Sono desregulado aumenta chances de obesidade em pessoas saudáveis

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Os três pilares para uma vida saudável consistem em ter boas noites de sono, alimentar-se adequadamente e praticar atividades físicas. Infelizmente, há pessoas que, por mais que consigam ter uma dieta balanceada e se exercitar, acabam dormindo pouco ou não conseguem conciliar a hora de descanso com o relógio biológico - caso de quem faz viagens internacionais constantes ou rotinas muito diversificadas. Essa falta de descanso, como constataram pesquisadores dos Estados Unidos, pode trazer problemas sérios ao organismo: além de aumentar as chances de a pessoa ficar obesa, o sono deficiente pode levar ao desenvolvimento do diabetes. Dormir bem está diretamente ligado à regulação do metabolismo. É durante o momento de repouso que o corpo produz determinados hormônios e repara as células danificadas, e o cérebro fixa as informações importantes na memória. Assim, a deficiência do sono reduz a velocidade do metabolismo, o que prejudica o emagrecimento. "Além disso, o indivíduo passa a ter menos energia para se exercitar e desenvolve preferência por alimentos pouco saudáveis, e em quantidades maiores que o habitual", explica ao Correio o líder da pesquisa publicada hoje na revista científica Science Translational Medicine, Orfeu Buxton, professor da Divisão de Medicina do Sono da Escola de Medicina de Harvard. "Em um ano, pode-se engordar 4,5kg com essa rotina desregrada", adverte o pesquisador, que também é neurocientista do Brigham and Women´s Hospital. Leia outras perguntas respondidas pelo autor da pesquisa, Orfeu Buxton, professor da Divisão de Medicina do Sono da Escola de Medicina de Harvard e autor da pesquisa. O que mais te impressionou nos resultados da pesquisa? Fiquei muito interessado pelo fato de que nosso estudo de restrição de sono e perturbação do ciclo do relógio biológico combinados teve resultados similares com o de pesquisas anteriores que focavam apenas nas poucas horas de sono. Ambos foram semelhantes ao mostrar os riscos de desenvolver diabetes e obesidade. As análises, no entanto, foram distintas em relação aos mecanismos ativados: a restrição do sono, por si só, não muda o metabolismo em repouso, mas muda a sensibilidade à insulina. Em contraste, a combinação de pouco tempo dormindo e interrupção do ciclo biológico reduziu a velocidade do metabolismo em repouso e diminuiu dramaticamente a resposta da insulina no pâncreas às refeições. Quais são os próximos passos da sua equipe com esse estudo? For a do laboratório, no mundo real, por que as pessoas não conseguem dormir o suficiente? Você se sente melhor e é mais agradável de estar perto quando dormiu bem. Estamos estudando os efeitos do local de trabalho e o estresse do emprego ou das incertezas financeiras nos riscos cardíacos e metabólicos influenciados pelo sono. A tecnologia também é um problema, trazendo cada vez mais conteúdo e publicidade, em detrimento do nosso sono. Há grandes forças mercadológicas que precisam que durmamos menos, de modo que nossos olhos possam ficar ocupados com propagandas. Queremos ajudar as pessoas a dormir melhor e em quantidade suficiente, além de aprenderem como superar todas as pressões da vida moderna.

Os três pilares para uma vida saudável consistem em ter boas noites de sono, alimentar-se adequadamente e praticar atividades físicas. Infelizmente, há pessoas que, por mais que consigam ter uma dieta balanceada e se exercitar, acabam dormindo pouco ou não conseguem conciliar a hora de descanso com o relógio biológico — caso de quem faz viagens internacionais constantes ou rotinas muito diversificadas. Essa falta de descanso, como constataram pesquisadores dos Estados Unidos, pode trazer problemas sérios ao organismo: além de aumentar as chances de a pessoa ficar obesa, o sono deficiente pode levar ao desenvolvimento do diabetes.

Dormir bem está diretamente ligado à regulação do metabolismo. É durante o momento de repouso que o corpo produz determinados hormônios e repara as células danificadas, e o cérebro fixa as informações importantes na memória. Assim, a deficiência do sono reduz a velocidade do metabolismo, o que prejudica o emagrecimento. “Além disso, o indivíduo passa a ter menos energia para se exercitar e desenvolve preferência por alimentos pouco saudáveis, e em quantidades maiores que o habitual”, explica ao Correio o líder da pesquisa publicada hoje na revista científica Science Translational Medicine, Orfeu Buxton, professor da Divisão de Medicina do Sono da Escola de Medicina de Harvard. “Em um ano, pode-se engordar 4,5kg com essa rotina desregrada”, adverte o pesquisador, que também é neurocientista do Brigham and Women’s Hospital.

 

Leia outras perguntas respondidas pelo autor da pesquisa, Orfeu Buxton, professor da Divisão de Medicina do Sono da Escola de Medicina de Harvard e autor da pesquisa.


O que mais te impressionou nos resultados da pesquisa?


Fiquei muito interessado pelo fato de que nosso estudo de restrição de sono e perturbação do ciclo do relógio biológico combinados teve resultados similares com o de pesquisas anteriores que focavam apenas nas poucas horas de sono. Ambos foram semelhantes ao mostrar os riscos de desenvolver diabetes e obesidade. As análises, no entanto, foram distintas em relação aos mecanismos ativados: a restrição do sono, por si só, não muda o metabolismo em repouso, mas muda a sensibilidade à insulina. Em contraste, a combinação de pouco tempo dormindo e interrupção do ciclo biológico reduziu a velocidade do metabolismo em repouso e diminuiu dramaticamente a resposta da insulina no pâncreas às refeições.


Quais são os próximos passos da sua equipe com esse estudo?


For a do laboratório, no mundo real, por que as pessoas não conseguem dormir o suficiente? Você se sente melhor e é mais agradável de estar perto quando dormiu bem. Estamos estudando os efeitos do local de trabalho e o estresse do emprego ou das incertezas financeiras nos riscos cardíacos e metabólicos influenciados pelo sono. A tecnologia também é um problema, trazendo cada vez mais conteúdo e publicidade, em detrimento do nosso sono. Há grandes forças mercadológicas que precisam que durmamos menos, de modo que nossos olhos possam ficar ocupados com propagandas. Queremos ajudar as pessoas a dormir melhor e em quantidade suficiente, além de aprenderem como superar todas as pressões da vida moderna.

FONTE: Correio Braziliense

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