Conselho quer ouvir presidente da Previ sobre compra de casa

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O presidente da Previ, Ricardo Flores, terá de explicar ao fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil por que usou dinheiro vivo para completar o pagamento de uma casa que adquiriu em Brasília em 2010.

O presidente da Previ, Ricardo Flores, terá de explicar ao fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil por que usou dinheiro vivo para completar o pagamento de uma casa que adquiriu em Brasília em 2010.

A iniciativa é do conselho deliberativo da Previ e é o primeiro passo para a abertura de inquérito administrativo. O conselho tem poderes estatutários para demitir o executivo caso entenda que ele cometeu uma irregularidade.

Presidente da Previ pagou casa com dinheiro vivo
Origem de dinheiro para compra de casa é legal, diz presidente da Previ

Com ativos que somam R$ 150 bilhões, a Previ é uma das principais financiadoras de obras do governo federal, que controla o BB. Por essa razão, o governo vê com preocupação a decisão do conselho.

Flores dirige a Previ desde junho de 2010 e trava há meses uma disputa política com o atual presidente do banco, Aldemir Bendine. Procurado ontem, não se manifestou.

Não há prazo para que Flores se explique, mas a Folha apurou que o conselho pediu a "maior brevidade possível". É a primeira vez que o execuivo é cobrado a dar explicações sobre seus negócios particulares.

Como a Folha revelou, Flores comprou o imóvel numa área nobre de Brasília por R$ 1,65 milhão em junho de 2010. Do total, R$ 900 mil foram financiados pela própria Previ e o restante Flores pagou com "recursos disponíveis", sendo R$ 190 mil em espécie.

Flores disse que tomou o dinheiro emprestado do empresário Jorge Ferreira, conhecido por sua ligação com o PT, que negou a transação. Flores afirma ter informado o empréstimo em sua declaração de Imposto de Renda.

Segundo ele, o dinheiro foi entregue em espécie a pedido da dona da imobiliária, Sonia Amaral. "É normal o pagamento em espécie", disse a empresária.

Duas outras imobiliárias de Brasília disseram à Folha que em geral os pagamentos são feitos em cheque ou por transação bancária, e diretamente ao vendedor. Angela Françolin, que vendeu o imóvel, disse que nunca pediu que parte do valor fosse pago em espécie. "Eu nem gosto de andar com dinheiro."

FONTE: Folha.com

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