Caixa e BB forçam baixa de juro

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Instituições darão 10 dias de isenção de encargos no cheque especial e cortarão taxas de cartão de crédito A presidente Dilma Rousseff já ordenou: a boa notícia deve vir rápido e de uma só vez. Segundo assessores do Palácio do Planalto, a qualquer momento, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciarão a redução das taxas de juros cobradas de consumidores e

Instituições darão 10 dias de isenção de encargos no cheque especial e cortarão taxas de cartão de crédito

A presidente Dilma Rousseff já ordenou: a boa notícia deve vir rápido e de uma só vez. Segundo assessores do Palácio do Planalto, a qualquer momento, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciarão a redução das taxas de juros cobradas de consumidores e empresas. Está decidido que, do lado das pessoas físicas, cairão, principalmente, os encargos cobrados nos financiamentos de veículos e de bens de consumo e as tarifas dos cartões de crédito. Também será dada a isenção de juros no cheque especial por 10 dias. Para as empresas, ficará bem mais barato tomar empréstimos com o intuito de reforçar o capital de giro.

A meta do governo, com esse movimento dos bancos públicos, é forçar a concorrência privada a reduzir o custo do crédito. Na visão da equipe econômica, como as famílias já estão com o orçamento comprometido com dívidas, somente juros menores, que diminuam o valor das prestações, incentivarão os consumidores a voltarem a comprar a prazo. No caso das empresas, o objetivo é estimular os investimentos na ampliação das fábricas. Só assim, acredita o Planalto, a atividade ganhará fôlego suficiente para crescer acima de 4% ao ano. Dados preliminares que circulam pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda mostram o Produto Interno Bruto (PIB) avançando abaixo de 3%.

Na avaliação dos assessores da presidente Dilma, ao contrário da crise de 2008 e 2009, quando os bancos privados, sobretudo os estrangeiros, botaram o pé no freio do crédito, desta vez, a tendência é de eles acompanharem o BB e a Caixa. As instituições públicas ganharam muito espaço no mercado. "Se não quiserem perder clientes, os bancos privados terão de se esforçar para seguir o BB e a Caixa", disse um técnico da equipe econômica. Ele assegurou ainda: "Os juros vão cair mesmo. Não será aquele negócio de corte só depois da vírgula".

Compensação
Segundo o Planalto, o percentual de redução dos juros dependerá do tipo de produto oferecido pela Caixa e pelo BB. Os técnicos lembraram que os clientes com amplo relacionamento com os bancos terão benefícios extras. Para eles, por exemplo, a taxa de cheque especial já é considerada bastante baixa, em torno de 2,5% ao mês, enquanto os clientes comuns pagam 8% mensais. Na avaliação das instituições públicas, o esforço do governo para baixar o spread bancário — diferença entre o que pagam aos investidores e o que cobram dos devedores — valerá a pena, pois compensarão os encargos menores com o aumento da base de clientes e das operações.

Febraban vê moderação
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) prevê expansão de 16,6% no estoque de crédito neste ano, ritmo que será reduzido para menos de 16% em 2013. "O nível de tomada de crédito (tanto pelas empresas quanto pelos consumidores) parece ter encontrado um patamar", disse o economista-chefe da entidade, Rubens Sardenberg. Segundo ele, a pesquisa realizada com os sócios da instituição aponta para um movimento moderado da economia doméstica. Neste ano, a projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) dê um salto de 3,3%, avanço que deverá acelerar para 4,2% no próximo exercício. A Febraban estima ainda que o nível de inadimplência do sistema bancário fechará 2012 em 5,3%, indicando uma acomodação ante os 5,5% verificados no fim de 2011.

FONTE: Correio Braziliense

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