Os brasileiros deixaram um recorde de dólares no exterior no primeiro trimestre de 2012. Os gastos em viagens internacionais chegaram a US$ 5,4 bilhões, 13% a mais do que no mesmo período de 2011. O valor, que supera os de toda a série histórica dos dados apurados pelo Banco Central desde 1947, traduz a superlotação verificada nos aeroportos do país. Apesar do resultado acumulado espetacular, os números de março já mostram que o encarecimento da moeda norte-americana começou a reduzir o ânimo dos turistas, que despenderam US$ 997 milhões lá fora, ou seja, 3,7% a menos do que no mesmo mês do ano passado. Enquanto isso, os estrangeiros, ao contrário, deixaram 3,4% a mais em recursos no Brasil. Para a economista do Santander Adriana Dupita, a queda registrada no mês de março é, principalmente, efeito da redução no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no país. %u201CHouve um aumento expressivo no número de viagens até agosto, setembro do ano passado. Depois caiu porque a atividade econômica perdeu um pouco do brilho e o dólar ficou mais caro%u201D, observa. Na avaliação da economista, a melhora no deficit em conta-corrente do país também decorre do crescimento mais tímido do PIB. %u201CA principal causa da queda no deficit foi a redução nas remessas de lucros e dividendos. Para que as empresas estrangeiras obtenham lucros no Brasil, a atividade econômica e a inflação contam. Outro fator que influencia é a taxa de câmbio média do período, pois elas precisam fazer a conversão na hora de remeter%u201D, explica Adriana. Em março, o Brasil registrou deficit em transações correntes de US$ 3,320 bilhões, enquanto o Banco Central projetava US$ 4,5 bilhões. No acumulado em 12 meses, somou US$ 12,113 bilhões, equivalentes a 1,98% do Produto Interno Bruto (PIB). As remessas de lucros e dividendos feitas pelas multinacionais somaram US$ 1,965 bilhão no mês. Um ano antes, elas alcançaram US$ 3,716 bilhões. %u201CA nossa expectativa é de que o deficit em transações correntes vá se ampliando ao longo do ano, na medida em que a atividade econômica aumente%u201D, afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel. O BC espera que o financiamento desse deficit seja feito pela entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED). No acumulado dos últimos 12 meses, o fluxo de IED alcança US$ 64,064 bilhões, o equivalente a 2,55% do PIB, o suficiente para cobrir o deficit de transações correntes.
Os brasileiros deixaram um recorde de dólares no exterior no primeiro trimestre de 2012. Os gastos em viagens internacionais chegaram a US$ 5,4 bilhões, 13% a mais do que no mesmo período de 2011. O valor, que supera os de toda a série histórica dos dados apurados pelo Banco Central desde 1947, traduz a superlotação verificada nos aeroportos do país.
Apesar do resultado acumulado espetacular, os números de março já mostram que o encarecimento da moeda norte-americana começou a reduzir o ânimo dos turistas, que despenderam US$ 997 milhões lá fora, ou seja, 3,7% a menos do que no mesmo mês do ano passado. Enquanto isso, os estrangeiros, ao contrário, deixaram 3,4% a mais em recursos no Brasil.
Para a economista do Santander Adriana Dupita, a queda registrada no mês de março é, principalmente, efeito da redução no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no país. %u201CHouve um aumento expressivo no número de viagens até agosto, setembro do ano passado. Depois caiu porque a atividade econômica perdeu um pouco do brilho e o dólar ficou mais caro%u201D, observa.
Na avaliação da economista, a melhora no deficit em conta-corrente do país também decorre do crescimento mais tímido do PIB. %u201CA principal causa da queda no deficit foi a redução nas remessas de lucros e dividendos. Para que as empresas estrangeiras obtenham lucros no Brasil, a atividade econômica e a inflação contam. Outro fator que influencia é a taxa de câmbio média do período, pois elas precisam fazer a conversão na hora de remeter%u201D, explica Adriana.
Em março, o Brasil registrou deficit em transações correntes de US$ 3,320 bilhões, enquanto o Banco Central projetava US$ 4,5 bilhões. No acumulado em 12 meses, somou US$ 12,113 bilhões, equivalentes a 1,98% do Produto Interno Bruto (PIB). As remessas de lucros e dividendos feitas pelas multinacionais somaram US$ 1,965 bilhão no mês. Um ano antes, elas alcançaram US$ 3,716 bilhões. %u201CA nossa expectativa é de que o deficit em transações correntes vá se ampliando ao longo do ano, na medida em que a atividade econômica aumente%u201D, afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel.
O BC espera que o financiamento desse deficit seja feito pela entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED). No acumulado dos últimos 12 meses, o fluxo de IED alcança US$ 64,064 bilhões, o equivalente a 2,55% do PIB, o suficiente para cobrir o deficit de transações correntes.
FONTE: Correio Braziliense