Excluídos dizem que lobby falou mais alto

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Se o governo agradou uma parte do empresariado ao anunciar, na terça-feira, um pacote requentado de medidas para estimular a produção industrial, também estimulou uma legião de descontentes a partir para o ataque contra o que classificam de favores localizados. Setores discriminados pelo sexto plano patrocinado pelo Palácio do Planalto desde o fim de 2008 asseguram que, ao dar desonerações tributárias a um grupo que "fala mais alto", a presidente Dilma Rousseff criou uma anomalia no sistema que pode custar caro ao país, com a suspensão de investimentos em áreas estratégicas para o crescimento econômico do país. A gritaria vai dos setores de infraestrutura ao de alimentos. "Infelizmente, em vez de dar um tratamento igualitário a todo o setor produtivo, atendeu-se apenas os que têm lobbies mais fortes, os segmentos mais organizados", afirmou o presidente do Conselho Nacional da Pesca (Conepe), Fernando Ferreira. "Lamentamos que os setores agrícola e da pesca tenham ficado de fora do pacote. Somos muito importantes para a economia. Apenas nós faturamos R$ 8,5 bilhões por ano e empregamos 1,5 milhão de pessoas", acrescentou. Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Edmundo Klotz, o desânimo é grande, sobretudo porque, nos últimos anos, o setor foi o principal responsável pelo superavit da balança comercial do país, cobrindo, inclusive, segmentos deficitários. "Em 2011, exportamos US$ 44,8 bilhões e importamos apenas US$ 5,9 bilhões, computando um saldo positivo de US$ 38,9 bilhões", acrescentou. "Mas, apesar dessa força no comércio internacional, necessitamos de incentivos para ampliar sua competitividade e assumir um papel ainda mais importante no abastecimento mundial de alimentos", destacou. Na avaliação do presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro, o governo precisa estender a desoneração da folha de pagamento a todos os setores da economia. Segundo ele, é preciso lembrar que o varejo é responsável por 23% dos empregos com carteira assinada no país. Por isso, a substituição do recolhimento de 20% à Previdência Social por uma alíquota entre 1% e 2,5% sobre o faturamento é fundamental para o setor. O diretor da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, quer juros menores e prazos maiores para financiamentos a vagões e locomotivas. Pimentel na defesa Diante das queixas dos empresários e da constatação de que o pacote de R$ 60,4 bilhões anunciado anteontem é composto por medidas requentadas, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, tratou de sair em defesa do governo. Ele negou que a escolha dos 11 setores que terão a folha de salários desonerada tenha favorecido apenas os que têm lobby mais forte. Ele ressaltou que é preciso fazer tais desonerações de forma cautelosa, para não desequilibrar a Previdência Social e assegurou que outros setores serão beneficiados no ano que vem. "Até o fim do mandato (da presidente Dilma, em 2014), a intenção é desonerar toda a indústria", disse.

Se o governo agradou uma parte do empresariado ao anunciar, na terça-feira, um pacote requentado de medidas para estimular a produção industrial, também estimulou uma legião de descontentes a partir para o ataque contra o que classificam de favores localizados. Setores discriminados pelo sexto plano patrocinado pelo Palácio do Planalto desde o fim de 2008 asseguram que, ao dar desonerações tributárias a um grupo que "fala mais alto", a presidente Dilma Rousseff criou uma anomalia no sistema que pode custar caro ao país, com a suspensão de investimentos em áreas estratégicas para o crescimento econômico do país.

A gritaria vai dos setores de infraestrutura ao de alimentos. "Infelizmente, em vez de dar um tratamento igualitário a todo o setor produtivo, atendeu-se apenas os que têm lobbies mais fortes, os segmentos mais organizados", afirmou o presidente do Conselho Nacional da Pesca (Conepe), Fernando Ferreira. "Lamentamos que os setores agrícola e da pesca tenham ficado de fora do pacote. Somos muito importantes para a economia. Apenas nós faturamos R$ 8,5 bilhões por ano e empregamos 1,5 milhão de pessoas", acrescentou.

Para o presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Edmundo Klotz, o desânimo é grande, sobretudo porque, nos últimos anos, o setor foi o principal responsável pelo superavit da balança comercial do país, cobrindo, inclusive, segmentos deficitários. "Em 2011, exportamos US$ 44,8 bilhões e importamos apenas US$ 5,9 bilhões, computando um saldo positivo de US$ 38,9 bilhões", acrescentou. "Mas, apesar dessa força no comércio internacional, necessitamos de incentivos para ampliar sua competitividade e assumir um papel ainda mais importante no abastecimento mundial de alimentos", destacou.

Na avaliação do presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro, o governo precisa estender a desoneração da folha de pagamento a todos os setores da economia. Segundo ele, é preciso lembrar que o varejo é responsável por 23% dos empregos com carteira assinada no país. Por isso, a substituição do recolhimento de 20% à Previdência Social por uma alíquota entre 1% e 2,5% sobre o faturamento é fundamental para o setor. O diretor da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, quer juros menores e prazos maiores para financiamentos a vagões e locomotivas.

Pimentel na defesa
Diante das queixas dos empresários e da constatação de que o pacote de R$ 60,4 bilhões anunciado anteontem é composto por medidas requentadas, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, tratou de sair em defesa do governo. Ele negou que a escolha dos 11 setores que terão a folha de salários desonerada tenha favorecido apenas os que têm lobby mais forte. Ele ressaltou que é preciso fazer tais desonerações de forma cautelosa, para não desequilibrar a Previdência Social e assegurou que outros setores serão beneficiados no ano que vem. "Até o fim do mandato (da presidente Dilma, em 2014), a intenção é desonerar toda a indústria", disse.

FONTE: Correio Braziliense

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