Bancos resistem a planos de capitalização

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Os bancos de Wall Street estão resistindo a um plano do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, para limitar suas exposições de crédito a companhias e governos individuais. Eles afirmam que isso vai remover uma liquidez combinada de US$ 1,2 trilhão do Goldman Sachs, J.P. Morgan Chase, Morgan Stanley, Bank of America e Citigroup. David Viniar, diretor financeiro do Goldman; Ruth Porat, diretora financeira do Morgan Stanley e seus colegas de seis outros bancos afirmaram, três semanas atrás em um encontro com Daniel Tarullo, membro do conselho diretor do Fed, que o plano vai prejudicar a liquidez, segundo informaram fontes familiarizadas com as conversações. Os bancos alertaram que as medidas propostas também vão afetar os mercados internacionais porque suas posições em bônus de governos estrangeiros serão limitadas pelos tetos. O limite único de contrapartida foi parte das reformas implementadas pela lei Dodd-Frank, que estão sendo implementadas pelas autoridades reguladoras americanas, incluindo o Fed, e que deverão entrar em vigor no ano que vem. Para tentar impedir um efeito dominó, a lei limita o tamanho da exposição que os bancos podem ter a uma única contraparte a 25% de seus capitais regulatórios. O Fed está propondo ir além, acrescentando um limite de 10% ao tamanho da exposição que grupos financeiros com mais de US$ 500 bilhões em ativos podem ter uns com os outros. Em um estudo preliminar não publicado, a Clearing House, uma associação de classe da indústria bancária, usou dados fornecidos pelos cinco maiores bancos americanos em Wall Street para estimar o efeito da proposta. Ele encontrou 65 violações de limite com 22 contrapartes diferentes e US$ 1,2 trilhão em créditos que teriam que ser cortados. Os bancos estão pressionando o Fed para que o banco central americano permita usar seus modelos internos para calcular a exposição de contrapartida, o que iria reduzir a exposição em excesso para US$ 450 bilhões, segundo o estudo da Clearing House, que deverá ser ampliado com mais dados dos bancos e submetido ao Fed mais para o fim do mês. "A questão-chave é como definir e medir as exposições de crédito", diz Bob Chakravorti, principal economista da Clearing House, ele mesmo um ex-funcionário do Fed. Ele acrescenta que a maneira sugerida pelo Fed é uma "medida crua que exagera nas exposições sob qualquer metodologia de cálculo razoável em um múltiplo significativo". No entanto, autoridades do Fed não vêm demonstrando nenhuma vontade de permitir que os bancos usem seus próprios modelos, temendo que isso possa facilitar a evasão. O cálculo da exposição por meio dos derivativos é uma das áreas mais espinhosas da discussão. Os proponentes da regra afirmam que o limite é apropriado e não há motivo para os grupos financeiros precisarem ter dezenas de bilhões de dólares em exposição a uma única contraparte.

Os bancos de Wall Street estão resistindo a um plano do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, para limitar suas exposições de crédito a companhias e governos individuais. Eles afirmam que isso vai remover uma liquidez combinada de US$ 1,2 trilhão do Goldman Sachs, J.P. Morgan Chase, Morgan Stanley, Bank of America e Citigroup.

David Viniar, diretor financeiro do Goldman; Ruth Porat, diretora financeira do Morgan Stanley e seus colegas de seis outros bancos afirmaram, três semanas atrás em um encontro com Daniel Tarullo, membro do conselho diretor do Fed, que o plano vai prejudicar a liquidez, segundo informaram fontes familiarizadas com as conversações.

Os bancos alertaram que as medidas propostas também vão afetar os mercados internacionais porque suas posições em bônus de governos estrangeiros serão limitadas pelos tetos.

O limite único de contrapartida foi parte das reformas implementadas pela lei Dodd-Frank, que estão sendo implementadas pelas autoridades reguladoras americanas, incluindo o Fed, e que deverão entrar em vigor no ano que vem.

Para tentar impedir um efeito dominó, a lei limita o tamanho da exposição que os bancos podem ter a uma única contraparte a 25% de seus capitais regulatórios. O Fed está propondo ir além, acrescentando um limite de 10% ao tamanho da exposição que grupos financeiros com mais de US$ 500 bilhões em ativos podem ter uns com os outros.

Em um estudo preliminar não publicado, a Clearing House, uma associação de classe da indústria bancária, usou dados fornecidos pelos cinco maiores bancos americanos em Wall Street para estimar o efeito da proposta. Ele encontrou 65 violações de limite com 22 contrapartes diferentes e US$ 1,2 trilhão em créditos que teriam que ser cortados.

Os bancos estão pressionando o Fed para que o banco central americano permita usar seus modelos internos para calcular a exposição de contrapartida, o que iria reduzir a exposição em excesso para US$ 450 bilhões, segundo o estudo da Clearing House, que deverá ser ampliado com mais dados dos bancos e submetido ao Fed mais para o fim do mês.

"A questão-chave é como definir e medir as exposições de crédito", diz Bob Chakravorti, principal economista da Clearing House, ele mesmo um ex-funcionário do Fed. Ele acrescenta que a maneira sugerida pelo Fed é uma "medida crua que exagera nas exposições sob qualquer metodologia de cálculo razoável em um múltiplo significativo".

No entanto, autoridades do Fed não vêm demonstrando nenhuma vontade de permitir que os bancos usem seus próprios modelos, temendo que isso possa facilitar a evasão. O cálculo da exposição por meio dos derivativos é uma das áreas mais espinhosas da discussão.

Os proponentes da regra afirmam que o limite é apropriado e não há motivo para os grupos financeiros precisarem ter dezenas de bilhões de dólares em exposição a uma única contraparte.

FONTE: Valor Econômico

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