivalente hoje a R$ 41,47 bilhões] para os cofres públicos. Na ocasião, a acirrada disputa pelas antigas teles entre consórcios de operadoras internacionais e investidores, movimentou o setor de telefonia no país, ávido por investimentos, aumento da infraestrutura instalada, ampla oferta de linhas telefônicas e menor preço.

O consumidor médio não acompanhava com detalhes o fatiamento do país em territórios pelos grandes grupos econômicos de telefonia, majoritariamente internacionais. Mas sabia o que queria: parar de financiar a expansão do serviço e não precisar esperar de um a dois anos para conseguir uma linha - onde a rede chegava. No caso do celular, muitos consumidores que não conseguiam uma carta de crédito que, depois de algum tempo, seria trocada por uma linha, recorriam ao mercado paralelo, onde pagavam um ágio para ter um telefone móvel.

Os recursos privados impulsionaram os investimentos e o cenário foi mudando rapidamente. Novas tecnologias surgiram, criando outras necessidades. Hoje, é difícil imaginar o mundo sem celular e internet. E é justamente para adequar as necessidades a esse ambiente evolutivo que a Anatel vai leiloar as frequências de 4G. A imensa quantidade de dados, imagens e vídeos já não é bem suportada pela infraestrutura de 3G. Com os eventos esportivos e a chegada de turistas portando seus aparelhos de nova geração, o tráfego se multiplicará.

Ainda é preciso ver como as operadoras reagirão às ofertas combinadas de 2,5 gigahertz, ideal para grandes áreas, com a de 450 megahertz, própria para zonas rurais. O preço dos aparelhos 4G também será um desafio, já que essa frequência não é escolha unânime entre os países que fazem parte da União Internacional das Telecomunicações (ITU, em inglês).

FONTE: Valor Econômico

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